Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
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Ribeiro Pinto anuncia júri de Cannes 98
O diretor da Promocine e representante do Festival de Cannes no Brasil, Luís Antônio Ribeiro Pinto, acaba de anunciar que aceitaram o convite todos os brasileiros indicados para os júris do próximo festival - que acontece de 21 a 26 de junho próximo.
São Paulo terá dois representantes em Cannes e, pela primeira vez na história do Festival, o Rio de Janeiro também: Armando Strozenberg, presidente da agência Contemporânea, aceitou o convite para ser jurado de mídia impressa e Luís Nogueira, diretor de criação da McCann-Rio para ser de filmes.
Também fará parte do júri de filmes Carlos Silvério, diretor de criação da DPZ-São Paulo, enquanto Paulo Jorge "Pejota" Pereira representará o Brasil no júri de mídia interativa, o Cyber Lions.
Ediouro compra Internet World
A Ediouro acaba de fechar um acordo operacional com a Mantel para a compra da Internet World. Detentora das revistas Internet.br - líder de mercado no segmento de Internet -, Internet Business e do Canal Web - que já registra 2 milhões de page views/mês, a Ediouro ganha de imediato 8 mil novos assinantes que, a partir de fevereiro, passarão a receber a Internet Business ou a Internet.br, dependendo de sua escolha.
Segundo Ricardo Canella, diretor executivo da divisão revistas da Ediouro, a Ediouro deve crescer também na venda em banca. "Hoje a Internet.br é líder absoluta de mercado no segmento Internet e a terceira em vendas em banca no segmento de informática, com uma tiragem de 90 mil exemplares. A Internet Business, por sua vez, já possui uma tiragem de 50 mil exemplares. A previsão é que as vendas em banca das duas revistas apresentem um crescimento de 15 mil exemplares.", afirma Canella
O acordo com a Mantel deverá ainda gerar um crescimento do número de páginas de publicidade da Internet.br e Internet Business. "Vários anunciantes da Internet World estão migrando para as páginas das nossas revistas", comemora Canella, acrescentando que os acordos firmados entre a Internet World e alguns provedores serão mantidos.
O Globo lança domingo slogan criado pela Giovanni, FCB.
No próximo domingo, dia 7 de fevereiro, começa a ser veiculada a nova campanha institucional do jornal O Globo, criada pela Giovanni, FCB, que apresenta o novo slogan "Quem lê, sabe", que passará a fazer parte de toda a comunicação do jornal, ou seja, em anúncios institucionais, promocionais, e em peças de comunicação interna, como painéis informativos, contra cheques e screen-savers dos micros da empresa.
A própria primeira página do Globo contará diariamente com o selo "Quem lê, sabe", reforçando o conceito da marca: "A campanha apenas apresenta o conceito ao público, mas 'Quem lê, sabe' passa a ser, na verdade, um sobrenome do Globo", explica Ana Luisa Marinho, gerente de marketing institucional do veículo.
A campanha da Giovanni é composta inicialmente por três filmes de TV, spots de rádio, anúncios de página dupla em jornais e revistas e outdoor. O primeiro filme, de 60', mostra imagens do Rio de Janeiro por ângulos inusitados, mostrando a beleza e o movimento da cidade em cenas que enfocam também o dia-a-dia corrido da metrópole. A trilha sonora utiliza as palavras "quem" e "lê" como se fossem sons de percussão. A mesma trilha será utilizada em spots de rádio.
Campanhas de bancos de imagem geram reação de fotógrafos cariocas
A Janela-Net, fórum de discussão sobre publicidade e marketing coordenado por esta coluna em www.egroups.com/janela-net, na Internet, andou particularmente agitada esta semana num debate sobre a já clássica questão dos fotógrafos nacionais vs. bancos de imagens internacionais.
Como as opiniões foram interessantíssimas, achei que valeria a pena abrir estas mensagens para um público maior.
De Ayrton Camargo, fotógrafo:
Recebi um folheto promocional de um banco de imagens: Photodisc. Texto p/incitar clientes criativos em potencial:
- Chega de escanear, chega de corrigir cor, chega de cromo arranhado, chega de renovar aluguel, chega de negociar preço, chega de dar SATISFAÇÃO de onde vai ser usado, chega de não poder manipular... Hoje não é sexta feira, mas é hora de Royalty Free STOCK Photography!!!
Lindo, amei. Afinal p/que Faculdade de Fotografia se os caras já vão sair de lá sendo massacrados pelos Bancos de Imagem, que bancam os bonzinhos, mas na verdade compram muitas vezes baratinho dos fotógrafos desavisados e depois com contratos leoninos revendem as fotos royalty free.
Fico assustado com isso
AYRTON |
De Sérgio Araujo, fotógrafo:
Caro Ayrton, Eu acho que os fotógrafos não estão mais tão desavisados assim. Uma parte deles aproveita uma sessão de fotos, paga por um cliente, e faz um monte de fotos para arquivo, variando sobre o tema. Ele pensa que está sendo esperto, mas esta é uma atitude altamente autofágica, a médio e longo prazos (se bem que a longo prazo, estaremos todos mortos...).
E os CDs royalties free não são usados apenas por "criativos em potencial", mas também por agências. E tome de photoshop...
Depois quando eu reclamo disso sou chamado de chorão e pouco profissional. Será que não dá para fazer nada contra isso?
Eu acho engraçado é que tem uma galera dita socialista, preocupada "em tese" com o social, mas que quando se fala em proteção de emprego, garantia de mercado, etc. acha que isto só tem a ver com metalúrgico de São Paulo ou com cortador de cana.
Eu também fico muito assustado com isso!!
Abraços, Sérgio Araujo |
De Ivan Lima, fotógrafo:
A Faculdade de Fotografia não existe apenas para formar fotógrafos para o mercado. Ela existe para formar pessoas que trabalhem em várias áreas das comunicações visuais como cinema, televisão, publicidade, designer, etc., etc. Além de formar também pessoas que simplesmente querem se expressar como artistas (leia a matéria do O Globo de hoje sobre David Hockney).
A Faculdade de Fotografia (se for séria como a do Senac de São Paulo, é claro) melhora o nível geral do atendimento e cria empregos inclusive para fotógrafos consagrados como Ayrton, Hamdan, Sérgio Araujo entre outros. Gente que está trabalhando sério para melhorar cada vez mais a espécie humana.
Abraço eu só consigo escrever inteiro.
Ivan Lima |
De Milton Montenegro, fotógrafo:
Eu também levei um susto com os bancos de imagens. Resolvi fazer uma experiência e há alguns meses assinei um contrato justamente com o PhotoDisc. Tenho lá umas cem fotos e ainda não deu pra avaliar o retorno. Autofagia? Não sei, acho que em mercados 'normais' há espaço e demanda pra tudo: fotos de arquivo e fotos produzidas. Agora, nosso Rio de Janeiro virou um faroeste em todos os sentidos, até pra trabalhar. Não deixa de ser suicida a gente aceitar, sem limites, a questão dos preços de fotografia praticados hoje em dia.
Gostaria também de ouvir a opinião de quem está nas agências.
Milton. |
De Marcia Ballariny, planejadora:
Já me deparei muitas vezes com custos de produção tornando inviáveis trabalhos brilhantes aprovados pelos clientes. Por isso, concordo com você que precisam existir os dois mercados e que a escolha depende da verba e do layout.
Existem ideias que morrem quando o cliente sugere fotos de arquivo, é melhor nem produzir se você não tem a sensibilidade da produção e do click especiais. Em outros casos não, já no briefing às vezes digo pra criação já pensar a ideia com fotos de arquivo, pois isso é que vai viabilizar em alguns casos até a "estreia" de um cliente no mercado da comunicação. E nosso maior desafio é sempre trazer e manter clientes (com resultados!) no mercado da comunicação.
Sou planejadora, sei que às vezes a Criação tem vontade de matar meus briefings pedindo fotos de arquivo mas também já vi clientes que desapareceram devido a custos de foto ou fotolito que não combinavam com a cultura dele. Investir é cultura, o cara precisa assimilar o valor de uma foto, de um bom fotolito, de uma produção fotográfica bem cuidada, de um spot, um filme.
Acho que a nós, profissionais, cabe é fomentar aos poucos essa ideia, mas respeitando a cultura do cliente (especialmente o pequeno e médio), mostrando a ele que uma produção (de foto, de filme, gráfica) bem cuidada se transforma num ATRIBUTO para a marca dele. Bem, em muitos casos antes a gente precisa ensinar o cara a cuidar da marca, né?
Marcia Ballariny |
De André Nassar, diretor de arte:
Milton, acho que, em termos, a concorrência entre bancos de imagens e fotógrafos aqui ainda é light. Se compararmos o mercado do Rio ou de São Paulo com o mercado americano, a gente vai ver que nós ainda nem podemos falar em concorrência. Se você pegar um Workbook, um Blackbook e a lista de bancos de imagens americanos, você vai ver que aquilo é que realmente assusta apesar de ser um mercado muito maior.
Agora, acho que todos eles tem seu espaço e sobrevivem graças à sua extrema organização, a política de preços justa e a uma coisa que ainda não existe aqui. A especialização. Especialização no sentido de que cada um faz o que sabe fazer melhor. Se você quer um fotógrafo de moda, você vai encontrar aquele que só pensa em moda o dia inteiro e assim por diante.
Na minha opinião, como Diretor de Arte, não acho que os bancos de imagem podem acabar com os nossos grandes fotógrafos ou com a geração que vem por aí. Eu, por exemplo, prefiro muito mais fazer a minha foto. Aquela que tem o meu dedo e o dedo do fotógrafo a quem eu confiei o trabalho. Mas também não ficaria menos feliz em usar um BI. Tudo é a pertinência.
A única coisa para mim que pode fazer um mercado sofrer é a politicagem, a incompetência, a falta do bom senso, a preguiça e a falta de caráter. Quem sabe fazer o seu trabalho nunca vai sofrer em crise nenhuma. Esses nunca perdem o espaço. O mercado vai diminuir, diminuir, mas eles vão sempre estar lá.
Isso tanto para fotógrafos, criadores, agências, planejadores, etc.
A crise assusta. Mas como meu pai dizia, um corredor só perde a corrida quando olha pra trás.
Abraços do admirador e tricolor André Nassar. |
De Sérgio Araujo, fotógrafo:
Caro Milton, Concordo inteiramente que em mercados "normais" há espaço e demanda para as fotos de arquivo e as fotos produzidas. Mas o mercado carioca, no momento, não pode ser chamado de normal. A demanda caiu drasticamente e então, como é que fica?
E qual é hoje a diferenciação entre foto de arquivo e foto produzida? As fotos de arquivo tem uma puta qualidade e, com as câmeras fotográficas que existem hoje, tem muito amador apertando o dedo e conseguindo belas fotos.
O banco de imagens, quando recebe e consigna um material, não pergunta se o cara é profissional ou não, se ele tem uma despesa fixa mensal para manter um estúdio ou não. Virou zona.
Hoje em dia já vi diretores de empresas que vão com o fotógrafo numa sessão de fotos (externa), levam sua câmera super hiper automática, auto foco com zoom inter galático e ficam apertando o dedo. Tempos depois, estas fotos estão sendo publicadas no jornal interno da empresa, em calendários de bolso, etc. E ai, como é que fica?
O que me incomoda é o fato de não haver nenhum meio de proteção quanto a isto. O cara pode fazer o que quiser em relação à fotografia e nós só podemos lamentar.
Se alguém tentar advogar ou clinicar profissionalmente não vai poder. Tem que ter registro para ser advogado ou médico.
Você diz: "Não deixa de ser suicida a gente aceitar, sem limites, a questão dos preços de fotografia praticados hoje em dia".
Concordo inteiramente mais uma vez. E como é que se rompe com isso?
Meus preços estão longe de serem considerados altos e estou perdendo orçamento atrás de orçamento por causa de preço.
Chega um momento onde você começa a trabalhar por preços muito baixos. E a pressão é grande, pois o cara diz que o cliente só pode pagar aquilo, que é um cliente novo, que o banco de imagens cobra tanto, mas ele quer fazer a foto com você, você lembra que já perdeu 3 orçamentos nesta agência nos últimos 60 dias, etc, Ai, você aceita. No próximo serviço, o preço que você cobrou por se tratar de uma situação excepcional, vira referência ("... mas se o fulano pagou X naquela foto, não vai querer pagar Y nesta").
E como evitar esta atitude suicida em relação aos preços? Instituindo-se uma tabela de preços mínimos? Ou uma sistemática de cálculo de custos, como a Abrafoto já tentou fazer? Você sabe muito bem que é impossível, nossos próprios companheiros não concordariam com isto.
Em casa que não tem pão, todo mundo chia e ninguém tem razão.
Abraços tricolores, Sérgio Araujo |
De Virgínia Carvalho, produtora de fonogramas:
Existem dois mundos: O ideal e o real. Nirvana mesmo é quando os dois se encontram.
Quisera eu só viver no ideal mas, a crise é real. Assim sendo, mudando de fotos pra sons, dentro da realidade dos mesmos clientes, não adianta só chorar. "Enquanto uns choram, outros vendem lenços".
Existem clientes para os quais podemos fazer uma belíssima trilha exclusiva, que nos encha de prazer e orgulho, porém, não vamos deixar de atender o cliente que não tem essa verba. Se não tiver verba nem pra trilha simples, o jeito é atacar de "banco de sons".
A escolha é do cliente. É a diferença entre "sob medida" e "tamanho único", ou ainda, "exclusivo" e "em série". O cliente sabe que corre o risco de ouvir a sua trilha no fundo de outro comercial mas, c'est la vie. É o risco calculado. E quem vendeu o lenço? Os fornecedores do banco de sons.
}{ Virgínia
PS: É isso aí, Márcia e André, e só pra arrematar: Quando começaram a surgir os primeiros sintetizadores, depois os samplers, o que fizeram os músicos chorões? Choraram, lógico; iam ficar sem espaço e blá blá blá. E os que acompanham os sinais dos tempos? Aprenderam a "tocar conforme a música" e estão trabalhando. |
Fotógrafos: Já que não dá pra combater, por que não usufruir? Retomem aquele projeto do banco de imagens brasileiro! Sucesso p/vocês.
MKTMIX MKTMIX
• PARABÉNS PRA VOCÊ - A Janela se abre para comemorar os próximos aniversários do mercado:
Dia 05, sexta: Marylena Rosetti (Diretora de Mídia da McCann Erickson), Paulo Lomba;
Dia 06, sábado: Antônio Mario (redator), Fernanda Mendonça (Assistente de Marketing da IBM), Inês Barbosa da Silva (Diretora de Comerciais), Marcelo Giannini (Diretor de Criação da Salles DMB&B), Márcio Juniot (Redator da Salles DMB&B);
Dia 07, domingo: Heliane Antonello, Vitor M. Patalano (Redator da Salles DMB&B);
Dia 08, segunda: Antônio Servolo (Diretor Comercial da Chorus);
Dia 09, terça: Isabel Rodrigues (Executiva de Contas da V&S);
Dia 10, quarta: Alcir Gomes Leite (Diretor de Atendimento da F/NazcaS&S), Francisco A. Madia de Souza (Diretor de Marketing da Madia), Polika Teixeira (Diretora de Atendimento da Fischer América);
• DE MUDANÇA - O JB está deixando ir embora seu maior patrimônio: os seus colunistas, que ainda justificavam muita gente ler e acompanhar o jornal. Agora, além de Zuenir Ventura, também Luiz Fernando Veríssimo está indo para O Globo, que a cada dia fica inevitavelmente mais forte no Rio.
• VAGA - O redator Helmut Gondim, que passou os últimos meses dirigindo a criação da Propeg- Rio, voltou para o escritório da agência em Brasília. Com isso, Ronaldo Conde, diretor geral do escritório, volta a procurar um diretor de criação. A agência, aliás, está até com mais trabalho, agora que pegou a conta do serviço de informações da Internet Cadê, que resolveu brigar pelo mercado usando até comerciais de televisão. A conta deve ficar em torno de R$ 2 milhões este ano.
• FARMÁCIA - A Doctor conquistou a conta da Casa Granado (que estava na JVA), elevando o faturamento da agência, segundo Anthony Talbot, a US$ 25 milhões este ano.
• CARTAS - As correspondências para a Janela devem ser enviadas para a Rua Eurico Cruz, 15/2º andar, CEP 22461-200, Rio-RJ, ou para o e-mail ehrlich@pobox.com. Não deixe de visitar também a edição on-line da coluna, em www.janela.com.br.
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