A unidade global de inteligência do McCann Worldgroup, a Truth Central, realizou um estudo – ‘The Truth About Escapism’ -, lançado durante a CES ( Consumer Electronics Show ), revelando que 86% das pessoas no mundo acreditam que distrações podem ser uma maneira saudável de lidar com o estresse diário.
O número sobre para 90% quando os entrevistados são brasileiros. A maioria, 60% manifestaram a vontade de ter mais distrações atualmente do que no passado. Com base nesses e em outros dados da pesquisa, marcas das mais diversas categorias têm oportunidade para analisar a ‘Economia do Escapismo’, que movimenta algo em torno de US$10 trilhões.
O setor de viagens e turismo detém a maior parte da ‘Economia do Escapismo’, mas bens de luxo, álcool, saúde e bem-estar, cassinos e jogos de azar, jogos, parques temáticos e beleza também vêm demonstrando sua importância – estão aí as bets e os influencers do mercado de luxo para confirmar a tendência. Essa economia deve quase quintuplicar até 2028, pressionando marcas tradicionais, não associadas a esse universo a encontrarem seu lugar dentro dele.
O estudo combinou uma metodologia robusta, incluindo uma pesquisa quantitativa com mais de 16 mil entrevistados em 16 mercados, incluindo o Brasil. Avaliações do setor fornecidas pela GlobalData também fazem parte do mesmo estudo.
Para Agatha Kim, CSO da WMcCann, escape costumava ser apenas um destino, mas o estudo mostrou como o desejo de escapismo se torna cada vez mais um estado de espírito. “No Brasil, essa constante necessidade de escape reflete o contexto sociocultural em que vivemos”, avalia.