Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 28/MAR/1997
Marcio Ehrlich

 

Janela Publicitária
Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente como Edição Mensal Especial no jornal Monitor Mercantil, em suplemento de quatro páginas standard.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Editorial

Por que aqui a grama do vizinho é sempre menos verde?

Na sua autobiografia "Groucho e eu", Julius "Groucho" Marx, o mais cáustico dos irmãos Marx, conta que ouviu certa vez de um coleguinha de teatro uma verdade absoluta: "ninguém se sente completamente infeliz com o fracasso de um amigo".
Não tivesse o livro sido escrito em 1951, bem poderia parecer que a frase foi dita por algum publicitário carioca neste último ano. Talvez até, mais apropriadamente, se formulada como "ninguém se sente completamente feliz com o sucesso de um amigo".
Há muito tempo não sinto no mercado carioca um clima de competitividade como este que estamos vivendo. As verbas se reduziram, as oportunidades de emprego também, a "ameaça" de São Paulo se faz sempre presente e todo mundo sabe que está mais difícil sobreviver na atividade publicitária.
Só que isso não está levando, como seria de se esperar, a uma união maior entre os profissionais cariocas para todos enfrentarmos, fortalecidos, estas adversidades. A crítica a quem está fazendo sucesso é hoje uma constante nos mais diversos setores da propaganda carioca, com questionamentos muitas vezes os mais veementes sobre o mérito de tais destaques.
Será que o carioca não está escolhendo o inimigo errado quando atira no companheiro ao lado?
Não sou ingênuo de esperar que vivamos todos num clima aquariano de paz e amor. A proposta é que, racionalmente como defesa do nosso negócio, enxerguemos que o sucesso de cada empresa ou profissional carioca na mídia será sempre um reforço maior para a boa imagem do nosso mercado que o sucesso, aqui, de qualquer empresa de fora.
A vontade de reagir é patente em todos os publicitários e empresários cariocas da propaganda. Mas a individualidade natural do carioca com certeza enfraquece o resultado dos diversos esforços isolados.
Pra falar a verdade, sinto que já está mais do que na hora de o mercado se unir para começarmos um trabalho coordenado de valorização da atividade profissional carioca. Vamos olhar mais para o que está acontecendo aqui dentro. Não adianta ficarmos na saudade de que fomos a capital do país e mirarmos nossos focos apenas para além de nossas fronteiras. O que temos que ser agora é a verdadeira capital do Estado do Rio de Janeiro. Ser a capital da propaganda do anunciante carioca.
Não ficamos nada a dever em talento e estrutura profissional a qualquer outro mercado nacional ou internacional. Todos nós sabemos disso. Mas nos gabamos muito pouco do que somos para os outros. Nem mesmo para os jornalistas cariocas, que sentem mais prazer em noticiar as façanhas dos publicitários paulistas que as conquistas que fazemos aqui.
Mas como cobrar deles - e dos clientes- um pensamento diferente se nós mesmos não valorizamos nossos companheiros?
Só a imprensa especializada não pode fazer nada pra mudar esse panorama. O mercado agora tem até duas publicações especializadas para falar do Rio - esse Janelão e o recém-lançado Ad Business. Tem o Blue Bus do Júlio Hungria. Tem a home-page da Abap-Rio. E tem as sucursais da Editora Referência e da Meio & Mensagem.
Falta agora é cada publicitário e empresário da propaganda carioca olhar seu concorrente ao lado e esquecer um pouco as diferenças para brigar por uma causa que é de todos nós: a retomada do orgulho de sermos publicitário no Rio de Janeiro.
Vamos nos movimentar pelo Rio. Se o leitor é membro de alguma entidade do mercado, veja com seus líderes o que vocês podem fazer. Porque se não formos cada um de nós mesmos a dar esse passo adiante, não tenham dúvida que ninguém mais o fará.


• Marcio Ehrlich

Inscrições no Colunistas Rio crescem 24% e batem recorde

Armando Ferrentini e Marcelo Gorodicht Adilson Xavier
Marcelo Gorodich (à direita) garante que prêmio dá retorno. 
Adilson Xavier vê melhora na qualidade da criação carioca. 

Essa é especial para quem diz que o Rio de Janeiro está mal em sua propaganda: o Prêmio Colunistas bateu todos os recordes de sua história de 16 anos no mercado carioca: 43 empresas de propaganda estarão participando da disputa com 890 inscrições (contabilizadas até o fechamento desta edição), num crescimento de quase 24% em relação ao volume do ano passado.
A agência que está com o maior percentual de participação é a Contemporânea, com 119 inscrições. Em seguida, com mais de 50 inscrições, compareceram Giovanni (86), D+W (85), V&S (77), Doctor (71), Salles (69) e Artplan (59).
Para Adilson Xavier, vice-presidente da Giovanni, esse crescimento na participação dos cariocas no Prêmio Colunistas reflete "o esforço que o segmento está fazendo para reverter esta situação de queda nos investimentos dos anunciantes do Rio e no certo esfriamento do mercado que isso gera". Diz Adilson que "a reação acaba se transformando num aumento de qualidade dos trabalhos produzidos, o que faz com que as agências se deem conta de que têm mais material para inscrever". “Além disso, analisa o diretor da Giovanni, cada vez mais as agências estão vendo nas premiações uma forma de visibilidade que interessa ao negócio" e passam a investir mais nisso.
A opinião de Adilson é compartilhada em muitos pontos com Marcelo Gorodicht, presidente da D+W, que detecta no mercado carioca "uma enorme vontade de voltar a crescer".
Ele garante que aumentou muito a quantidade de agências cariocas que apostam em criação: "nos últimos 5 anos até que tivemos um bom volume criativo no Rio, mas finalmente o mercado voltou a ter agências que apostam em criação e investem nas premiações".
Gorodicht conta que investe em prêmios desde o início de sua empresa "para ratificar o nosso conceito de agência voltada para o trabalho criativo, modelo que consideramos o mais viável para uma agência no momento". O diretor da D+W revela também que investe em prêmio porque a agência capitaliza os resultados e os transforma em negócio: "Com toda certeza nosso crescimento se deu por conta dos bons resultados que a gente teve nas premiações", diz Marcello, explicando que "nesse sentido o Prêmio Colunistas é o mais importante no Brasil porque é o mais visível aos clientes".
A 16ª versão do Colunistas Rio será julgada no próximo dia 5 de abril, tendo como jurados Adonis Alonso (CP&M), Armando Ferrentini (Propaganda), Daniela Kresch (JB), Dirceu Viana (O Globo), Genilson Gonzaga(Jornal do Commercio), Jomar Pereira da Silva (Governo do Estado), Lúcia Leme (CNT) e Marcio Ehrlich (Monitor Mercantil). A festa de entrega dos diplomas está marcada para o dia 3 de junho, no Hotel Intercontinental.

Campanha do creme Philips ganha Prêmio Abril do Rio

Cristina Amorim
 Cristina Amorim emplaca mais um Grande Prêmio

Os anúncios criados por Felipe Rodrigues e Cristina Amorim, da Giovanni, para o creme dental Philips, da Smith Kline Beecham, foram os vencedores do Prêmio Abril de Publicidade 1996 para o Rio de Janeiro, cujos resultados foram divulgados esta quarta-feira, em jantar na Villa Riso. Com isso, Felipe e Cristina dividiram um cheque de R$ 3.000,00 e ganharam passagens aéreas para o próximo festival de Cannes, além de ganhar o direito de participar do julgamento nacional do concurso, em São Paulo.
Outros nove trabalhos foram considerados finalistas do Prêmio Abril no Rio. A agência mais premiada foi a Salles, com 6 séries de anúncios. A Contemporânea colocou dois trabalhos e a Eco Marketing um.

Giovanni para SmithKline, Creme Phillips: Queima e Diz que é proteção Giovanni para SmithKline - Creme Phillips: Se isso lembra...

Povo ganha campanha de apelo bem popular

Pubblicità para jornal O PovoQuem já passou pela Linha Vermelha nos últimos dias não pode ter deixado de notar uma série de outdoors em p&b com títulos de apelo bastante popular, como "Bêbado dormiu a noite toda com a faca no peito", ou ''Príncipes pagavam 4 mil por uma transa".
A campanha é uma iniciativa da Pubblicità para o jornal O Povo e o mais interessante da criação não é apenas a pesquisa feita pela agência com os títulos da própria publicação, mas a complementação criada para cada um daqueles títulos.
No do "príncipe", por exemplo, o subtítulo faz o contraponto dizendo que "por 40 centavos, você mete a mão no Povo". No outdoor do "bêbado", o subtítulo diz "mate sua fome de notícia". A criação foi do redator Galileu Pizarro e do diretor de arte Vicente Nolasco, com direção de criação de Carlos Pedrosa.

Net-Rio se expande e cabo tira audiência de TV aberta

Net rioA TV a cabo está em franca expansão e já começa a influir na audiência das TVs abertas. No rastro desse crescimento de audiência das TVs por assinatura, a publicidade, apesar de ainda não estar crescendo em todo o seu potencial, ganha mais esse mercado com a particularidade de atender a nichos de consumidores. "A TV a cabo possibilita um marketing segmentado, graças a um aparelho chamado decoder", informa o diretor Comercial e de Marketing da Net-Rio, Carlos Vaisman.
Esse aparelho, que fica acoplado às televisões, permite que clientes específicos sejam catalogados e o anúncio seja individualizado, provocando com isso a queda nos custos da publicidade no global, já que só vai atingir um público determinado.
Outra vantagem para o mercado publicitário com o crescimento das TVs a cabo é que pequenos anunciantes terão acesso à mídia. "O valor total da mídia negociada vai ser muito maior porque os custos serão menores", analisou Vaisman, para quem a falta de uma cultura quanto à propaganda segmentada ainda impede que haja um boom da publicidade na TV a cabo.
A Net-Rio, que investe cerca de US$ 4 milhões em publicidade, ainda considera pequena a receita com anúncios. Por enquanto, ela trabalha com quatro mídias: revista de programação, canal 20 (da operadora), canal 40 e a Internet, cujo lançamento será daqui a 15 dias, mas já obteve receita com contratos fechados de US$ 12 mil. Para os próximos 12 meses, essa receita vai saltar para US$ 40 mil.
Parceria
De acordo com o diretor de criação da V&S Comunicações, José Guilherme Vereza, que detém a conta da Net-Rio, das várias campanhas que foram feitas para a empresa, três foram mais marcantes: a da Net Ipanema; a campanha de qualidade, onde aparece um televisor com limpador de para-brisas; e, a da Net Copacabana, que conta com comercial de TV e outdoor. Os criadores dessas campanhas foram Flávio Guerreiro e Marcos Hosken.
A conta da Net-Rio com a V&S é de R$ 800 mil por ano - conta local. Além das três campanhas citadas, a agência criou também a campanha do Dia Internacional da Mulher e vários anúncios de oportunidade.
"Trabalhar com a Net-Rio, e especialmente com Carlos Vaisman, é muito produtivo. Ele é o que chamamos de cliente parceiro", disse Vereza, para quem o consumidor está se vendo nos comerciais da Net.
A diretora de Mídia da V&S, Denise Gorga, diz que o futuro da TV a cabo é se equiparar à TV aberta, e que as publicidades nas TVs por assinatura funcionarão como uma espécie de mala direta eletrônica. Ela alerta, todavia, para o fato de que o perfil dos consumidores no segmento de TV a cabo ainda não é bem conhecido. "As pesquisas são raramente realizadas. Elas acontecem mais em São Paulo, mas ainda assim os institutos detectam o dono da assinatura e não quem de fato assiste à TV", informou a diretora de Mídia.
Apesar de não deter os números alcançados pela V&S em 96 com publicidade em TV a cabo, Denise Gorga garante que em 97 a expectativa da agência é de fechar contas com mais anunciantes que em 96. "A solicitação de informações sobre TV a cabo é muito grande, mas na maioria das vezes não se reflete em fechamento de negócios", analisou ela.
O diretor da Net Brasil, Cláudio Santos, avalia que existe uma tendência de crescimento no mercado publicitário devido à variedade de programação das TVs a cabo. Para ele, haverá, mais cedo ou mais tarde, um equilíbrio entre a TV aberta e a TV a cabo, que ganha audiência mais por uma mudança comportamento do que de audiência propriamente dita. "Em 96, o mercado publicitário dobrou sua receita em relação a 95 nas TVs pagas. A Net, só no início de 97 já tem o mesmo valor que obteve em todo o ano de-96 com publicidade", revelou ele. (RP)

Sindicato dos Publicitários quer mudar sua imagem

Cleverson Valadão
Cleverson Valadão tenta ampliar o alcance do Sindicato 

O Sindicato dos Publicitários do Município do Rio de Janeiro, apesar de estar vivendo uma nova fase, com a entidade completamente saneada, ainda enfrenta a indiferença de certos segmentos da categoria, como o pessoal de criação e atendimento. Para o presidente do Sindicato, Cleverson Valadão Ridolfi, o distanciamento desses segmentos ainda é consequência dos últimos nove anos de gestão, cuja diretoria nada oferecia à categoria.
"Uma vez constatado que havia um afastamento da categoria, decidimos estabelecer um canal de aproximação para mostrar a proposta da atual diretoria". "Então, montamos um grupo de profissionais da área, tanto agenciadores quanto publicitários, com o propósito de levar a nova proposta do sindicato aos profissionais e estudantes de publicidade, que antes nem sabiam onde ficava o sindicato", explicou o diretor de divulgação, Álvaro Ceciliano Filho.
Por outro lado, levando-se em conta que o sindicato representa os interesses dos publicitários e que são eles que o sustentam, indiretamente a responsabilidade pelos desmandos das gestões passadas é da própria categoria, que não fiscalizou o que estava acontecendo em sua entidade representativa.
Além do Imposto Sindical, que é instituído por lei, o sindicato cobra também a contribuição assistencial, autorizada por assembleia da categoria. "Se o publicitário participar do sindicato, não vai se recusar a pagar a contribuição assistencial", disse Álvaro Ceciliano, que alertou que está havendo uma articulação política junto a alguns setores da categoria para que ela se recuse a descontar a contribuição.
AUDITORIA
Ao assumir, em agosto de 96, a nova diretoria encontrou o sindicato falido e desacreditado. Foi feita uma auditoria independente que comprovou o desvio de cerca de R$ 820 mil do sindicato, e sequer havia registro contábil das contas da entidade. "Nós não sabemos onde está esse dinheiro, que, para se ter uma ideia, daria para comprar cinco andares aqui no prédio do sindicato", avaliou Cleverson Valadão.
As dificuldades de relacionamento criadas pela gestão passada não se dá só com a categoria. Acontece também com a classe patronal, que ainda desconfia das intenções do sindicato e pensa que seus objetivos são políticos. "As empresas já estão percebendo a nova filosofia e postura do sindicato", afirmou Álvaro Ceciliano.
O sindicato, que representa um universo de sete mil publicitários, ainda tem muito que trabalhar para erradicar a cultura deixada pela gestão anterior "Em apenas sete meses de gestão, nós conseguimos mais do que dobrar o número de associados do sindicato. Dos cerca de 400 sindicalizados, saltamos para mais de mil, dos quais 60% são agenciadores", afirmou o presidente da entidade.
A diretoria anterior, num processo judicial que durou cerca de quatro anos, foi destituída por prática de irregularidades e foi substituída por um interventor - o atual presidente da entidade. Daí por diante o trabalho de saneamento do sindicato foi a meta prioritária da atual diretoria.
PLANO DE METAS
Passado o período de arrumação da casa, agora chegou a vez da implementação do Plano de Metas para 1997, que constitui em realizar curso básico de propaganda para agenciadores de publicidade; fazer o recadastramento da categoria, com início previsto para abril; realizar o censo junto aos publicitários, sindicalizados ou não, para melhor conhecer a situação oficial da categoria; a criação de uma biblioteca com publicações do interesse dos publicitários; e, a expansão de convênios e benefícios. Com a realização do censo, o sindicato poderá detectar os profissionais que trabalham em situação irregular no mercado publicitário, ferindo a Lei 4 680. "Hoje tem até dentista, advogado e engenheiro trabalhando como publicitário. enquanto profissionais regulares e formandos em publicidade não conseguem trabalho", denuncia Cleverson Ridolfi.
Completamente voltado para os publicitários e agenciadores, o sindicato hoje oferece assistência à categoria, como dentista, advogada, e diversos convênios, além de uma Sala inteiramente disponível para cursos dentro da própria entidade. Sabedora, porém, de que os publicitários precisam de melhores condições de trabalho e de vida, a entidade conseguiu fechar um acordo com o sindicato patronal, obtendo para a categoria o índice de 12,5% de reajuste e a fixação de sua data base para 10 de novembro.
"Consideramos uma vitória esse resultado da campanha salarial tendo em vista que nenhuma categoria, comprovadamente, recebeu sequer a metade", disse Valadão. "Dentro da atual conjuntura, esse foi um aumento expressivo", completou Ceciliano. (RP)

Criadores começam a discutir propostas para o CCRJ

Silvio Matos Ronaldo Conde Sérgio de Paula
Silvio Matos encerra seu mandato 
 Ronaldo Conde quer consenso
Sérgio de Paula procura base sólida 

O Clube de Criação do Rio de Janeiro, que realiza suas eleições agora em abril para eleger a nova diretoria, sempre existiu mais pela vontade de seus presidentes. O Clube não tem sede própria, não tem cadastro de associados e não possui verba para se estruturar enquanto entidade representativa de um segmento do mercado publicitário ­ a criação. O atual presidente do Clube, Silvio Matos, que também é diretor de criação da agência Contemporânea, ainda não sabe quem sairá candidato, mas espera que o nome escolhido dê continuidade ao Anuário do Rio de Janeiro (batizado de Portfólio).
O Portfólio, que segue o exemplo dos anuários de São Paulo, Nova Iorque e alguns países europeus, é uma premiação dada a partir de votação dos próprios profissionais do Rio de Janeiro. Em seguida, os trabalhos premiados são publicados em um livro, com a ficha técnica do trabalho. "Isso é muito importante, porque tudo o que é publicado vira documento histórico, e o Rio está precisando disso", disse Silvio Matos.
Além de se propor a ser um registro da história da propaganda no Rio, o anuário, segundo Silvio Matos, é uma contrapartida a ser oferecida aos criadores que queiram se aglutinar em torno do clube. É uma forma de atrair o pessoal da criação para o CCRJ. "Não se pode obrigar ninguém a se associar ao Clube. O que se deve fazer é tornar o Clube atrativo para o segmento que representa", analisou o presidente.
Outra realização da gestão de Silvio Matos foi o acordo com o Rio Cine Festival. A propaganda terá espaço no festival de cinema, áudio e vídeo. "A iniciativa foi do Clube de Criação, mas será administrado pelo Rio Cine Festival", disse ele.
CANDIDATOS - Ronaldo Conde, diretor de projetos especiais da V&S, em princípio é candidato à presidência do Clube. Sua candidatura, porém, dependerá do consenso em torno do seu nome ou de outro nome que venha a ser lançado. "Não quero dar uma de salvador da pátria. O candidato de consenso poderá ser eu ou outro nome que surja", disse Conde.
A atuação política marcou sua gestão, em 1983. Ronaldo Conde divulga sua plataforma para estas eleições deixando claro que o Clube de Criação tem que voltar a ter uma atuação política, seguindo uma escola que, segundo ele, começou com José Monserrat e Carlos Pedrosa. "Temos que voltar a discutir mercado de trabalho, salários, melhor qualidade de vida e ética, entre outros pontos importantes", relacionou ele.
ANUÁRIO – Se no primeiro momento do Portfólio, Ronaldo esteve contra por achar que não haveria sustentação financeira para o projeto e porque já existia o de São Paulo, hoje ele apoia totalmente. "O anuário já é uma realidade no Rio e todo o mercado já reconhece isso. O Portfólio pegou e por isso eu o apoio", afirmou ele.
O primeiro projeto do anuário aconteceu na gestão de Gustavo Bastos, há cinco anos. As diretorias que se seguiram a dele, porém, não deram continuidade ao trabalho. Todavia, ao assumir a presidência do clube, Silvio Matos promoveu o que considera o projeto mais importante do CCRJ - a reedição do anuário, que deverá sair até junho deste ano.
"Na maioria das premiações que o Rio concorre, os profissionais têm que se submeter a critérios que não são cariocas, com exceção do Prêmio Colunistas, mas a premiações paulistas e internacionais. O Rio mesmo não tinha uma premiação própria", lamentou ele.
O anuário ainda não tem preço definido, mas quem pagar a anuidade ao CCRJ ganhará um exemplar. O seu custo no Rio ficou pela metade do de São Paulo. Enquanto lá, foi de US$ 400 mil, aqui será de US$ 200 mil. A formatação do Anuário já está toda pronta, e suas etapas todas organizadas e documentadas. "Quem assumir a presidência do Clube receberá um documento dizendo tudo que ele tem que fazer", informou Silvio.
Para o atual presidente, sua gestão foi muito difícil. As despesas do segundo anuário saíram do seu bolso, de festas muito badaladas que realizou e de acordos com empresas como a Burti Gráficas e Impressões, que fará toda a parte gráfica dos anuários futuros. "Pelas dificuldades que passei à frente do Clube, apoiarei qualquer candidato que se eleja, mesmo que não seja o candidato da minha escolha", revelou Silvio, para quem o cargo de presidente do CCRJ é muito solitário, por falta de apoio do segmento que representa.
BASES - Desde a semana passada, também surgiu no Rio a possibilidade de Sérgio de Paula, diretor de criação da agência Doctor, se candidatar à presidência do CCRJ. Na última Janela, noticiávamos que Sérgio estaria consultando as bases para verificar se obteria apoio à sua iniciativa. Esta quarta-feira, ele conquistou para a sua chapa uma participação importante: Alicia Osborne, diretora da Chris Colombo, cujo nome também já andou circulando no mercado como possível candidata, liderando uma chapa só de mulheres. Alícia explicou a adesão como uma preparação para que, dentro de dois anos, ela própria possa se candidatar à presidência do CCRJ: "não poderia ser candidata agora, antes de passar pela experiência de ser diretora do Clube", esclareceu.
Outro nome que de Paula quer levar para compor sua diretoria é o de Marcelo Giannini, diretor de criação da Salles e que é reconhecido pelo mercado como um dos principais talentos do setor. Marcelo, que participou da diretoria que agora deixa o Clube, ainda está analisando o convite do diretor da Doctor. (RP)

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Giovanni: Em sua comunicação
Anúncio publicado pela agência Giovanni na edição impressa da Janela. 

• PARABÉNS PRA VOCÊ – A Janela se abre para comemorar os próximos aniversários do mercado: Dia 28: Pedro Galvão (Diretor da Galvão, de Belém­PA); Dia 29: Hamdan (Fotógrafo); Dia 30: Igor Broseghini (Diretor de Arte da Cult), Ney Leandro de Castro; Dia 31 : Gilda Antoniazzi (Supervisora Criação da Agência da Casa), João Daniel Tikhomiroff (1950 - Diretor da Jodaf).
• CLIENTE NOVO - A V&S conquistou a conta do Sistema Iridium de Telecomunicação, parceira da Motorola, e que deverá investir US $ 3 milhões este ano em comunicação.
• CONQUISTAS - A Elan ganhou a conta da Ediouro Publicações e venceu as concorrências para lançamento de campanha da ABRADIF - Distribuidores Ford do Rio de Janeiro com mais 3 agências e pela conta da Grantur Turismo, com outras 4 agências.
• NOVO DEPTO - O jornalista Magno José, mais conhecido como Maguinho, deixou a Cerj, onde era o responsável pela área de comunicação, para assumir na Década para implantar o novo departamento de Comunicação Social da agência, especializado em Assessoria de Imprensa.

Cartas

De Rozane Braga, diretora de atendimento da Unità:

Gostaria de parabenizá-lo pela edição mensal da Janela Publicitária.
Acho que você vem lutando por um espaço muito importante para o mercado. As matérias são consistentes e bastantes informativas.
Parabéns.
Rozane Braga
Unità.

De Maria Helena Araújo, diretora presidente da New Business:

Prezado Marcio,
Rio 2004, Viva Rio, Reage Rio, e tantos outros movimentos serão passageiros.
Como você mesmo m encionou, são VINTE ANOS, desde a pequena coluna da Marcia Brito no jornal Tribuna da Imprensa.
Só os competentes e obstinados conseguem o êxito e a glória.
Você é um deles. Mas prepare-se, pois a Janela Publicitária tem tudo para se tornar uma Varanda da Comunicação de frente para o mar no Rio de Janeiro.
Conte com a gente para o que der e vier nos próximos 20 anos.
Maria Helena Araújo
New Business

 


Edição Mensal Especial – Suplemento do Monitor Mercantil


Rio de Janeiro, 28 de Março de 1997
Diretor-Presidente: Acurcio Rodrigues de Oliveira
Diretor de Redação: Marcos Costa de Oliveira
Editor: Marcio Ehrlich
Reportagem: Rosania Padilha

Veja também as colunas publicadas na Edição Mensal Especial da Janela Publicitária de 28 de Março de 1997:

Dinâmica - A gente faz isso e aquilo
Anúncio publicado na Janela Publicitária  

Espaço da Criação (CCRJ)

Espaço do Atendimento (GAP)

Espaço da Promoção (AMPRO-Associação de Marketing Promocional)

Espaço da Mídia (Grupo de Mídia do Rio de Janeiro)