• A evolução do OOH e o futuro que bate à porta, por Bruno Biondo

    Bruno Biondo, diretor comercial da Eletromidia no Rio de Janeiro, um especialista no assunto, fala sobre a evolução do Out of Home (OOH) e o que vem por aí.

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    “A comunicação vive um dos períodos mais dinâmicos da sua história. Se, por um lado, a chegada da TV 3.0 promete redefinir a experiência audiovisual dentro de casa, por outro, o Out of Home (OOH) consolida-se como um dos meios mais versáteis e potentes para acompanhar a jornada do consumidor em tempo real – na rua, no transporte, em espaços públicos e privados.

    Esse cenário abre caminho para um modelo de comunicação que não se limita mais à simples exposição de mensagens, mas, sim, à construção de uma rede integrada de dados, métricas e formatos capazes de se conectar a outros meios, sobretudo os digitais. A lógica é pensar o OOH como parte de um ecossistema mais amplo, multitelas, em que cada ponto de contato – seja na rua, no celular ou na TV – contribui para uma experiência ampla e contínua de marca.

    Nos últimos anos, o OOH passou por uma fase de transformação, profissionalização e expansão estrutural. O aumento da capacidade tecnológica, a conquista de novos ativos e o investimento de grandes players têm impulsionado a consolidação do setor. O resultado é um mercado mais robusto, competitivo e preparado para explorar novos modelos de negócio – inclusive, que conta com agências especializadas em OOH – que vão além da venda tradicional de espaço publicitário e se abrem a oportunidades ligadas a dados, serviços e parcerias estratégicas.

    Com a evolução tecnológica, o OOH ganha corpo como um meio com capacidade de mensuração em tempo real, segmentação precisa e comprovação de resultados. Esses atributos elevam o setor a um patamar de inteligência comparável a de outros meios, tornando-o pilar estratégico em campanhas omnichannel. Além de potencializar a interação com o público, a possibilidade de contextualização das mensagens em diferentes ambientes amplia as oportunidades de integração e engajamento.

    É nesse ponto que a TV 3.0 entra como fator disruptivo: o poder de conexão de dados, personalização e segmentação das smart TVs combinando com a TV aberta, historicamente uma das principais mídias do país, e permitindo assim uma maior personalização, interatividade e integração das plataformas e campanhas; ela amplia a capacidade de cruzar informações e alinhar narrativas entre os diferentes ambientes de mídia. A combinação entre a força massiva da televisão brasileira e a capilaridade do OOH representa um diferencial estratégico raro no mercado global, capaz de acompanhar o consumidor em todos os momentos do seu dia.

    Na prática, a adoção da DTV+ aplicada ao OOH abre novas possibilidades:

    • Precisão geográfica e contextualização: mensagens adaptadas por microrregiões, de acordo com a comunicação planejada para cada território.

    • Sincronização de sinais: campanhas que podem ser espelhadas na TV aberta e nas telas do OOH simultaneamente, ampliando engajamento, cobertura e repercussão em um ecossistema integrado de mídia digital.

    • Conteúdos adaptados em tempo real: do espelhamento de programetes e sinopses até iniciativas interativas – como no caso de votações de reality shows, em que as telas da Eletromidia podem exibir chamadas com QR Code para participação imediata.

    • Estratégias combinadas: TV aberta reforça a mensagem de forma massiva, em escala nacional, enquanto o OOH combina hipersegmentação e desdobramentos locais e engajamentos específicos para a campanha.

    Essas aplicações já vêm sendo testadas e ensaiadas pelo mercado, mas é a escala e o grau de automação trazidos pelo DTV+ que prometem consolidar um novo nível de integração entre TV e OOH.

    Mais do que competir entre si, esses meios se complementam e podem se fortalecer mutuamente. A TV 3.0 projeta-se como um avanço tecnológico que renova a relevância e dinâmica do conteúdo audiovisual. O OOH, por sua vez, consolida sua presença no cotidiano das pessoas e expande seu papel como ponte entre o físico e o digital.

    O futuro que bate à porta da comunicação passa, portanto, pela integração. Marcas que compreenderem essa complementaridade terão a oportunidade de construir narrativas mais consistentes, mensuráveis e eficazes, atingindo o consumidor onde quer que ele esteja, da tela da rua à da sala de estar.”

    Renata Suter

    Jornalista, Renata Suter é editora da Janela Publicitária

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