• Ponto Frio desiste do desastre de mudar de nome e deixa de ser só “Ponto”

    Não durou três anos a bobagem de mudarem o nome de Ponto Frio para apenas Ponto.

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    A rede de varejo, atualmente pertencente à Via — que também era chamada de Via Varejo e resolveu reduzir a marca — anunciou nas redes sociais o retorno ao nome com que nasceu no Rio de Janeiro há 78 anos, fundada por Alfredo Monteverde. E que já vinha sendo escrito tudo junto, como “Pontofrio”.

    O pinguim, tradicional ícone da marca, segue, apresentado agora como sendo o “Pin do Pontofrio“. E assinando a série de postagens no X (ex-Twitter) em que, ao menos, manteve o humor de se ridicularizar pela trapalhada. Na época, a Janela registrou como aconteceu e como tentaram explicar (veja o link no rodapé).

    Em uma das mensagens, durante o fim de semana, a marca explica: “Acabei de sair de uma reunião e tenho novidades: o nome Pontofrio tá de volta. A conquista é nossa, Pinautas. Até tentaram mudar, mas o melhor caminho é esse, né? Agora me chamem do jeitinho que já estavam acostumados, Pin do Pontofrio. Cola na minha e vamos juntos nessa”.

    As empresas de letreiros estão agradecendo o retorno, já que o Pontofrio terá que refazer a decoração das lojas através de todo o país.

    História premiada

    O Ponto Frio já foi um dos principais anunciantes do varejo carioca. Conta da agência SGB, teve vários trabalhos premiados, como este “O Trio Mais Famoso”, de 1978, merecedor de estrelas na “Seleção da Janela” para as melhores peças veiculadas na imprensa carioca:

    Cooperado com a Brastemp, teve como redator Isac Chapira e diretor de arte Zianno Grigoli. E o júri da Janela destacou por sua limpeza gráfica e pelo senso de oportunidade de vender o produto se aproveitando da sua boa propaganda anterior, apesar de criada por outra agência. Para que não se lembra, a Denison havia publicado, há algumas semanas, um anúncio da lavadora Brastemp intitulado “Deixa que eu lavo”.

    LEIA TAMBÉM NA JANELA

    Lembram do Ponto Frio? Pois é… acabou. Agora é só Ponto : > (em 23/04/2021)

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    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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    Discussão

    1. Adenilson

      O nome Ponto Frio vende por si só, não há necessidade de ficar alterando razão social, nome fantasia, o dinheiro que se investe nisso, poderia ser investido em descontos, propagandas, aí sim isso ajudadria a cumprir metas de seus colaboradores, agora mudanças como estas, apenas afastam consumidores, principalmente aqueles tradicionais clientes.

    2. Guilherme Castello Branco

      Tive a alegria, o prazer e muito trabalho dirigindo a conta do Ponto Frio por cinco anos na SGB. Lembro que à época dessa alteração no nome da marca questionei os amigos que ainda trabalhavam na empresa sobre essa decisão, pois não entendi modificar uma marca totalmente solidificada na mente dos consumidores sem que houvesse nenhum fato novo que a justificasse. Mas gostaria de saber a razão do passo atrás.

      1. Marcio Ehrlich

        Curioso não ter havido qualquer comunicação oficial, apenas as postagens nas redes sociais. Mas deu para perceber que eles se deram conta que NINGUÉM falava que ira fazer compras numa loja do Ponto, né?
        Caraca, décadas todo mundo só falando que comprou no “pontofrio”.
        Sou obrigado a concordar com quem critica a juniorização do marketing.

        1. joao carlos navarro de andrade

          Parabéns Marcio, pelo belo comentário!!! Muito bom mesmo!!! abração

    3. ANTONIO ACCIOLY

      Mas que idiotice !!!!!!!!!!
      A Esso pensou em mudar o nome para EXXON há uns anos atras e desistiu.
      Todo gerentinho de marketing quando assume tem estas babaquices em mente :
      Mudar a logomarca (aualizar ou modernizar), mudar o nome (veja a cagada que o Goveno de Portugal fez recentemente) , se bobear, muda até o produto.

    4. Adriano Gomes Filho

      Márcio, se não estou enganado, nos anos 80 a conta do Ponto Frio era atendida pela SGB. Depois, foi criada uma “house agency” chamada Fama, que fez ótimos trabalhos, principalmente na mídia impressa.

      1. Marcio Ehrlich

        Não está enganado. Mas a SGB atendeu desde antes, como botei anúncio de 1978. A Fama foi a agência aberta pelo criativo Carlos Martins com o atendimento Eduardo Jardim. A Janela registrou a criação numa edição de Outubro de 1986.
        Como você poderá ver na matéria (clique no link), eles nunca aceitaram que a Fama fosse chamada de house!

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