• S2Publicom vence a licitação corporativa do Ministério de Economia

    Ministério da Economia

    A agência de comunicação carioca Approach foi a mais pontuada na disputa pela área corporativa do Ministério da Economia, mas não levou a conta. A agência, que marcou 94 pontos, foi vencida pela burocracia, sendo desclassificada pela Comissão Técnica por divergências na gramatura do papel utilizado em sua proposta.

    Segundo fontes da Janela, não por acaso, os advogados da Approach já estão cuidando de redigir um recurso com o qual vão tentar reverter a decisão do órgão, que está vivendo a experiência de sua primeira concorrência para o setor de comunicação — ela leva o número 01/2020 –, já que o ministério comandado por Paulo Guedes sequer conta com assessoria para a área de publicidade.

    Com a eliminação da primeira colocada, o Ministério da Economia classificou como vencedora da disputa técnica, com 88 pontos, a agência S2Publicom Comunicação Integrada Ltda., razão social da empresa que agora se assina como Weber Shandwick.

    A Comissão Técnica também desclassificou todas as demais competidoras, que pontuaram na seguinte ordem: FSB (82,9), CDN (78,9), Partners (76,0), In Press (75,2), In.Pacto (74,8) e Ideal (55,1). O valor em disputa está estimado em R$ 23,5 milhões.

    A triste ‘burrocracia’ das licitações públicas

    A Approach não foi a única desclassificada por questões burocráticas. A FSB, segundo os julgadores, teria permitido identificação de seu material. E a Ideal perdeu pontos por apresentar um número de páginas diferente do que determinava o edital. As duas também estariam — contam amigos da Janela — preparando recursos para dar entrada no prazo de cinco dias úteis após a publicação dos resultados, que aconteceu esta sexta, 04/09, no Diário Oficial da União.

    Esta, naturalmente, não é a primeira vez que um órgão de governo prefere ficar sem a empresa que considerou mais qualificada a lhe atender apenas para seguir o rigor do texto. A Janela já vem criticando há tempos essa postura que — em nome de uma pretensa isenção — consideramos até contrária ao bem público (veja matéria abaixo).

    A questão também quase emperrou a licitação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que precisou de uma análise do seu procurador para tranquilizar a consciência dos julgadores técnicos e deixar a licitação seguir adiante. Na Alerj, a agência que havia ficado em primeiro na fase técnica, a Nacional, teve garantida a conta.

    LEIA TAMBÉM NA JANELA

    Ministério da Economia vai lançar licitação para comunicação (em 29/01/2020)

    Lei 12.232: mercado questiona suas falhas (em 31/10/2019)

    Procurador da Alerj detona a burocracia e libera as agências (em 23/01/2020)

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    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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