• Jotacom, Mene Portella e Adag confirmam a conta de R$ 40 milhões do Metrô paulista

    Não adiantaram nada os recursos das agências G/Pac e Babel contra os primeiros resultados da concorrência pela conta do Metrô de São Paulo.

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    A única mudança na pontuação, que a Comissão de Licitação do órgão implementou, foi a de passar a agência Mene Portella para o segundo lugar, com 88,09 pontos, com a Adag caindo para terceiro, com 87,83. Como a Jotacom tendo 89,75 pontos e a conta sendo dividida entre três agências, na prática ficou tudo igual.

    O que mudou foi a expectativa de lucro das três agências.

    Entre as vencedoras, surgiu, nos bastidores, a crítica por ter mais uma vez acontecido, em uma concorrência pública, de uma agência oferecer descontos muito altos sobre a tabela de custos internos definida pelo Sindicato das Agências de Propaganda de São Paulo (Sinapro-SP).

    Tiro no pé

    Segundo especialistas em licitações, a atitude acabaria apenas prejudicando o setor publicitário, já que isto não ajuda na pontuação da concorrente, apenas leva a que as primeiras colocadas tenham perda na sua rentabilidade, ao serem obrigadas a igualar a oferta para se manter no topo. “Dar descontos exagerados em qualquer licitação é um tiro no pé da própria agência”, comentou com a Janela um dirigente.

    Na concorrência do Metrô paulista, o caso aconteceu com a agência Octopus, de Santo André-SP, e que chegou em 13° lugar na pontuação da fase técnica. A licitante ofereceu 96% de desconto sobre a tal tabela do Sinapro-SP. E tanto a Jotacom, quanto a Mene Portella e a Adag tiveram que confirmar que aceitariam chegar a este valor.

    Consultado pela Janela, o diretor da Octopus, Michel Haibi, discordou das acusações e se justificou: “Cada empresa participante do certame tem que seguir com as regras estabelecidas no instrumento licitatório. Os valores ofertados nas propostas devem ser exequíveis. O fato de uma empresa ofertar uma proposta mais vantajosa para o órgão público, mesmo não estando com as maiores pontuações na fase técnica, não obriga os concorrentes aceitarem seguir com os percentuais apresentados pela melhor proposta de preço”.

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    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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