• Alerj promete que vai julgar concorrência em apenas um dia

    Alerj - Plenario (Foto de Octacilio Barbosa)

    A concorrência pela conta publicitária da Assembleia Legislativa do Rio viveu um novo impasse esta quarta-feira, 18/12, quando os representantes das sete agências concorrentes tiveram que esperar por duas horas e meia até que a Procuradoria-Geral da casa decidisse o que fazer já que, pela segunda vez, não havia na casa ninguém da Subcomissão Técnica (que vai analisar os trabalhos) para receber em confiança o material.

    Por decisão dos procuradores Sergio Pimentel e Rodrigo Lopes Lourenço, a Alerj acabou criando uma rotina inédita nos processos de concorrências públicas no Brasil. Diferentemente do que as agências estão acostumadas, ninguém rubricou as páginas para comprovar que não haveria retirada de material.

    A Comissão de Licitação, pacientemente, teve que abrir todas as pastas não identificadas, e contar, para constar em ata, quantas folhas e quantas pranchas de trabalhos tinha cada uma. Por exemplo, segundo a ata lavrada ao final, o envelope número 4 tinha “44 folhas + 23 pranchas com peças + 1 peça com uma dobra”. Já o número 07 tinha “12 folhas encadernadas em espiral transparente com capa + 12 pranchas com peças + 01 CD avulso”.

    Feito isso, todos os envelopes, que já haviam sido lacrados na primeira sessão, foram mais uma vez lacrados e as agências convocadas para voltar à Alerj no dia 26, pela terceira vez, quando as pastas serão novamente abertas e a Comissão de Licitação assegura que todos os integrantes da Subcomissão estarão em outra sala prontos para julgar o material.

    A garantia dos organizadores da licitação é que os julgadores, no mesmo dia, avaliarão e pontuarão os planos de comunicação e as peças criadas por cada uma das agências. Não é pouca coisa. Segundo levantamento da Janela, a partir da ata da sessão desta quarta-feira, a Subcomissão Técnica terá que ser analisar nada menos que 229 folhas de texto e 139 pranchas. Além, claro, do tal CD da agência 07.

    Depois destas notas conferidas, aí sim, como de praxe, aguarda-se o prazo de recursos para que sejam feitas as avaliações de capacidade de atendimento, documentação e os demais detalhes burocráticos de uma disputa do gênero.

    A verba publicitária prometida pela Alerj é de R$ 14,2 milhões e estão na briga Brasil 84 (BH), Cálix (DF), Gadelha (RJ), Nacional (RJ), OCP (BA), Publika 7 (RJ) e Sides (RJ).

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    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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