Encerra-se nesta segunda-feira, 18/03, o contrato emergencial de 180 dias assinado pelo Banco do Brasil com suas agências WMcCann e Lew’Lara\TBWA. (Veja atualização importante no rodapé)
Conforme matéria publicada pela Janela em outubro passado (veja link abaixo), o Comitê de Administração da Diretoria de Marketing e Comunicação da instituição autorizou, em 05/09/2023, a extensão emergencial com as agências já contratadas, caracterizando a exceção como “urgência de atendimento”.
O prazo era o esperado pela instituição para que pudesse ser finalizada a concorrência que iria escolher as novas agências do BB.
Resultado: o tempo passou, brigas políticas (é o que se conta em Brasília) entre a administração do BB e a Secom foram se estendendo e o banco só recebeu propostas eletronicamente, mas sem ter podido abrir o conteúdo para julgar.
Enfim, se não for feita mais uma renovação emergencial, o Banco do Brasil, passará a ficar, simplesmente, sem agência contratada.
Sem agência, o BB pode anunciar?
Ora, o Banco do Brasil não pode autorizar mídia diretamente.
A questão que se impõe, assim, é como uma instituição que disputa mercado, como o Banco do Brasil, ficará sem poder fazer publicidade?
A dúvida ficará até que a Licitação Eletrônica 2023/04275 (8558) tenha sido finalizada. Ou seja, após todas as propostas terem sido entregues e julgadas, que os recursos tenham sido apresentados e respondidos pelas contrarrazões, em seguida analisados pelos responsáveis pelo processo e todos os demais procedimentos até a assinatura de novos contrato estarem em vigo.
Para piorar, a sessão formal de abertura das propostas, que deveria acontecer no próximo dia 25 de março, foi adiada.
Em publicação no Diário Oficial desta segunda-feira, 18/03, o BB informa que, “em virtude do cumprimento do prazo para sorteio da subcomissão técnica”, a data de realização do certame foi adiada para o dia 02 de abril.
É curioso que, no último parágrafo da tal matéria noticiando a renovação emergencial, este colunista perguntava “O leitor acha que 180 dias serão suficientes?”
A resposta foi dada: não foram.
ATUALIZAÇÃO ÀS 19:25HSem ter havido qualquer divulgação em publicação oficial, o Banco do Brasil acabou renovando mais uma vez (e novamente com a justificativa de emergência), o contrato com suas agências WMcCann e Lew’Lara. A informação, que vinha sendo mantida em sigilo pelas agências, como sendo por conta de obrigação de confidencialidade — apesar de a Janela alegar não compreender confidencialidade em contratos de órgãos públicos — foi revelada apenas após a publicação do texto acima, pelo gerente executivo de relacionamento com a imprensa, comunicação interna e reputação da marca do Banco do Brasil, Sérgio Freire. A assinatura aconteceu na sexta-feira, 15/03. E nos termos dos documentos, a duração poderá ser reduzida caso defina-se, antes dos seis meses, a licitação das novas agências. A Janela, induzida a erro, aproveita para reiterar sua posição: se o Banco do Brasil está obrigando suas agências a manter sigilo sobre seus relacionamentos comerciais com a instituição, está cometendo um equívoco gravíssimo, ainda mais nos tempos em que estamos vivendo, sob um governo que se elegeu inclusive alegando combater obscuridades dos relacionamentos políticos da administração anterior. |
LEIA TAMBÉM NA JANELA
• Banco do Brasil renova com Lew’Lara e WMcCann por seis meses com dispensa de licitação (em 12/10/2023)