A Associação de Marketing Promocional (Ampro) emitiu nota pública de repúdio à licitação que a Caixa Econômica Federal está promovendo para escolher as suas três próximas agências de promo, que deverão gerenciar uma verba estimada em R$ 86 milhões. A entrega das propostas está prevista para 17/11, em Brasília.
Segundo o presidente executivo da Ampro, Alexis Pagliarini, a atitude foi motivada a partir da solicitação de diversos associados. O edital (baixe aqui para ver), por exemplo, estabelece um teto de remuneração limitado. Diz a entidade que repudia tal prática, além de considerar que “somada às exigências estruturais, como uma base em Brasília com 15 funcionários, torna a prestação de serviços impraticável”. Diz a Ampro que, no momento atual do setor, a situação é agravada por as agências “amargarem um período de mais de 6 meses de quase total interrupção de negócios”.
Em conversa com a Janela, Pagliarini conta que o mercado até aceitou bem os limites de 10% de honorários estabelecidos pelo Banco do Brasil e de 14% da Petrobras. Mas os 5% de remuneração da Caixa estão muito abaixo do praticado pelo mercado.
Ainda na nota, a Ampro lamenta a Caixa atuar “de forma leonina”. O texto explica que o mercado espera “maior empatia e sensibilidade por parte dos contratantes de serviços, procurando garantir a sustentabilidade de todo o sistema, atitude ainda mais esperada em se tratando de empresa estatal”.
Enviado o protesto para a Caixa, “a resposta foi burocrática, apenas com informação de que vão averiguar”, informou Pagliarini.
A Caixa, vale lembrar, tem visto seu nome envolvido em várias críticas do mercado de comunicação. A estatal, sem grandes divulgações, está realizando uma seleção de fornecedores de serviços da área apenas por preço, alegando ser em caráter emergencial. A atitude também gerou protestos de outra entidade, a ABRADi, que representa os players do setor digital.
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