Sem citar o caso de Jéssica Canedo, naturalmente, a agência de marketing de influência Mynd e a empresa de estratégias de comunicação digital Banca Digital anunciaram formalmente nesta sexta-feira, 22/03, o fim de sua parceria comercial.
O projeto havia sido lançado em 2020 — quando da foto acima, cheia de love –, pela dirigente da Mynd, Fátima Pissarra, e pelo fundador da Banca Digital, Murilo Henare.
Mas é inevitável vincular o rompimento à repercussão da crise de imagem causada pelo suicídio da jovem Jéssica, no final de 2023, após o perfil Garotx do Blog, ligado à Banca Digital, repercutir no Instagram sobre o pretenso relacionamento dela com o humorista Whinderson Nunes.
E, em seguida, ter o site Choquei, na época ainda parceiro da Mynd, aderido ao linchamento virtual da menina, levando ao agravamento de sua crise depressiva e ao desfecho dramático que conhecemos.
Segundo o comunicado, citando Henare, após quatro anos de parceria, a plataforma — que representa mais de 60 perfis de entretenimento e fofoca — “passa a ser uma empresa 100% independente comercialmente e irá negociar diretamente com clientes, sejam eles marcas, agências ou parceiros”.
A Mynd foi fundada em 2017 pela jornalista e marqueteira Fátima Pissarra e pela cantora Preta Gil, representando atualmente cerca de 400 influenciadores. Apesar dos boatos em sites que cobrem a área de fofocas de que Preta Gil já não faria mais parte da sociedade, a assessoria de imprensa da Mynd informa que ela segue participando acionariamente da empresa.
Já a partir da morte de Jéssica Canedo, a Mynd parou de citar sua relação com a Banca Digital. E a empresa foi a público afirmar que cuidava “exclusivamente” da intermediação da venda de publicidade em perfis nas redes sociais e que não participava da definição do conteúdo postado pelos criadores afiliados.