Não é novidade que todas as empresas no Brasil e no mundo estão cada vez mais preocupadas em seguir os conceitos do ESG, sigla em inglês de Environmental (Ambiental), Social e Governance (Governança).
“O problema é que muitas marcas acreditam que implementar essa pauta é algo extremamente difícil”, diz o CSO da empresa de OOH Eletromidia, Marcelo Pacheco. Até por isso, explicou o executivo, em conversa com a Janela, a Eletromidia percebeu que aí estaria uma excelente oportunidade para alavancar seus negócios.
Assumindo o que chama de B2City, ou seja, a oportunidade de marcas se apropriarem de espaços nas cidades para devolver benefícios à população, a Eletromidia começou a agregar projetos comunitários em suas propostas de mídia.
“Não se preocupe com nada. Eu te entrego toda a execução com meus parceiros”, passou a propor Pacheco nas negociações com os anunciantes, que poderão, então, apenas investir e colocar sua marca nos espaços da exibidora.
Foi nessa linha que a empresa fechou, por exemplo, com o Santander, para o banco pagar a comunicação de 100 pequenas empresas, suas clientes do bairro do Capão Redondo, na periferia de São Paulo, em painéis estáticos que haviam sido retirados de áreas em que houve a digitalização do mobiliário urbano.
Em uma estação da linha Esmeralda, do metrô paulistano, a Eletromidia instalou painéis solares para garantir a iluminação, mais sistema de wi-fi e de reaproveitamento da água, tudo bancado pelo mesmo Santander através da prática da parceria público-privada, a chamada PPP.
E em Recife, onde esta semana conquistou a concessão, por 20 anos, dos relógios de rua, a empresa de OOH aceitou o pedido de contrapartida da prefeitura local para que ela cuidasse, em todo o período do contrato, da manutenção de 35 praças da cidade. “Já a partir de janeiro estamos começando a instalar 108 relógios na capital pernambucana, e também, nessa venda de mídia, estamos mostrando, para nossos clientes, as oportunidades que eles terão de, junto conosco, transformar em realidade todos os seus planos de adotar a filosofia do ESG”, contou Pacheco à Janela.
