A polêmica do patrocínio da rede de varejo de Luciano Hang, a Havan, ao Flamengo, anunciada pela empresa no seu Twitter, ainda vai passar por um novo capítulo. Na próxima semana, a aceitação da negociação terá que se submeter à aprovação do Conselho Deliberativo do clube, formado por cerca de 2.000 associados, que darão seus votos online.
A questão é que contratos altos não podem ser fechados apenas pela direção do rubro-negro. E o da Havan, segundo avaliação da mídia esportiva, deve ficar em R$ 6,5 milhões, podendo chegar até R$ 8 milhões, caso o rubro-negro bata metas.
Bolsonaro no meio
A notícia da possibilidade de a Havan ser patrocinadora do time gerou polêmica junto à torcida, por conta do apoio declarado de Luciano Hang, o “velho da Havan”, ao presidente Jair Bolsonaro.
O movimento chamado “Flamengo da Gente”, que reúne torcedores e também conselheiros, chegou a emitir nota lamentando a decisão da diretoria “de associar a imagem do clube à empresa de um dos maiores fiadores e incentivadores de um governo responsável pela morte de centenas de milhares de brasileiros”.
Diz o comunicado que “não é justificável o Flamengo aceitar levar na camisa uma marca que incentiva o negacionismo em relação à principal crise sanitária das últimas décadas”.
Fonte da Janela no Flamengo, no entanto, acredita que o patrocínio vá passar pela votação do Conselho Deliberativo. “A empresa Havan é grande e não tem nada a ver com a posição política do seu presidente”, disse, destacando que “não seria a mesma coisa se estivéssemos falando de empresas envolvidas com os episódios recentes de corrupção, porque aí realmente faria sentido o compliance”.
Em um momento de tanta polaridade política no país, será um indicativo curioso descobrir como o torcedor rubro-negro vai se posicionar na hora do voto.
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