O presidente Jair Bolsonaro reclama que a imprensa o acusa de voltar frequentemente atrás. Mas foi o que ele fez ontem, demitindo o jornalista Paulo Cezar Castanheiro Coelho, conhecido como Paulo Fona, do cargo de secretário de Imprensa do Governo Federal, seis dias depois de ter publicado a sua nomeação no Diário Oficial.
Em Brasília, o comentário é que a demissão foi por pressão do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, por conta do passado do jornalista. Não por acaso, Fona divulgou nota à imprensa na noite de terça, 13/08, apontando que sua demissão deveu-se a ter passado por MDB, PSDB e PSB.
“A decisão da minha exoneração pelo Presidente da República me pegou de surpresa. Fui convidado para assumir a Secretaria de Imprensa, alertei-os de meu histórico e minha postura profissional e a intenção de ajudar na melhoria do relacionamento com a mídia em geral. O desafio era imenso, sempre soube, mas esperava maior profissionalismo, o que não encontrei. Em todos os governos que passei de diferentes partidos – MDB, PSDB e PSB – sempre trabalhei com o objetivo de tornar a Comunicação mais ágil, eficiente e transparente e leal às propostas da gestão”, disse o jornalista, que já teve passagem por agência, como diretor de atendimento do escritório da Propeg em Brasília.
Fona foi o terceiro nome a ocupar a Secretaria de Imprensa desde a posse de Bolsonaro, que, até o momento, não comentou a demissão. Em Brasília, o que se comenta agora é que Fabio Wajngarten, secretário de Comunicação do Governo, estaria pensando em não levar mais ninguém, por um bom tempo, para aquela função.
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