“O direito de comercializar publicidade no BRT continua com o Grupo Coruja”, garante a empresária Rudimila Borges, CEO da empresa, em resposta à decisão do interventor do Bus Rapit Transit (BRT) carioca, Luiz Alfredo Salomão, que recentemente convocou outras empresas da área de OOH para enviarem propostas de comercialização dos espaços.
Segundo Rudimila, em janeiro deste ano, o contrato da Prefeitura com o Coruja foi renovado, mantendo todos os direitos que a empresa conseguiu em 2017, ao assinar o primeiro compromisso pelo período de 24 meses. “Tanto é assim que já entramos na justiça e conseguimos um mandado de segurança para garantir nossos direitos”, afirmou.
Como publicado pela Janela em 2017, o Grupo Coruja já havia anunciado que, além do envelopamento externo dos 440 ônibus do modal, estava passando a oferecer painéis externos nas estações do sistema. Tanto que, citou agora a empresária, todos os materiais para exibição de publicidade no BRT foram instalados pelo Coruja. “Como o interventor acha que pode agora entregar para terceiros o uso de instalações que são nossas?”, perguntou.
Rudimila Borges insiste que Luiz Alfredo Salomão está extrapolando de suas funções ao se envolver com a área publicitária do BRT.
– Está muito claro no Decreto nº 45640, assinado pelo prefeito Marcelo Crivella em janeiro, que a intervenção tem como objetivo corrigir falhas na operacionalização do sistema do transporte público, sem qualquer citação a poder modificar a utilização comercial dos espaços – explicou a diretora do Grupo Coruja.
Naming Rights na mira
Alterar os contratos de comercialização dos ônibus e das estações do BRT não é a primeira tentativa de Luiz Alfredo Salomão na área de publicidade. Em junho, como já publicamos, foi convocada a venda do direito de comercialização dos nomes das estações.
Segundo amigos da Janela, houve estranheza no anúncio, já que, segundo conhecimento do mercado, este seria um serviço oferecido pelo Grupo Band, através de seu braço Mov TV.
De qualquer forma, a sessão para recebimento de propostas aconteceu dia 3 e, ainda de acordo com informações do mercado, não houve comparecimento de interessados.
E como a própria Mov TV foi desmontada pela Band, não há mais empresa cuidando desta área junto à prefeitura carioca.
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