Cinco meses depois de publicar no Diário Oficial da União (DOU) que as agências DeBrito e Escala haviam sido vencedoras de sua licitação publicitária, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) decidiu anular todo o processo.
A edição desta terça, 04/10, do DOU reproduziu uma nota assinada pela presidente da Comissão Especial de Licitação, Angelina Souza Leonez, comunicando laconicamente a anulação da Concorrência nº 1/2021, sem qualquer explicação dos motivos.
Na página da concorrência do site do MCTI não há atualização desde julho último. E as agências vencedoras, segundo levantamento feito pela Janela com seus dirigentes, tampouco foram informadas do motivo de jamais terem sido chamadas a assinar os contratos e foram tão surpreendidas pela anulação quanto a nossa redação.
Com o cancelamento, foram jogados no lixo os esforços de oito agências que investiram para se apresentar na briga pela verba prometida de R$ 30 milhões do órgão, comandado, à época, pelo astronauta Marcos Pontes. Além daquelas duas, participaram Binder, Cálix, Desigual, Fields, I Comunicação e Moringa.
Considerando os custos avaliados entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para a participação em uma concorrência pública — um risco justificado pela possibilidade de a disputa chegar a um resultado — fica fácil perceber o tamanho do dano nesta anulação.
A Janela entrou em contato com a assessoria de imprensa do MCTI, solicitando os documentos que levaram à decisão, mas não obtivemos resposta até o fechamento desta matéria.
(Foto do MCTI por Marcos Oliveira / Agência Senado)
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