Para mostrar ao governador fluminense Claudio Castro que sua proposta de slogan — “Sem tempo a perder” — era a melhor para o Governo do Rio de Janeiro, a Binder investiu em uma grande pesquisa com a empresa Mood, da Márcia Amorim. A agência levou várias frases para moradores da região dos Lagos, região serrana, São Gonçalo e bairros do Rio, através de reuniões virtuais, quando acabou descobrindo que ideias que faziam mais sucesso internamente na equipe geravam até percepção negativa pela população.
Com o embasamento dos resultados, a Binder conseguiu convencer a favor da sua criação a cúpula do Governo, que havia pedido sugestões para todas as suas demais agências: Agência3, Artplan, Propeg e Nacional.
O “Sem Tempo a Perder”, que passa a ser aplicado junto à marca do Governo do Rio, resolve a particularidade da atual administração, que terá dois anos para concluir o mandato, já que Castro assumiu com o afastamento, em 2020, de Wilson Witzel do executivo. O slogan busca transmitir que a atual gestão vai ter mesmo que trabalhar de forma mais eficiente.
Rentabilidade
Em conversa com a Janela, executivos de agência se confessaram impressionados com o investimento da Binder para levar a concorrência, até por conta de o job da criação do novo slogan não ter sido remunerado. Projetos assim fazem parte do pacote a que as agências se comprometem em contratos públicos.
A questão levanta a discussão sobre a viabilidade da manutenção do atual sistema de relação governo-agências, com concorrências em que o órgão público define uma verba, em seu edital de licitação, tendo como parágrafo adicional a cláusula de que ele não se compromete a utilizá-la integralmente.
Não por acaso, este questionamento tem começado a crescer no meio publicitário: não estaria na hora de as contas governamentais pagarem por cada job que realizam, como já faz a iniciativa privada?
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