A Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) levou esta semana à direção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos a proposta de que as agências do órgão passem também a vender revistas.
Atualmente, os Correios já respondem pela distribuição de publicações impressas para assinantes através do Brasil. Na reunião, que contou com a diretora-executiva da Aner, Regina Bucco, foi levado a representantes da estatal o lamento pelo fechamento — ou mudança de foco nos produtos vendidos — de centenas de bancas de jornais em todo o país. Situação agravada, naturalmente, pelo crescimento das versões digitais dos veículos de comunicação.
Segundo relatório do Cenp Meios, divulgado em março último, as revistas respondem hoje por apenas 0,4% dos investimentos em mídia pelos anunciantes brasileiros, o que corresponderia a um valor de R$ 86,2 milhões.
Os Correios ainda contam com mais de seis mil agências espalhadas no Brasil e a instituição vem declarando interesse em expandir a oferta de seus produtos e serviços. Ainda que, no momento, sequer tenha uma agência de publicidade contratada para promover a novidade.
O curioso é que o órgão, que havia lançado, no final de 2023, uma concorrência para a escolha de novas agências — prometendo uma verba de R$ 380 milhões –, voltou atrás em fevereiro último e suspendeu “sine die” o processo.
O comentário, em Brasília, seria de que a Secom teria mandado aguardar o resultado da licitação do Banco do Brasil, para que as vencedoras desta fossem sutilmente orientadas a não participar de mais nenhuma disputa federal. Como viria a ser a licitação dos Correios.
Sobre a venda de revistas, ainda não houve resposta dos Correios a respeito.