“Ou você está no canal dos outros ou no seu próprio”. A análise é do publicitário Vitor Knijnik, que atualmente dirige a Rede Snack, uma empresa que vem se dedicando a criar canais de conteúdo exclusivos para marcas nas redes sociais.
O trabalho mais recente da Snack é o “É cada uma…”, da rede de varejo carioca Casa&Vídeo. Com duas semanas no ar, o canal ainda engatinha, com pouco mais de mil seguidores. Mas a Snack comemora o sucesso do “Coisa Nossa”, para o Guaraná Antarctica, que já chegou a bater os dois milhões de inscritos, com vídeos que superam um milhão de visualizações.
O “É cada uma…” conta com creators como Bruno Duarte e Júlio Victor, com o compromisso de ter um conteúdo novo no ar toda segunda e quinta, às 17:00h.
Esta regularidade, explica Knijnik — que já foi inclusive diretor de criação da Fischer América Rio –, é fundamental para o sucesso de um canal de conteúdo, daí a necessidade de uma aposta segura da marca no formato. “A comunicação publicitária sempre se pautou pelo imediatismo. Só que a construção de uma comunidade demora, mas é altamente retornável como investimento, porque você passa a ter participantes engajados, com a vantagem de você ser o seu próprio promotor”, diz o criativo.
No caso do canal do Guaraná Antarctica, por exemplo, Vitor Knijnik conta que já foi possível até desenvolver ações de conversão, com lançamentos de produtos promovidos exclusivamente por lá, como o refrigerante sabor canela, para comemorar o primeiro milhão de assinantes.
Para o diretor de marketing da Casa&Video, Vitor Murakami, o investimento se justificou por conta do crescimento do site da marca e seu app. “Queremos alcançar um cliente novo, mais digital, que hoje a Casa&Vídeo não alcança”, afirmou.
A Rede Snack, que hoje é do grupo B&Partners.co, nasceu em 2013, quando Knijnik diz ter percebido a mudança no mercado, “com o YouTube não sendo mais só vídeos de gatinhos tocando piano”.
Hoje, criando e produzindo para mais de 10 canais de marcas, ele brinca que a atividade pode ser chamada de “siliconwood”, porque exige conhecimentos das métricas dos canais digitais, do Vale do Silício, com a estrutura hollywoodiana de produção, contando com diretores, roteirista, editores e um elenco que atraia a atenção do espectador.