• Comercial da Apple para o iPad gera críticas e empresa pede desculpas

    Pegou muito mal junto à comunidade criativa mundial o novo comercial assinado pela Apple para o lançamento do seu novo iPad Pro 13.

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    Simplesmente porque, para promover sua tecnologia Tandem Oled, a empresa criada por Steve Jobs simplesmente esmagou em uma prensa gigantesca uma série enorme de objetos ligados à arte, entre eles, instrumentos musicais, câmeras, quadros, esculturas e daí por diante.

    Teoricamente, a ideia dos criativos (ir)responsáveis pela peça seria mostrar que toda a criatividade pode ser encontrada no novo iPad. Só que, a sensação que fica, é que a tecnologia pode substituir tudo o que foi desenvolvido pela inteligência humana ao longo da civilização.

    O filme foi apresentado pela primeira vez no dia 07/05, no evento “Let Loose”. A trilha, significativamente — sacaram os criativos –, só poderia ser “All I Ever Need Is You” de Sonny & Cher. Ou seja, tudo o que eu preciso é do iPad, nada de guitarras, toca-discos, tintas etc.

    Nesta quinta-feira, 09/05, porém, o VP de comunicação de marketing da Apple, Tor Myhren, em declaração ao Ad Age, afirmou que não iria mais veicular o comercial, explicando: “A criatividade está em nosso DNA na Apple e é extremamente importante para nós projetar produtos que capacitem criativos em todo o mundo. Nosso objetivo é sempre celebrar a infinidade de maneiras pelas quais os usuários se expressam e dão vida às suas ideias através do iPad. Erramos o alvo com este vídeo e lamentamos”.

    E, como se não bastasse para gerar críticas, a ideia da Apple remete a um comercial do celular LG KC910 Renoir, de 2008, que também saiu destruindo objetos! Ou seja, nem original seria.

    Os nomes dos criativos que assinaram o trabalho não foram divulgados. Mas revelou-se depois que foi da equipe da agência criada pela TBWA como in-house da Apple, a TBWA\Media Arts Lab, com produção da Iconoclast e direção da dupla Vania Heymann e Gal Muggia.

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    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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