• Licitação do Banco do Brasil atrasa e saída será a assinatura de extensão emergencial

    WMcCann para o Banco do Brasil: Bora?

    Contratadas em 2018 pelo Banco do Brasil, as agências Lew’Lara/TBWA e WMcCann têm sua prestação de serviços assinada com a estatal apenas até o próximo dia 19 de setembro de 2023.

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    Como, em setembro, o BB completa cinco anos com aquelas agências — o limite previsto pela Lei 8.666/93 — uma nova concorrência era esperada para ter acontecido no primeiro semestre deste ano, a tempo de o banco poder seguir sem interrupção com sua comunicação de marketing aos brasileiros.

    Só que, o mês de agosto está se encerrando e, até agora, nenhum sinal de edital.

    Em maio deste ano, o Banco do Brasil até acenou que algo iria acontecer, com a convocação de uma Consulta Pública para ouvir o mercado, citando, inclusive, que poderia contratar quatro agências de propaganda.

    Queda de braço

    Segundo amigos da Janela que frequentam Brasíia, a demora na abertura de uma nova disputa seria fruto de uma queda de braço entre a diretoria do BB e o ministro Paulo Pimenta, comandante da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do Governo Lula.

    O motivo seria o interesse de o Banco do Brasil manter a filosofia de ser atendido por agências de grande porte e, de preferência, multinacionais, como são a WMcCann e a Lew’Lara\TBWA.

    Já a Secom — e dizem, o próprio presidente Lula — quereria condições iguais para a escolha.

    Acontece que o Banco do Brasil é mordido de cobra. Na concorrência de 2017, a agência melhor pontuada pelos jurados acabou sendo a pequena Multi Solution, de Campinas.

    Mal saiu o resultado, o jornal Folha de S.Paulo foi pra rua denunciar que sabia de tudo antecipadamente (veja links no rodapé).

    Resultado: levantada a suspeita, a concorrência foi cancelada, dançando junto as agências brasileiras Z+ e Nova/SB, também posicionadas nos primeiros lugares.

    Na nova concorrência de publicidade promovida pelo BB, o edital incluiu tantas exigências financeiras, que apenas as multinacionais conseguiram participar.

    A questão agora é: a Secom permitirá que o Banco do Brasil mantenha as cláusulas do edital que dificultem a participação de boa parte das agências brasileiras?

    Saída emergencial

    Esta semana, a Janela enviou ao Banco do Brasil o questionamento sobre haver alguma previsão de lançamento da concorrência e qual seria a possibilidade — que é usual em situações semelhantes — de os contratos com a Lew’Lara e a WMcCann serem renovados emergencialmente, “até que o processo de seleção de novas fornecedoras seja concluído”.

    A assessoria de imprensa respondeu com o seguinte posicionamento:

    O BB segue rigorosamente toda a legislação e normativos que regem as contratações de empresas de publicidade, conforme leis 12.232/2010 e 13.303/2016, além do próprio Regulamento de Licitações do Banco do Brasil – RLBB.

    O Banco do Brasil está avaliando as contribuições recebidas na consulta pública e garantirá que a prestação dos serviços será continuada.

    A acompanhar nos Diários Oficiais.

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    LEIA TAMBÉM NA JANELA

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    BB decide suspender concorrência suspeita (em 25/04/2017)

    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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