Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.
ABP quer garantir direitos autorais da criação
A Associação Brasileira
de Propaganda (ABP) realiza no próximo dia 15 uma assembléia
extraordinária para mudar seu estatuto, A entidade pretende se estruturar
para ser credenciada como agência depositária das criações
publicitárias, "garantindo o direito autoral das campanhas", explica
seu V.P. Executivo, Jairo Carneiro.
Segundo o presidente da ABP, Armando Strozenberg, a idéia surgiu "quando
percebemos que existe essa brecha grave na propaganda, um lugar onde haja
a proteção de uma idéia publicitária, da mesma
forma que acontece com um texto literário, por exemplo".
|
Marcelo Gorodicht entre os diretores
de criação da Fischer-Rio: Manoel Zanzotti e Victor Knijnik
|
Fischer Rio comemora retomada de crescimento
A conquista de três clientes --
Via Empreendimentos Imobiliários, Valda e WilsonKing -- em menos de
um mês está levando o diretor da Fischer-Rio, Marcelo Gorodicht,
a relembrar os tempos anteriores à venda de sua agência D+ para
o grupo de Eduardo Fischer: "Estamos voltando a ser uma agência alegre
e cheia de garra como a D+ com a infra-estrutura de uma Fischer", festejou
Gorodicht, referindo-se ao clima vivido atualmente pela sua equipe:
- O reconhecimento do talento e da união do nosso pessoal, assim como
o crescimento da agência, têm ficado claro pelas mudanças
do comportamento do mercado. As pessoas voltaram a querer trabalhar conosco,
tanto que recebo vários currículos e visitas de profissionais
todos os dias. Agora, estamos com muita facilidade para marcar reunião.
Em cada 10 prospeções de clientes, oito se apressam para marcar
visitas. Também voltamos a ganhar prêmios em festivais de publicidade,
com o excelente resultado no Colunistas desse ano, e o troféu de Agência
do Ano no Prêmio Promoção.
Apesar da crise econômica no Brasil e no mundo, impulsionada pela falta
de energia e pelo 11 de setembro, Marcelo garante colocar pelo menos sete
novas contas este ano na agência, que mantém no momento 17 clientes
em prospecção. "Estamos todos muito mais animados com essa nova
Fischer, que retoma o sucesso do seu 1º ano de operação, em
1998", acrescenta o publicitário, que considera ultrapassado o período
de 2000 em que os negócios da agência estagnaram, coincidindo
com sua permanência no escritório da Fischer de São Paulo.
Vitor Knijnik, o diretor de criação de criação
da agência, confirma que a equipe conseguiu "retomar a situação
deixada com as muitas mudanças de sócios e diretores". Além
disso, lembra, "o achatamento de mercado nos obriga a ter diferenciais, como
um bom ambiente de trabalho e uma imagem interna positiva pela decisão
política de apostar na criação". Segundo ele, é
exatamente por estas razões que novos clientes estão entrando".
Na boca do forno
O resultado de todo esse trabalho
já está chegando ao público. Em setembro entra no ar
a primeira campanha para uma nova linha de produtos das pastilhas Valda, voltada
exclusivamente para o público infantil. Serão dois filmes para
TV e materiais de ponto de venda. Para a Via Empreendimentos, única
conta do segmento imobiliário na agência, o primeiro job já
está em produção, para um grande lançamento na
Barra da Tijuca.
Agência3 se divide entre Benedita e Rosinha
A carioca Agência3 criou um núcleo
exclusivo para trabalhar o marketing político da candidata ao Governo
do Estado do Rio, Rosinha Matheus, que disputa o cargo com a petista Benedita
da Silva, governadora do Estado, que é conta da agência até
março de 2003.
Ângelo Ferrari Júnior (foto), diretor de atendimento do núcleo
de Rosinha, garantiu à Janela que "não existirá conflito".
Para isso, ele, que era o diretor da conta do Estado, deixa o cargo nas mãos
de Clóvis Speroni, que atuará em conjunto com o executivo da
conta Bruno Leitão.
Mensagem no celular vai virar mídia
Baseada no modelo de sucesso na Europa,
e com o aumento da popularização no Brasil do uso de mensagens
via celular (SMS-Short Message Service e Torpedo), está nascendo a
primeira agência brasileira de marketing direto via telefone celular.
Criada por Tatiana Albuquerque, sócia da i9Brasil Marketing Direto,
e Paco Torras (ex-H3 Consultoria), a m-Direct será responsável
desde a criação e o planejamento das campanhas, a infra-estrutura
tecnológica, até o relacionamento com as operadoras de telefonia
celular."Através dessa nova mídia, que já ter a sua primeira
campanha em agosto, podemos promover pesquisas, promoções, votações,
a um custo muito barato, o que normalmente é pago pelo usuário.
Um exemplo foi a primeira ação de SMS no Brasil, na votação
pela eliminação de participantes nos reality shows", explicou
Tatiana, que garantiu à Janela que a m-Direct não fará
spam:
— Só enviaremos o SMS para os usuários que autorizarem, a partir
da criação de listas opt-in".
CCRJ confirma Búzios para setembro
O Festival de Búzios, que coincide
com o lançamento do Anuário do Rio, promovido pelo Clube de
Criação do Rio de Janeiro, está confirmado para os dias
6 e 7 de setembro, no Centro Cultural Esplêndida Armação,
aproveitando o feirado da Independência. Fernando Campos, presidente
do CCRJ, revelou à Janela que o evento contará com quatro patrocinadores,
sendo uma das cotas preenchida por um pool de produtoras que está sendo
formado.
No evento, os sócios da entidade terão entrada gratuita, e os
não-sócios pagarão R$ 120 (profissional), e R$ 90 (estudante).
A organização do festival, produzido pela We Do Promoções,
espera a presença de 600 pessoas.
MKTMIX
* PARABÉNS PARA VOCÊ -
A Janela se abre para comemorar o próximos aniversários do mercado:
12/07, sexta-feira: Flávio Gomes de Mattos (Dir.Presidente da
Elan Garden), Luiz Aviz (Diretor de Atendimento da Grupo Comunicação);
13/07, sábado: Frida Richter (Rede Globo), Sérgio de
Paula (CEO da Carioca);
14/07, domingo: Carlos Pedrosa (Redator da Contemporânea), José
Zaragoza (Vice-Presidente de Criação da DPZ), Paulo de Tarso
(Redator), Grazia Franklin Machado (Executiva de Contas da J.Walter Thompson);
15/07, segunda-feira: Leonardo Gomes (Diretor da Oficina da Imagem);
16/07, terça-feira: Luis Carlos Sinoti (Diretor de Criação
da Millenn);
17/07, quarta-feira: Caio Cezar Valli (Vice-Presidente de Atendimento
da Artplan);
18/07, quinta-feira: Armando Strozenberg (Presidente da Contemporânea),
Cássio Faraco, Cillas Amaral, Flávio Guerreiro (Redator da V&S),
Rodrigo Tórtima (Diretor de Arte da Casa da Criação);
* POLÊMICA - A informação passada à Janela,
e publicada, que a conta publicitária da Velha Bahia Móveis
é da Wox está sendo questionada pela agência Ric, que
afirma estar criando e veiculando peças para o cliente. André
Felix, da Ric, garante que a Velha Bahia não entregou sua conta a uma
única agência, e acrescentou que "a Wox está paralelamente
fazendo apenas um plano de comunicação". Pelo seu lado, Pedro
Paulo Varella, diretor da Wox, afirma que é o dono da conta integral,
e que o anúncio veiculado na revista de domingo do JB pela Ric diz
respeito a jobs antigos, antes da concentração da conta na agência.
Agora, falta a palavra do cliente, que deve estar se divertindo com o jogo...
* ESPECIALIZAÇÃO EM SHOPPINGS - A carioca Campana, Resende
& Resende aumenta seu portfólio com a chegada de mais 3 shopping
centers. Além de atender o NorteShopping e o West Shopping, a agência
passa a cuidar da comunicação do Center Shopping (em Jacarepaguá),
São Gonçalo Shopping Rio (na Rodovia Niterói-Manilha)
e Shopping Center Light (no centro de São Paulo). Para isso, contratou
Helena Ferraz (ex-V&S e Ronson), que será a executiva de contas
dos shoppings.
* VW POR AUDI - A Doctor é a nova agência da Audi Rio,
deixando de atender a WilsonKing. "Em menos de 1 ano, ajudamos a WilsonKing
a trocar um penúltimo lugar em vendas por um 4º lugar, mas não
concordamos com a nova proposta financeira da WilsonKing e resolvemos amigavelmente
dar um tempo na nossa relação comercial", conta Marcos Silveira,
diretor da agência.
* LÍNGUA PORTUGUESA - Valdir Siqueira, V.P. da ABAP e sócio
da V&S, será o presidente da Confederação da Publicidade
dos Países de Língua Portuguesa até 2004. O anúncio
foi feito durante a 3ª Assembléia Anual da CPPLP realizada em Luanda,
Angola. Criada há 2 anos, a associação tem o objetivo
de trocar experiências de entidades de classe entre os quatro países
participantes - Brasil, Portugal, Moçambique, Angola, e, em breve,
Cabo Verde. "Iremos transmitir a vivência do Conar, Cenp, código
de Auto-Regulamentação e outras entidades da classe", explica
Siqueira.
* HORA DA CAMISINHA - A Publicis-Norton Rio lança no final do
mês campanha para a camisinha Prosex, com filmes assinados pela Proview
e dirigidos por Eduardo Xocante. Criados por João Santos e Daniel Gama,
sob direção de Gustavo Tirre, as peças procuram reforçar
o uso de máquinas de camisinha em locais como boates.
* BINDER GANHA JOB - A comunicação do empreendimento
da João Fortes/Inocoop, a ser lançado em breve e concluído
em 9 anos com 21 prédios na Pavuna, está sob os cuidados da
carioca Binder Comunicação.
* ROSINHA NA BLUE LIGHT - A produtora carioca, que fazia grande parte
dos filmes no Governo Garotinho, também assume a comunicação
da candidata ao Governo do Estado do Rio pelo PSB, Rosinha Matheus.
* MODA NO RIO - A revista Moda, publicação bimestral
que circula junto com a Folha de SP - editada pela jornalista Erika Palomino
- passará a ser distribuída também no Rio. Exemplar chega
às bancas cariocas esta sexta, 12.
* CONTAS PAULISTAS - A AlmapBBDO passa a atender a Unibanco AIG Seguros
& Previdência. /// A Loducca fará a nova comunicação
da Harley-Davidson. /// A operadora de telefonia celular do Grupo Portugal
no Sul - Global Telecom entregou uma parte de sua conta para a DPZ. Os jobs
serão distribuídos aleatoriamente entre ela e a Fischer Heads,
que também atende a conta.
* DESTINO EXÓTICO - A Aroldo Araujo está lançando
sua nova campanha para a South African Airways, com o slogan "SAA. De olhos
voltados para o mundo" para mostrar uma visão diferente do encontro
cultural que uma viagem proporciona. Veiculada na mídia impressa e
nos meios segmentados, a agência visa atingir públicos como o
GLS, empresários e executivos e todos aqueles que procuram lugares
diferentes e destinos exóticos. A criação foi de Ricardo
Garcia e Claudia Martins, com direção de André Araujo.
* EXPEDIENTE - A redação da Janela conta com a jornalista
Juliana Bertrand.
CARTAS
De Antônio Accioly, Diretor de Operações
da 100%, por e-mail:
Prezada Juliana Bertrand,
O Gustavo Bastos me disse que você havia me telefonado, querendo saber
os motivos pelos quais fui para a 100% Propaganda. Realmente atualmente sou
bastante averso a badalações e entrevistas, mas considerando
sua atenção e interesse acredito que possa acrescentar um pouco
mais ao que já foi dito.
Este mês estaria comemorando 10 anos de Artplan.
Bem, há uns 2 meses atrás a empresa me propôs um novo
acordo. Sabe como são estas coisas, a empresa propõe e a gente
faz o que? Como a proposta não era lá ruim de todo, aceitei,
já que não tinha a menor intenção de sair de lá.
Mas decorridos alguns dias fiquei com a curiosidade aguçada e resolvi
ver a quantas andam o mercado para profissionais (bem, pelo menos me considero
assim) no Rio. Claro que eu estava um pouco séptico e pessimista a
respeito, assim selecionei pelo Anuário de Propaganda cerca de 15 agencias,
sem um critério muito definido, algumas por conhecer o dono, outras
por conhecer alguém com algum cacife, outras simplesmente por que simpatizava
com elas sem conhecer ninguém por lá.
Foi um desastre!
No afã de marcar pelo menos 1 conversa, em menos de 1 dia eu já
havia conseguido nada menos de 7 confirmações e tive de conversar
com 7 donos de agencias. Claro que estas conversas não foram todas
no mesmo dia devido a algumas incompatibilidades de agenda e levaram pelo
menos 2 semanas para se concretizarem.
Bem, deixei as outras 8 para depois (o que foi uma boa providência você
vai ver por que).
Das 7 conversas que tive, recebi 7 convites para começar imediatamente!
Como diria a minha guru Ângela Sá (diretora de pesquisa e planejamento
da Artplan)descobri que há um "nicho" de mercado praticamente virgem
dando sopa que é o trabalho que eu acredito fazer!
Nesta pequena salada de agencias havia pelo menos 2 iguais ou maiores do que
a Artplan (Contemporânea e V&S), uma que anunciou naqueles dias
que era a 4ª do Brasil (FischerAmerica), uma bem grande nacionalmente mas
nem tanto no Rio (DPZ), uma bem razoável (Ronson) e duas pequenas (mas
grandes em ego, Doctor e 100%).
Bem, aí começou um inferno astral. Claro que eu não disse
para ninguém que estava conversando com outros alguéns e a partir
daí começaram as cobranças de "quando você começa?"
Bem, diante disto, de início descartei as 2 grandes por que a proposta
não ficava lá muito diferente da "nova" proposta da Artplan,
descartei a grande nacionalmente mas nem tanto no Rio por que não senti
neles muita firmeza ou vontade de realmente sair por aí atrás
de clientes, deixei para um programa futuro (se eles até lá
ainda pensarem da mesma forma) a bem razoável, embora tenha gostado
muito de seu projeto a médio e longo prazo, mas foi complicado resolver
qual opção aceitar entre a 4ª maior ou nas 2 de ego grande.
Foi difícil, complicado e estressante. Todas as 3 passaram a melhorar
a proposta a cada novo encontro (eu juro que não estava fazendo leilão,
apenas queria conhecer um pouco mais cada uma, já que esta decisão
poderia ser o ápice de minha carreira ou uma grande furada). Nos últimos
20 dias instalou-se um pequeno inferno astral com o recebimento de telefonemas
diários cobrando uma solução minha e com muitas pressões
inclusive junto à Keila (minha esposa), no sentido de que ela intercedesse
no sentido de me fazer tomar uma decisão. Sinceramente eu nunca tinha
visto isto, nem quando o mercado era outro e eu (sem nenhuma modéstia)
me achava o rei da cocada aqui no Rio (bem lá se vão uns 25
anos ), mas antigamente a gente nunca saia de uma empresa sem ter recebido
um bom convite para outra - pelo menos, foi assim comigo a vida inteira, até
mesmo quando fui para a Artplan a 1ª vez. E por que não dizer, quando
saí de lá em 1998 e em menos de 3 horas de trabalho na DPZ outra
agencia voltei para lá (tem muita gente
Bem, mas voltando às pressões que passei a receber naqueles
últimos dias, fiquei realmente na base da angustia e indefinição.
Qual seria a melhor opção, ir para uma super-grande agencia
ou para uma pequena ?
Conversei com muita gente e todos (com uma exceção) foram unânimes
: se você quer crescer profissionalmente, vá para a agencia grande.
Mas alguma coisa me dizia lá dentro que talvez esta não fosse
a melhor opção. Cheguei a ter uma conversa final com o vice-presidente
do grupo que veio ao Rio especialmente para conversar comigo e embora nesta
conversa alguns itens na proposta inicial não fossem exatamente como
haviam sido conversados anteriormente, em tese ficou mais ou menos fechada
a minha ida para lá.
Mas houve um final de semana no meio, quando não só fiquei literalmente
enlouquecido com o fato de decididamente dar um "sim"; a uma das 3 agencias,
aliado às pressões que eu ainda vinha recebendo de cada uma.
Confesso que nunca, jamais na vida havia passado por isto. Acho que sempre
fui impulsivo demais e não tinha (nem tenho) prática em conflitos
assim.
Mas, como eu disse acima, alguma coisa me dizia que seria melhor experimentar
um caminho diferente. Embora já tivesse o ponto de vista de algumas
das pessoas que eu mais prezo não só profissionalmente mas também
como amigos(as), mais uma vez pedi ajuda e não foi nem às cartas
nem aos universitários como proporia o Silvio Santos. Fui mesmo ao
Roberto Medina e expus o que eu estava pensando. E como afirmei antes, ele
foi a única exceção, concordando com meu ponto de vista.
Numa grande agencia eu estaria (quem sabe) até fazendo uma espécie
de up grade profissional (embora estar na Artplan já seja um enorme
up grade para qualquer um), mas numa agencia pequena, dependendo de meus resultados
ou até quaisquer que fossem eles eu seria o campeão, enquanto
numa agencia em que um único cliente fatura 60 milhões no ano,
ainda que eu realmente destruísse e conseguisse umas 4 ou 5 contas
de 1 milhão ano (e olha que não é fácil conseguir
isto, todos sabem disto, clientes de 100 paus por mês estão duros
de arruma
Bem em vista disto, dirigi meu foco para as 2 menores e aí continuou
o dilema, já que ambas estavam a esta altura se engalfinhando entre
si, pois todos se conhecem, já foram até meio sócios,
concorrem na mesma faixa de mercado e só faltou se marcar uma reunião
em conjunto para que eu resolvesse para onde ia. Sério mesmo.
(eu disse que não sou chegado a entrevistas e este e-mail já
está ficando imenso...)
Daí tomei a decisão que certamente pode ter deixado muita gente
sem entender nada.
Apesar do nome de todas as empresas que eu citei neste vasto texto, acabei
optando pela menos conhecida, mais nova e possivelmente menos sofisticada
(tecnicamente) agencia.
Aqui, apesar de estar no centro do Rio (ou melhor, Ipanema), onde as calçadas
são uma festa, a cada passo encontro amigos (e amigas) andando por
aí, tem bancos, lojas de tudo, comidas e comidinhas de toda espécie,
a coisa nem de longe parece com a velha Artplan. Caramba, se alguém
disser que aquela balzaca tem falhas, não imagina o que é trabalhar
num lugar onde tudo é novidade e a cada suspiro meu se reunam os sócios,
diretores, atendimento, mídia e principalmente criação
(alias, esta é uma agencia basicamente de criação, no
sentido mais puro, ágil e romântico da palavra) para me ouvir
dizer como deve funcionar a agencia.
Bem embora não fosse esta a minha idéia inicial, espero até
trazer um pouco de experiência para a turma daqui.
Afinal, no que pese ter sido admitido como Diretor de Operações
o que vale é que estou apostando 100% em minha decisão.
Já que 100% é o nome da agencia.
Um abraço e mais uma vez, obrigado pelo interesse,
Antonio L. Accioly
100% Propaganda
De Amaury Nicolini, diretor da Brainstorm
Prezado Márcio:
Admito e até admiro que você dê espaço na sua coluna
para comentários, queixas e reclamações dos leitores.
Mas a transcrição da carta do Diretor de Criação
da Artplan, na última sexta-feira, passou dos limites.
Tenho certeza de que não é a palavra oficial daquela agência,
que se firmou como uma das mais criativas do Rio desde a sua fundação.
Porque a palavra oficial da Artplan não poderia ser tão chula
e tão obscena como a publicada. Alinhar um monte de palavrões
não pode ser uma atitude criativa, como pretende o signatário.
Dá até para pensar que, se a orientação criativa
é desse quilate, talvez o jornal tivesse alguma razão para "nem
ver os anúncios".
Sinceramente, e sem ser puritano, achei a transcrição da carta
do maior baixo nível possível, não respeitando nem, em
primeiro lugar, os leitores do Monitor Mercantil que compram, assinam ou recebem
aquele jornal para se informar sobre outras coisas que não o nível
de certos publicitários.
Sem mais,
do Amaury Nicolini (por sinal, também ex-Artplan, da época AB)*
* Antes da Baixaria
|