Oito meses depois de receber as propostas de nove agências, o Senac Nacional distribuiu nota cancelando a sua concorrência 03/2019. Segundo o comunicado, assinado em 03/11 por Cosme Oliveira, presidente da Comissão de Licitação, a decisão se deve a “reformulação do escopo do objeto”. As concorrentes estavam aguardando a reconvocação para a abertura de suas propostas de preço. Marcada inicialmente para 18/11, a reunião não aconteceu.
Na fase de avaliação técnica, a agência Binder havia conseguido 80,43 pontos, superando a Cálix, que ficou em segundo, com 73,41 pontos, e a Nova/SB, em terceiro, com 71,15 pontos. A seguir vieram a Nacional (68,25 pontos), Stylus (55,08 pontos), E3 (55), Radiola (48,81), NBS (48,5) e Brick (41,12). A avaliação havia sido realizada em tempo recorde de duas semanas pela subcomissão técnica formada por Aline de Araújo Durães, Ana Márcia Varela, Anderson de Oliveira Larangeira, Márcia Leitão e Vanessa Medeiros.
As agências Cálix e Nacional chegaram a entrar com recurso, apontando, por exemplo, que a Binder teria utilizado, em sua proposta, a mesma ideia criativa que apresentou em outra concorrência. A comissão de licitação chegou a tirar 2,8125 pontos da Binder, alegando que o edital pedia “caráter inovador da ideia criativa”. No entanto, pela distância de 7,02 pontos que a agência mantinha sobre a Cálix, segunda colocada, a pena não alterou a ordem do julgamento técnico. A NovaSB também pleiteou aumentar a sua pontuação, mas os jurados recusaram, justificando não haver encontrado no recurso “argumentos efetivos para isso”.
A consequência do cancelamento é que todas as pastas das nove agências — inclusive das primeiras colocadas — podem ir agora para o lixo. Vai começar tudo de novo para quem tiver ânimo de brigar novamente pela conta, avaliada, no edital, em R$ 9,8 milhões, a serem divididos entre o Senac Nacional e o Sesc.
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