Esta edição da coluna "Propaganda" foi publicada originalmente no jornal Última Hora.
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Prêmio Colunistas-Rio já recebe inscrições

Eles gostam. Com esse tema, criado pela agência Denison, será lançado esta semana o VI Prêmio Colunistas-Rio, que julgará os melhores trabalhos da propaganda carioca de 1986.
Essa versão do Colunistas não sofreu grandes mudanças em relação ao ano passado. A principal delas é o aumento do rigor na seleção das peças pelos jurados, já que apenas os trabalhos premiados com ouro terão direito a competir (com inscrições já pagas pela secretaria da premiação) no 20º Prêmio Colunistas-Nacional, que selecionará os melhores trabalhos de todo o País. Este ano, inclusive, só poderão concorrer ao prêmio nacional as peças que passarem por seleções regionais, como o Colunistas-Rio.
Pode inscrever trabalhos no Colunistas qualquer pessoa física ou jurídica ligada à campanha ou peça que estiver sendo inscrita. Existem categorias para cobrir toda e qualquer espécie de peça publicitária: anúncio, comercial em filme ou VT, spot ou jingle e outdoor. A única exigência é que tenha sido criada, produzida ou realizada no Rio de Janeiro, e inicialmente veiculada, no Brasil ou no exterior, em 1986.
O 6º Prêmio Colunistas-Rio é uma iniciativa da ABRACOMP ­ Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda, e sua realização executiva está a cargo da Dinâmica de Comunicação, que manterá a secretaria da premiação à Praia de Botafogo, 340, grupo 210, telefone: 552-4141, onde podem ser conseguidas todas as informações necessárias para as inscrições. A coordenação do prêmio é dos colunistas Marcio Ehrlich e Márcia Brito.
Este ano, o júri do Colunistas-Rio será formado por Armando Ferrentini (Revista Propaganda), Edison Zenóbio (Estado de Minas), Genilson Gonzaga (Gazeta Esportiva), José Roberto W. Penteado Filho (Revista Marketing), Lúcia Leme (Revista Amiga), Marcia Brito (Monitor Mercantil) e Marcio Ehrlich (Ultima Hora).
As inscrições estarão abertas até 15 de fevereiro e este promete ser o maior de todos os Colunistas-Rio já realizados, confirmando-o como a maior premiação da propaganda carioca e motivo de orgulho de todos os que recebem seus diplomas. Eles gostam.

Suframa não atende à Fenapro

A despeito das acusações de irregularidades apontadas pela Fenapro - Federação Nacional de Agências de Propaganda, realizou­se no último dia 12, em Manaus, a abertura dos documentos para a concorrência publicitária da Suframa - Superintendência da Zona Franca de Manaus.
Apenas três agências entregaram material: Cana e Saga, de Manaus, e Cannes, de Goiás. Nenhuma das 20 maiores agências brasileiras que tradicionalmente costumam entrar em concorrências do Governo se dispôs a participar, atendendo às denúncias da Fenapro.
A principal reclamação de Fenapro era quanto à exigência de que as licitantes apresentassem "orçamento analítico com a cotação dos preços unitários para execução dos serviços". Lembra a entidade - inclusive em carta enviada ao Ministro do Interior, Ronaldo Costa Couto -, que esta exigência implicaria a necessidade de que a agência desenvolvesse um trabalho criativo, que desse margem a uma base para orçamentação. Como a Lei 4.680, que regulamenta a atividade publicitária, proíbe a realização de campanhas de caráter especulativo, a concorrência estaria irregular.
Segundo a Fenapro, a Suframa e o Ministério do Interior "ignoraram os argumentos da Federação e realizaram a concorrência à revelia da Lei", sob o argumento de que "depois a gente vê como fica".
A Fenapro ainda não sabe se mandará algum representante até a distante Manaus para ver como ficará.

Abreia abre produtora no Rio

Depois de três anos como diretor nacional de criação da Artplan, Chico Abreia está deixando a agência e partindo para o seu próprio negócio, e voltando às suas origens como experiente e bem-sucedido profissional de cinema publicitário.
Já a partir desta semana, Abreia está à frente da Yes-Rio, a mais nova produtora de comerciais do mercado carioca e que até pretende, segundo seu diretor, "pegar filmes em agências de São Paulo, para mostrar que o Rio também é bom em comerciais filmados".
Enquanto não sai o alvará da sede da produtora, Chico Abreia está ocupando uma sala emprestada na concorrente Blow-Up, "por amizade" de Franklin Pereira. Até março, porém, ele pretende fazer a inauguração festiva da produtora.
Na Artplan, onde Chico Abreia marcou vivamente a presença ajudando a elevar o nível criativo e das produções da agência, a direção de criação do escritório carioca continua com Fábio Fernando, outro dos criadores do primeiro time da nossa publicidade.

Marketing Mix

Mais um ministério abre concorrência publicitária: o MinC - Ministério da Cultura. Dia 29 próximo, em Brasília, será a abertura da pasta de documentos. A equipe do ministro Celso Furtado começou bem, simplificando em muito a papelada para a habilitação. As possibilidades de armadilhas burocráticas são ínfimas. ••• Outra concorrência em andamento é a da Funai, para a criação e produção de 2 VTs de 30" sobre as suas atividades. A entrega das propostas será dia 4 de fevereiro. ••• A Salles/Inter-Americana renovou no final do ano seu contrato de publicidade com o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, por 6 meses. A verba empenhada para todo o período, segundo o Diário Oficial, é de 5 milhões de cruzados. ••• A Mido quer crescer 30% em vendas no País em 1987, lançando, entre outros produtos, relógios de alumínio colorido para os jovens. ••• E a Technos já está lançando 3 novos modelos da linha Skydiver para mergulhadores e desportistas, com capacidade para enfrentar 1.000 metros de profundidade. O mercado de relógios, como se vê, continua ativíssimo. ••• Recebi pelo Correio, sexta passada, uma carta postada em São Paulo no dia 1º de novembro do ano passado. 80 dias para uma carta levar de São Paulo ao Rio nem na época em que José Bonifácio precisava alertar D. Pedro I das fofocas na Corte. Em prazo semelhante já se deu a volta ao mundo em um balão. ••• E nisso que dá ter exclusividade de mercado, sem medo de concorrência nem ter que prestar contas a ninguém. ••• Egydio Serpa deixou a chefia de Comunicação Social do Ministério dos Transportes para dirigir uma sucursal do JB no Nordeste.