Os candidatos brasileiros nas eleições de 2024 terão que pedalar mais para chegar aos eleitores, se depender do Google.
A plataforma anunciou nesta quarta, 24/04, que não permitirá o impulsionamento de anúncios eleitorais, para atender a atualização das regras definidas recentemente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A proibição valerá para todos os tipos de comercialização de seus conteúdos, inclusive os vídeos publicados no YouTube.
A medida entra em vigor a partir de maio, quando a regulamentação do TSE passa a valer nacionalmente. Em nota, diz o Google que “Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto”.
Na verdade, a decisão, explicou o Google, se basearia na incapacidade técnica de atender as exigências do TSE em nível nacional — um país com 5.570 municípios –, não só de “manter repositório desses anúncios para acompanhamento, em tempo real, do conteúdo, dos valores, dos responsáveis pelo pagamento e das características dos grupos populacionais que compõem a audiência (perfilamento) da publicidade contratada”, como de “disponibilizar ferramenta de consulta, acessível e de fácil manejo, que permita realizar busca avançada nos dados do repositório”.