A Covid-19 levou neste domingo, 17/01, o publicitário Alexandre José Periscinoto, aos 95 anos. O criativo acabou tornando-se o “P” da “Alcântara Machado Propaganda” ao se tornar sócio da agência em que trabalhava na criação e que havia sido fundada, em 1954, por José de Alcântara Machado. Mais tarde, vendida para a BBDO, ela teve seu nome mudado para AlmapBBDO, o que mantém até hoje.
A agência é a maior vencedora da história do Prêmio Colunistas, já sendo Agência do Ano, com o nome Almap, em 1977, na 10ª versão da premiação. Isso, três anos depois de, em 1974, o próprio Alex ter sido escolhido o Publicitário do Ano.
Historiadores de publicidade registram que Alex teria sido o responsável pelo primeiro comercial para televisão no Brasil, para a Cera Dominó.
Nascido em Mococa, no interior paulista, Periscinoto foi um dos responsáveis por implantar no Brasil a estrutura de agências com duplas de criação e diretor de criação.
Em 1973, ele teve a primazia de ser o primeiro jurado brasileiro do Festival Internacional do Filme Publicitário, que, naqueles tempos, se revezava entre Veneza e Cannes.
Em 1995, escreveu, com Izabel Telles, o livro “Mais vale o que se aprende que o que te ensinam”, pela editora Best Seller, contando suas histórias no universo da publicidade.
No governo de Fernando Henrique Cardoso, chegou a ser secretário de Publicidade Institucional da Secom.
Ele deixou esposa Maria Lúcia, de 77 anos, dois filhos, quatro netos e um bisneto.
PUBLICIDADE