Esta edição da coluna "Marketing & Publicidade" foi publicada originalmente no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro.
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Colunistas julgam PC-Nacional

A W/GGK, a agência dirigida pelo publicitário Washington Olivetto, acaba de ser escolhida a Agência do Ano de 1987 no mercado brasileiro, pelo júri do 21º Prêmio Colunistas-Nacional, que se reuniu durante todo o último fim de semana no Hotel Ca'D'Oro, em São Paulo.
O Prêmio Colunistas é considerado a maior premiação da propaganda brasileira, e em sua 21ª. versão nacional analisou 242 trabalhos, criados ou produzidos em 1987, e que conquistaram Diplomas de Ouro nas 8 versões regionais do Colunistas através do País.
Neste julgamento nacional, mais uma vez atendendo às próprias sugestões dos líderes do mercado publicitário, os jurados do Colunistas procuraram aumentar o rigor na seleção de prêmios, reduzindo substancialmente a sua quantidade. Foram premiados apenas 77 trabalhos (menos da metade do ano passado), fazendo com que quem recebeu Ouro, Prata ou Bronze possa efetivamente se considerar um grande vencedor.
O júri, presidido pelo colunista José Claudio Maluf e composto ainda pelos jornalistas e publicitários Armando Ferrentini, A. P. Rossini, Eloy Simões, Francisco Alberto Madia de Souza, Fernando Vasconcelos, Genilson Gonzaga, Jomar Pereira da Silva, José Roberto W. Penteado Filho, Lucia Leme, Marcia Brito, Nelson Cadena, Roberto Simões, Silvia Dias de Souza e o editor destas páginas de Marketing & Publicidade, deu o Grande Prêmio de Agência do Ano à W/GGK, confirmando as indicações feitas pelo mercado em uma consulta prévia dos Colunistas. Nas palavras do júri, expressas na Ata de Premiação, a W/GGK ganha o título "pelo seu excepcional desempenho empresarial e criativo, representando uma efetiva renovação no mercado publicitário brasileiro".
O Grande Prêmio de Publicitário do Ano foi concedido a Eduardo Fischer, "por seu notável posicionamento criativo, cujos reflexos têm-se feito notar tanto no produto publicitário quanto no comportamento empresarial de sua agência Fischer, Justus, Young & Rubicam".
Como Profissional de Propaganda do Ano foi escolhido Márcio Moreira, "por representar a maturidade da propaganda brasileira, destacando-se como profissional de criação a nível do mais exigente mercado publicitário mundial — o dos EUA ­ com uma atuação de reconhecida competência em todos os países onde a McCann atua".
O Anunciante do Ano de 1987 no Brasil foi a Nestlé, "pela orientação altamente profissional de sua comunicação com o mercado, prestigiando e incentivando o trabalho das agências de propaganda estabelecidas no País".
O Grande Prêmio de Veículo do Ano foi concedido ao SBT ­ Sistema Brasileira de Televisão, "pelo reposicionamento mercadológico — através da melhoria de seu produto, de sua equipe profissional, de seus mecanismos de comercialização e de sua comunicação com o mercado — que o levou a assumir efetivamente a importante posição de vice-liderança no mercado brasileiro de televisão".
Foram concedidos ainda sete Destaques do Ano à Revista Imprensa, "por seu surgimento no mercado editorial brasileiro"; à Exclam, "por sua expansão a nível nacional"; à Salles, "pela conquista da conta integral da Ford"; ao Ministério da Saúde, "pela utilização da comunicação como vacina da Aids"; à Caixa Econômica Federal, "pela criação de sua Superintendência de Marketing"; ao Jornal do Commercio, "por seus 160 anos"; e à Varig, "pelos seus 60 anos".
O 21º Prêmio Colunistas­Nacional concedeu 5 Grandes Prêmios de Trabalhos para os melhores do ano em campanha, anúncio, comercial, fonograma ou outdoor. Foram eles, com suas respectivas fichas técnicas:
• CAMPANHA DO ANO: "O mundo está no Globo."; da Contemporânea para O Globo.
Criação: Mauro Matos e Cristóvão Martins.
Produção: GCG/Jorge Barcellos.
Atendimento: Milton Santana.
Aprovação: Luiz Eduardo Vasconcellos.
• ANÚNCIO DO ANO: "Vice-Liderança", da W/GGK para o SBT
Criação: Washington Olivetto (D.C), Nizan Guanaes, Rose Ferraz e Roberto Cipolla
Atendimento: Alberico Cilento.
Aprovação: Hilton Madeira
• COMERCIAL DO ANO: "Primeiro Sutiã", da W/GGK para Valisere
Criação: Washington Olivetto (D.C.), Rose Ferraz e Camila Franco
Produção: Espiral
Direção: Júlio Xavier da Silveira
Atendimento: Affonso Serra Junior
Aprovação: Aron Rosset
• FONOGRAMA DO ANO: "Keep Cooler", da Expressão para a Vinícola Aurora
Criação: Inga
• OUTDOOR DO ANO: "O primeiro Valisere a gente não esquece", da W/GGK para a Valisere
Criação: Washington Olivetto (D.C), Nizan Guanaes e Gabriel Zellmeister
Atendimento: Affonso Serra Junior
Aprovação: Aron Rosset

A agência de propaganda mais premiada neste 21º Colunistas-Nacional foi a W/GGK, com 3 Grandes Prêmios, 6 Medalhas de Ouro e 1 de Prata. Usando o critério de conceder 7 pontos a cada Grande Prêmio conquistado, 5 por cada Medalha de Ouro, 3 por cada de Prata e 2 por cada de Bronze, a W/GGK somou nada menos que 54 pontos.
Mas ainda merecem destaque por sua performance nesta rigorosa premiação as agências Artplan (em 2º lugar de todo o Brasil, com 28 pontos, por 4 Ouros, 2 Pratas e 1 Bronze), Almap e Norton (empatadas em 3º, com 18 pontos, por 3 Ouros e 1 Prata), Contemporânea (em 4º lugar, com 15 pontos, por 1 Grande Prêmio, 1 Ouro e 1 Prata), empatada com a DPZ (com 15 pontos conquistados por 3 Ouros), e em 5º lugar, empatadas com 13 pontos, por 2 Ouros e 1 Prata, a McCann­Erickson e a baiana DM-9.
A seguir, os demais resultados do 21º Prêmio Colunistas-Nacional, por categorias:
• CAMPANHA DE MERCADO AGROPECUÁRIO
PRATA: "Homens", da Esquire para Cyanamid Química do Brasil
• COMERCIAL DE MERCADO ALIMENTÍCIO
OURO: "Goma Diferente" (série), da Artplan e Zohar para Lab. Canone/Tabletes Valva
PRATA: "Tabuleta", da Norton e EB para Nestlé/Macarrão
• CAMPANHIA DE MERCADO ALIMENTÍCIO
OURO: "Namorados", da ALMAP para Kibon/Chicabon
• COMERCIAL DE BEBIDAS ALCOÓLICAS
BRONZE: "Aeroporto", da Artplan e Blow-Up para Brahma/Malt 90
• FONOGRAMA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS
OURO: "Rola papo", da Progress e MCR para Antarctica/Cerveja
• CAMPANHA DE BEBIDAS ALCOÓLICAS
OURO: "Vinhetas Brahma Chopp", da Salles para Brahma/Brahma Chopp
• CAMPANHA DE BEBIDAS NÃO-ALCOÓLICAS
OURO: "Casal Yoplight", da Norton para Lacesa/Iogurte
PRATA: "Águas de Março II", da McCann-Erickson para Coca-Cola Indústrias
• COMERCIAL DE MERCADO DE BELEZA
OURO: "Feia", da W/GGK e Jodaf para Max Factor/Cosméticos
PRATA: "Bote a boca no mundo" (série), da SYM e Cinema Centro para Laborat. Sardalina/Boka Loka
• COMERCIAL DE BENS, SERVIÇOS E INSUMOS lNDUSTRIAIS
OURO: "Colheitadeira 8055: Nave Espacial", da Associados e Sir para New Holland Máquinas
• OUTDOOR DE CAMA, MESA E BANHO
OURO: "Artex apresenta os prazeres" (série), da DPZ para Artex
• CAMPANHA DE CAMA, MESA E BANHO
OURO: "Campanha Artex", da DPZ para Artex
• COMERCIAL COMUNITÁRIO
OURO: "A Bahia ninguém divide", da DM-9 e Blow-Up para Ass. Legislativa da Bahia
PRATA: "Mensagem de Natal", direto e Jodaf para Ação Natural
BRONZE: "Santa Felicidade", da Umuarama e Sir para Banco Bamerindus do Brasil
• ANÚNCIO COMUNITÁRIO
OURO: "Amor não mata", da VS/Denison/Módulo para Ministério da Saúde
• CAMPANHA COMUNITÁRIA
OURO: "Educação para o trânsito (Prevenção)", da MPM para Ipiranga.
PRATA: "Aids — Você precisa saber evitar", da VS/Denison/Módulo para Ministério da Saúde
BRONZE: "Grande liquidação Anual", da Standard Ogilvy para Associação In Natura
• OUTDOOR DE COMUNICAÇÃO, CULTURA E EDUCAÇÃO
OURO: "O mundo está no Globo" (série), da Contemporânea para O Globo
• CAMPANHA DE COMUNICAÇÃO, CULTURA E EDUCAÇÃO
PRATA: "Domingo tem tri", da DM-9 para Tribuna da Bahia
• COMERCIAL DE ELETRODOMÉSTICOS
OURO: "Revista à Tropa", da McCann-Erickson e CPU para Black & Decker/Ferro Teflon II
• CAMPANHA DE ELETRODOMÉSTICOS
OURO: "Bad-Trip", da W/GGK para Brastemp; Linha Frigidaire
• COMERCIAL DE MERCADO FARMACÉUTICO E SAÚDE
OURO: "Exercícios", da W/GGK e Jodaf para Vepê/Adoçante dietético
• ANÚNCIO DE MERCADO FARMACÊUTICO E SAÚDE
OURO: "Não doe sangue", da Leo Burnett para Bayer do Brasil — Autan
• CAMPANHA DE MERCADO FINANCEIRO, SEGUROS E POUPANÇA
PRATA: "Conta Remunerada Bamerindus", da Umuarama para Banco Bamerindus do Brasil
• COMERCIAL DE MERCADO DE INFORMÁTICA
OURO: "Endereço", da Galvão e D Campos para Memória Computadores
• FONOGRAMA INSTITUCIONAL E CORPORATIVO
OURO: "Maracatu sinfônico", da Gruponove e Spalla para Amorim Primo
PRATA: "Varig — 60 anos", da Expressão e H&M para Varig/Institucional
• ANÚNCIO INSTITUCIONAL E CORPORATIVO
OURO: "No dia do automóvel, a GM homenageia", da DPZ para General Motors
• OUTDOOR INSTITUCIONAL E CORPORATIVO
OURO: "Igua-Temi", da D & E para Shopping Center Iguatemi
• CAMPANHA INSTITUCIONAL E CORPORATIVO
OURO: "Os grandes personagens do século", da Engenhonovo para A Tarde — 75 Anos
PRATA: "Expresso Brasil", da F,J,Y & R para Vicunha S/A
BRONZE: "Campanha Institucional Mesbla", da Provarejo para Mesbla
• COMERCIAL DE MERCADO DE MODA E VESTUÁRIO
OURO: "Louco por Lee", da McCann-Erickson e TVC para Calças e Jaquetas Lee
PRATA: "Aliste-se" (série) da Artplan e Zohar para Inega/Listadinha
• ANÚNCIO DE MERCADO DE MODA E VESTUÁRIO
OURO: "A Mesbla sempre tem um sapato" (série), da Provarejo para Mesbla
PRATA: "O lado Strassburger", da MPM para Strassburger
BRONZE: "O maior Bureau", da MPM para Eberle
• CAMPANHA DE MERCADO DE MODA E VESTUÁRIO
OURO: "Cedro 87", da Setembro para Cia. Cedro e Cachoeira
PRATA: "Queremos Sapasso", da Contemporânea para Sapasso
PRATA: "Ir e Vir/Plano de vôo/Procura" (série), da F,J,Y & R para Portland Modas/ Calvin Klein
• CAMPANHA DE MÓVEIS, DECORAÇÃO E UTENSÍLIOS DOMESTICOS
OURO: "Agente Ted Tigre", da Núcleo Sul para Tubos e Conexões Tigre
• COMERCIAL DE PRODUTOS, COMÉRCIO E SERVIÇOS AUTOMOBILÍSTICOS
OURO: "Atendimento Especial" (série), da Artplan e Oficina/Hiper para Postos Petrobrás
• FONOGRAMA DE PRODUTOS, COMÉRCIO E SERVIÇOS AUTOMOBILÍSTICOS
OURO: "Monza-Chevetinho­Caravan", da Artplan e Matrix para Gatão Veículos/Linha Chevrolet
• CAMPANHA DE PRODUTOS DE LIMPEZA E MANUTENÇÃO DO LAR
OURO: "Comercial de Bombril...", da W/GGK para Bombril Produtos de Limpeza
• CAMPANHA DE SERVIÇO
PRATA: "Prost", da Alapont Carvalho para Bavarium Park-Lançamento
• COMERCIAL DE SERVIÇOS PÚBLICOS E COMUNICAÇÃO DE GOVERNO
OURO: "Surda-Muda", da Denison para Telesp
• OUTDOOR DE TRANSPORTES, VIAGENS, LAZER E TURISMO
OURO: "O melhor fim de semana", da Spaço e Inforp para Emsetur
• CAMPANHA DE TRANSPORTES, VIAGENS, LAZER E TURISMO
PRATA: "Constituição da feijoada", da Giovanni para Copacabana Palace Hotel
• COMERCIAL DE VAREJO I (GRANDE PORTE)
OURO: "Coleção Outono­Inverno"/"Sacolas", da W/GGK e Jodaf para Mappin/Magazine
PRATA: "Performances" (série), da Salles e Tycoon para Ass. Lojistas do Rio Sul
BRONZE: "Semana do Freguês-Sabão Olimpo", da Módulo e Sete para Manlec S/A.
• CAMPANHA DE VAREJO I (GRANDE PORTE)
OURO: "Inverno 87", da Deck para Casas Pernambucanas
PRATA: "Coleção Primavera­Verão", da W/GGK para Mappin/Magazine
• COMERCIAL DE VEÍCULOS DE USO PESSOAL
OURO: "Sedução", da ALMAP para Volkswagen do Brasil/Santana
• CAMPANHA DE VEÍCULOS DE USO PROFISSIONAL
OURO: "Campanha Caminhões", da ALMAP para Volkswagen do Brasil S/A
• COMERCIAL DE VIDEO/SOM
OURO: "Robô", da Standard, Ogilvy e Chroma para Philips/Trendsound.
• CAMPANHA DE OUTROS MERCADOS
OURO: "A DM-9 para As Pandoras (Aniversário)
• CAMPANHA DE ATÉ 60 CM OU 1/2 PÁGINA DE REVISTA
OURO: "Bigodes históricos", da Voga para Canoas Ford
• ANÚNCIO DE AGÊNCIA
OURO: "Prestação de Contas", da Spaço para Spaço
PRATA: "Segundo o delegado de plantão...", da Artplan para Artplan
BRONZE: "O outro lado da nossa moeda", da Standard, Ogilvy para Standard
• ANÚNCIO OU COMERCIAL DE OPORTUNIDADE
OURO: "Boa essa Caneta, não?", da Norton para Parker Pen/Caneta
• MENSAGEM RELATIVA A DATAS E EFEMÉRIDES
OURO: "Melissinha-Dia da Criança", da W/GGK e Espiral para Grendene/Calçados Plásticos
PRATA: "Borboleta 88", da Provarejo e Claquete para Mesbla
BRONZE: "Coisas que lembram Belém, quando...", da Mendes e O Liberal para a Província do Pará.
• CONJUNTO DE COMERCIAIS
OURO: "Artplan", da Artplan para Diversos
PRATA: "Almap", da ALMAP para Diversos
• ANÚNCIO PUBLICADO NA REVISTA PROPAGANDA
OURO: "Série Norton", da Norton para Norton

MKT MIX

Altermark faz um ano e decide aparecer

Está completando um ano, este mês de maio, a agência Altermark, nascida Alternativa de Marketing Ltda., e dirigida pelo publicitário Paulo Fernando Vogel, ex-diretor da Giovanni.
Paulão explica que a agência começou sem clientes, mas agora pode aparecer para fazer esta comunicação:
- Hoje estamos vestindo Philippe Martin, temos móveis da Rebecca, carros da Chapman, almoçamos no restaurante Ar Livre, lanchamos no Rick, viajamos com a assistência da Casa Piano e utilizamos uniformes profissionais da Apolo.
A Altermark está funcionando à rua Conde de Bonfim, 232/806, na Tijuca, com o telefone 248-8996.

GENTE

• O mercado carioca está excitado, com um troca-troca muito grande de profissionais, apesar de, concretamente, ninguém saber explicar o porquê. Pelo menos, pouca gente tem dito que garante fechar 1988 com resultados positivos. Mas vamos botar em dia estas mudanças:
• A mais pesada da semana foi a contratação, pela Standard-Rio, dos premiadíssimos profissionais Alexandre Machado, redator que estava na Agência da Casa, da Rede Globo, e Eduardo Correa, diretor de arte que estava na Almap.
• Alexandre e Dudu passam a ser, seguramente, a dupla de profissionais mais bem paga no mercado carioca. Pelo que circula à boca pequena (ou talvez à boca grande, para caber tudo), a dupla, em conjunto, receberia por mês da Standard algo bem próximo dos sete dígitos. Fora os fringe-benefits.
• A Denison está cheia de gente nova: na criação, entraram os redatores Jorge Barros (ex-BAP) e Silvio Lachtermacher (ex-Artplan e Tandem) e a diretora de arte Debora Camacho (ex-DPZ). E no atendimento, está começando, esta segunda-feira, Antonio Carlos Belluchi, vindo da MPM, para dirigir a conta: da Brahma.
• A Thompson-Rio também estreia na próxima semana um novo diretor de arte: Ari Fidelis, que veio da Standard, tendo passado antes pela MPM e DPZ.
• Álvaro Gabriel de Almeida, o "Alvinho", está agora na Varig. Quer dizer, ele está agora provavelmente dentro de um avião da Varig. É que ele passou a ser o diretor nacional de criação da agência gaúcha Modulo e, morando no Rio, tem dado cobertura constante aos escritórios da agência em Porto Alegre, no Rio e em Brasília, deslocando-se entre eles.
Alvinho só lamenta não ser diretor de arte, e não poder ganhar tempo usando a mesinha do avião como prancheta.
• A DPZ é outra agência que está com novos criativos: foram para lá o diretor de arte Carlos "Russo" di Celio, ex-Provarejo; e o redator Pedro Feyer, ex-Artplan;
• Na Provarejo, que está procurando gente para a criação, a última contratação foi a redatora Valeria Chaves. Valeria estava antes na Salles.
• Por sua vez, Milvio Piacesi, que era redator da Provarejo, foi contratado para a mesma função na Caio Domingues.
• Que também, por sua vez, acaba de perder o diretor de arte Daniel Cortizo, que está se transferindo para a Graphic Business, empresa de design de Michel Nuzzo.
• Em São Paulo, Ruy Fujii, que voltou à Globotec, está contando com três profissionais no atendimento comercial: Dalila Munhoz, Sandra Gimenez (ex-Jodaf e Miksom) e José Antonio Melo e Silva (ex­McCann).
• Maria do Carmo Calmon, jornalista há 20 anos, assumiu este mês a assessoria de imprensa da Castrol do Brasil.

CURTAS

• A Almap-Rio, que está em um momento de grande atividade, vai sair brevemente com trabalhos para o Metrô e para o lapas. Enquanto isso, fatura Embratur, Abecip, Gillette, etc.
• O Sindicato dos Bares, Hotéis e Restaurantes do Rio resolveu fazer guerra contra os fabricantes de cigarros. Eles estão pleiteando um aumento na participação das vendas do produto, que anda em torno de 7 a 8% do preço ao consumidor. Esta semana, para pressionar e irritar as cigarreiras, o Sindicato colocou, em praticamente todas as caixas dos bares do Rio, um cartazete com os dizeres "Cigarro não é bom negócio: nem para mim nem para você. Pare de fumar"...
• A Editora Norte, dirigida por Rafael Sampaio, e responsável pela revista Briefing, teve a sua falência decretada em São Paulo, após perder o processo iniciado pelo Hotel Casa Grande, onde Rafael havia realizado o Festival de Produção do Guarujá
• Mas Rafael Sampaio diz que não vai parar de escrever sobre propaganda. Como ele tinha uma outra firma individual, chamada Frila Central de Criação Publicitária, só teve que alterar seu nome para Frila Central de Criação Editorial e criar outra revista. A nova publicação se chamará "About", e começará a circular esta semana, praticamente igual à falecida Briefing.
• É inacreditável como os políticos brasileiros se acham tão auto suficientes que dispensam assessoria técnica nos assuntos que não entendem, mas se metem a legislar. É de um absurdo atroz o parágrafo 6º do artigo 182 do projeto da Constituinte, que diz que "do rótulo ou dos anúncios de produtos industrializados devem constar, além do preço final, o valor discriminado dos tributos que sobre eles incidem".
• Como o texto não esclarece o sentido de "anúncios", fica-se sem saber se a obrigação é extensiva a outdoors, comerciais de televisão, spots de rádio, etc. Da mesma maneira, o projeto não esclarece se isto vale só para a propaganda da indústria, ou também é obrigatório nos anúncios de ofertas do varejo. Ou mesmo nos anúncios classificados.

CONTOS & CONTAS

Genilson Gonzaga

Imagem é fundamental

Fui chamado a deitar falação acerca da imagem dos supermercados e das agruras do momento que atazanam a vida de qualquer empresário deste país, mais perdido do que cego em tiroteio em face dos vacilos e da incompetência olímpica do atual Governo.
Mas vamos direto ao tema da palestra na 3ª Convenção dos Supermercados: a formação de uma boa imagem dos supermercados que, na minha modesta dedução pessoal, não figura entre as preocupações prioritárias dos seus proprietários e principais executivos, cujo dia-a-dia é consumido na exacerbada necessidade de ter que fazer dinheiro imediatamente para honrar os compromissos de um negócio. Um negócio que está perdendo o bonde da história para não sacrificar a rentabilidade ou não ter de aparecer na fúnebre lista das falências e concordatas.
É o diabo. Até fins de 1970 aprenderam a administrar preços. Hoje têm que administrar custos.
Dose. Antes, 1.500 produtos faziam 75% das vendas. Hoje, com 350 produtos fazem 65% da receita operacional, concentrando-se na essencialidade e tendo 80% dos seus negócios tabelados, além da margem máxima de lucros pré­determinada. Um negócio cuja mão-de-obra responde por 50% dos custos. Que, antes, fazia compras com prazos de 45-60-40 dias e hoje tem, no máximo, 30. Que antes tinha os preços cipados por 30 dias e hoje empurram-lhe goela abaixo práticas de preços à vista.
Reclamam os supermercadistas que a mulher só está comprando promoções, assim mesmo depois do essencial. E que a cesta básica corresponde a 30-35% das vendas.
Alguma coisa está errada nisso tudo. Além da ziquizira financeira da população, alguma coisa está errada na materialização do marketing dos supermercados. E a causa principal dessa derrocada é sua imagem pública.
O engraçado é que os donos e principais executivos dos supermercados acham que seu marketing e sua comunicação precisam ser repensados, mas não dispõem de tempo para um planejamento mais amadurecido. O dia tem apenas 24 horas e eles correm todos os minutos para tapar o sol com a peneira. Para quebrar o galho do dia.
Se virem e se estruturem.
Para uns e outros, não há como fazer pausa para meditação. Com isso, a livre concorrência para eles passou a ser um negócio quase utópico. A guerra de preços até parece quase um acordo de cavalheiros. Receiam uma competição autofágica e ficam na periferia, sem coragem de botar o dedo na ferida, de passar o bisturi no tumor. Lastimam que seu negócio só melhora quando alguém perde. O mercado não é elástico e, com isso vão perdendo volume a cada mês.
O mercado pode não ser elástico, mas, a cada ano, cerca de 2,5 milhões de novas bocas e novos estômagos aparecem no país a reclamar alimentos que, de alguma forma, soa consumidos. Haja água para se colocar indefinidamente no feijão.
Os supermercados precisam se reorganizar para enjambrar o presente e garantir o futuro. Na livre iniciativa, quando o concorrente não consegue acompanhar nossos passos, ou nos vende seu negócio ou arranja um sócio com bala na agulha. É bola ou bulica. Pau que dá em Chico também dá em Francisco.
Todos estão perdendo mercado. Nos últimos três anos, duas mil lojas foram fechadas. E vão fechar mais, até que cada supermercado defina a sua segmentação, reordene seu marketing e vá em frente no seu caminho, com a mesma fé das menininhas de antigamente em Santo Antonio Casamenteiro.
Os maiores vão ter que abrir espaço para os menores, e vice-versa. Inexoravelmente. Pois isso não vai continuar como está.
E será bom para todos.
Dentro de dois anos e pouco teremos uma população urbana de mais (eu disse mais) 19,3 milhões de almas, das quais oito milhões nas regiões metropolitanas. Esse pessoal vai ter que consumir — e as novas gerações serão mais exigentes. Exigirão tratamento melhor. E a boa imagem de cada empresa será fundamental para quem pretende perpetuar seu negócio.
Aí a porca pode torcer o rabo.