Aguardada para o começo de dezembro, a concorrência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) acabou não saindo até agora.
A volta da estatal à mídia vem sendo motivo de atenção do mercado publicitário, por conta de fontes internas haverem revelado que a verba licitada poderia chegar a R$ 360 milhões, a serem divididos por quatro agências.
Como o Governo Lula, até agora, frustrou os empresários da publicidade brasileira — apenas Banco do Brasil saiu com seu edital e, ainda assim, com poucas chances de agências nacionais conquistarem o cliente, pelo nível das exigências financeiras –, os Correios poderiam ser uma alternativa para a chegada de novos players ao planalto, cujas últimas concorrências relevantes ainda foram realizadas durante o Governo Bolsonaro.
Outra conta que se imaginava sair com edital em 2023, e não aconteceu, foi a do Ministério do Turismo, comandado atualmente por Celso Sabino (foto).
Nas carteiras das agências Nacional e Propeg desde 2017, o MTur já havia encerrado seu limite de renovações formais em 2022. No final daquele ano, porém, foi assinada uma prorrogação excepcional — com uma verba que caiu de R$ 50 milhões para R$ 36 milhões –, valendo até o último dia 06 de dezembro.
Era de se esperar, portanto, que, antes do final daquele prazo, o processo de seleção de novas agências para ajudar na promoção das regiões brasileiras como destino turístico tivesse sido lançado a tempo de não haver solução de continuidade.
Estamos no dia 18 de dezembro e, como se viu, não foi. E o MTur se torna mais um anunciante de Brasília a entrar em 2024 sem ter agência de publicidade.
Pelo levantamento da Janela, ainda estaria em situação parecida a Eletronuclear. A conta até não é das mais significativas: R$ 2 milhões anuais, segundo a licitação realizada em 2018 e conquistada pela mineira Lume. A última renovação aconteceu em 11/2022, valendo até novembro último.
(Foto de Celso Sabino por Roberto Castro, do MTur)
LEIA TAMBÉM NA JANELA
• Licitação não sai, MTur renova com Nacional e Propeg, mas reduz verba (em 14/12/2022)