Se os Correios não conseguem entregar uma licitação, como querer que entreguem nossas cartas?

Lançada em janeiro de 2024, suspensa sine die em fevereiro e retomada em maio, foi mais uma vez suspensa sine die a concorrência n° 23000001 CS, para a conta publicitária da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

O aviso foi publicado nesta sexta-feira, 28/06, através do Diário Oficial da União, assinado pelo presidente da Comissão Especial de Licitação, Rogério Simionato Botelho.

Não é por acaso o meme “Temos nosso próprio tempo”, que circula pelas redes sociais e ilustra esta matéria, com referência ao clássico da Legião Urbana.

A concorrência dos Correios vem sendo aguardada ansiosamente pelas agências brasileiras que gostam de atender contas públicas. Não é para menos: a verba anual é de R$ 380 milhões. Ainda que seja para dividir entre quatro agências, R$ 90 milhões para gerenciar não é um valor que possa ser considerado desprezível, principalmente considerando que a estatal está já há um bom tempo sem anunciar e deixou a impressão que viria com toda a força para competir, no mercado corporativo, com as multinacionais de entrega.

Na publicação de Rogério Botelho, não foi dada qualquer justificativa para a decisão.

A redação da Janela até tentou acessar a página de rastreamento dos Correios, para ver por onde andava a licitação, mas, sem o código, não funcionou.

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