O Carnaval está chegando, então vale a pena lembrar que muita gente já cantou e sambou em homenagem à Vale do Rio Doce, quando em 2003 ela patrocinou o desfile da Grande Rio na Sapucaí.
A ideia havia sido do carnavalesco Joãosinho Trinta, para comemorar os 60 anos da empresa, num tempo em que ainda era raro as escolas de samba irem buscar patrocínios fora do auto-financiamento pela contravenção.
“Faz parte da política da Vale buscar a humanização da sua imagem, e nada melhor para isso do que se aproximar da cultura brasileira na sua maior festa”, disse o então presidente Roger Agnelli à agência de notícias Reuters. Na época, a Vale não quis revelar o valor pago, estimado, no entanto, por especialistas, em R$ 2 milhões. “Algo irrelevante para uma empresa do porte da Vale”, desconversou Agnelli em entrevista.
“Vamos mostrar para o Brasil e para o mundo todo essa riqueza brasileira que é a Vale, o progresso que ela proporciona, respeitando sempre o meio ambiente e incentivando a educação do povo”, disse Joaosinho durante apresentação do samba-enredo.
Na imagem da matéria, dá para ver, atrás de Joãosinho Trinta, diretores de ala da escola com capacetes e macacões, numa referência ao trabalho de mineração da Vale do Rio Doce.
Veja mais abaixo a letra da Grande Rio louvando a Vale.
O Nosso Brasil Que Vale
Vem, meu povo
A festa começou
Vem que a voz da alegria
Eu sou
Solto grito da garganta
A Grande Rio chegou
Meu amor
Valeu Brasil
Terra onde o tempo é o senhor, ô, ô, ô
Trago sonhos bordados em ouro
És o gigante da alegria
És meu tesouro
Nas matas viajei
Sou desse chão um rei
Onde pisei
Deixei meu coração aventureiro
Cheguei em Minas
O Eldorado Brasileiro
Andei, criei cidades coloniais
Na história, o vento nos traz
Salve o barroco
Estilo igual jamais
Uma luz brilhou no céu
Eu vi um sol de bronze a reluzir
Nuvens de prata vão cobrir
As montanhas de ferro é o progresso a surgir
Vê, meu bem, quanta beleza
A mãe-natureza tem pra dar
Tudo que o bom Deus criou
O homem tem que preservar
O orvalho molha as flores
Pro Vale do Rio Doce eu vou
Os passarinhos voando
Entoam um canto de paz
Enquanto danço com índios em Carajás
Deixe o futuro chegar
Que a criançada vai ver
Quanta magia tem na arte e no saber