O juiz Sérgio Moro liberou da prisão preventiva no final de ontem, terça-feira, 31/10, o publicitário Antônio Carlos Vieira da Silva, diretor da agência Arcos — à frente na foto — que havia sido preso com seu irmão André Gustavo Vieira da Silva — que aparece logo atrás — na Operação “Cobra” da Lava-Jato, acusados de atuar como operadores de propina do ex-presidente da Petrobras e Banco do Brasil, Aldemir Bendine.
Moro considerou que Antônio Carlos poderá ter sua prisão substituída por outras medidas cautelares, além da obrigação de comparecer a todos os atos do processo, de não poder deixar o país nem entrar em contato com outros acusados.
Paralelamente às implicações pessoais, Moro restringiu que as empresas de Antônio Carlos, como a Arcos, possa trabalhar para a Administração Pública. No seu despacho, o juiz estabelece, no entanto, que a decisão não afeta contratos vigentes.
Em conversa com a Janela, o diretor da Arcos, Pedro Arlant Neto, informou que os advogados da agência já estão reunindo a documentação que comprove os contratos atuais para apresentar em Curitiba, dentro do prazo de cinco dias úteis estabelecido por Moro. E esclareceu que, desde o surgimento dos problemas com os dirigentes da agência, ela havia parado de entrar nas licitações do governo, para buscar novos focos de atuação.
De qualquer forma, vem circulando pelo mercado carioca a informação de que Furnas, cujo contrato com a Arcos, para uma verba anual de R$ 20 milhões, termina em dezembro deste ano, já teria decidido abrir uma nova licitação agora em novembro.
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