A Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro) está distribuindo às associadas um alerta de sua diretora jurídica Dra.Helena Zoia, para que tomem cuidado com a utilização dos emojis em suas campanhas publicitárias.
As carinhas que hoje fazem parte inevitável das trocas de mensagens nas redes sociais “nem sempre são de livre utilização”, como chama a atenção a Fenapro. Muitas delas foram registradas por Marco Husges, um ex-executivo alemão da indústria de videogames que, durante férias na Croácia em 2013, se deu conta que ninguém havia garantido para si o direito de comercialização daquelas imagens que surgiram pela primeira vez no Japão, por operadores de celulares, no final dos anos 90.
Husges, que hoje tem 46 anos, fundou a empresa “emoji company GmbH” e saiu desenvolvendo com sua equipe mais de 5000 imagens devidamente registradas e licenciadas para aplicativos como Facebook. O esperto alemão saiu registrando também o domínio emoji.com para sua empresa e expressões como “emojiplanet” e “emojitown”.
Não por acaso, quando a Sony anunciou seu The Emoji Movie — atualmente em cartaz também no Brasil — Husges correu atrás e conseguiu que a produtora lhe pagasse uma fortuna em direitos de licenciamento.
No Brasil, a Dr.Zoia chama a atenção, a empresa de Husges está representada pela Exim Brasil, que já garantiu o registro dos bonequinhos também no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Ou seja, botar um emoji sem autorização em um anúncio ou comercial pode acabar deixando você assim: