Filho feio não tem pai. Depois de críticas nas redes sociais, de recusas de veículos de publicar as peças e de a Justiça impedir a veiculação da campanha, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom-PR) resolveu tirar o corpo fora e garantir que ela não tem responsabilidade na divulgação do comercial “O Brasil não pode parar” e das peças digitais. No Twitter e no Instagram, a Secom apagou o que já havia postado e emitiu nota negando “definitivamente” que a campanha existisse!
Naturalmente, a culpa da divulgação de que houve uma campanha, para o Planalto, é a da mídia, como se os jornalistas tivessem criado as peças em suas redações e hackeado os perfis do Governo Federal para botar o material no ar. “Trata-se de uma mentira, uma fake news divulgada por determinados veículos de comunicação”, diz o Governo Federal.
A nota da Secom afirma que “não há qualquer veiculação em qualquer canal oficial do Governo Federal a respeito de vídeos ou outras peças sobre a suposta campanha. Sendo assim, obviamente, não há qualquer gasto ou custo para a Secom”.
A nova justificativa contradiz comunicado distribuído na sexta-feira pela Secom, que chagou a reconhecer que a peça foi produzida “em caráter experimental, portanto, a custo zero e sem avaliação e aprovação da Secom”.
Até agora, portanto, ninguém sabe quem escreveu o texto do comercial, quem gravou o áudio, quem editou as imagens de arquivo, e se realmente quem fez o trabalho não cobrou nada de ninguém.