Morreu esta madrugada, em São Paulo, onde estava residindo, o jornalista Walter Fontoura, um dos ícones de sua geração e responsável, por muitos anos, pela época áurea do Jornal do Brasil, onde trabalhou de 1966 a 1984 e circulou desde colunista a diretor executivo, passando por editor geral.
Depois de deixar o JB, ainda teve passagem pelo O Globo, como diretor da sucursal de São Paulo, entre 1985 e 1997. Curiosamente, na época — e a Janela chegou a registrar — correu muito forte no mercado que Fontoura estaria indo para a Última Hora, apoiado por algum investidor misterioso que pretendia tirar o jornal da gigantesca crise em que estava.
Fontoura foi diretor da Associação Comercial do Rio de Janeiro, vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, membro do Conselho de Orientação Superior da FIESP, da Editora Páginas Amarelas e do MASP. Nos anos 2000, associou-se aos publicitários Luiz Sales, Alex Periscinoto e Sergio Guerreiro na consultoria de comunicação SPGA, que atendeu a grandes corporações brasileiras, como Bradesco, Votorantim, Vale e Arisco. Para essa empresa, aliás, a SPGA foi a responsável pela condução da concorrência publicitária que escolheu a NBS, em 2006, como agência.
Fontoura estava internado há cerca de um mês por conta de um câncer. O velório acontece no Cemitério do Morumby, na Zona Sul paulista. Ele deixa a esposa Arlete Fontoura, duas filhas e cinco netos.
Bom depoimento, Accioly!