Esta coluna era integrante da Edição Mensal Especial da Janela Publicitária, publicada no jornal Monitor Mercantil.
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O Negócio é o Seguinte...
Fala-se muito no crescimento de importância do profissional de mídia no Brasil pós-Real. Na verdade, o que acontece é que os investimentos dos anunciantes passaram a ser olhados com maior atenção na busca de custos mais competitivos de produtos e serviços.
Todas as empresas vêm passando por ajustes objetivando melhoria do produto e preço competitivo. Foi-se o tempo em que o consumidor não distinguia muito bem o que é bom do que é mais ou menos e os respectivos preços justos. Hoje ele consegue identificar o valor aproximado de cada coisa e é mais exigente, tornando o mercado mais maduro, enfim. Trata-se, portanto, de um cenário que tem como base a busca de todas as oportunidades de redução de custos e maior eficiência dos investimentos.
A função do profissional de mídia vem, por isso, se tomando mais importante a cada dia. Um dos aspectos mais importantes para que o mídia corresponda às expectativas geradas por este momento é o pleno domínio dos instrumentos de pesquisa disponíveis. A introdução do A&F pelo IBOPE e, mais recentemente, do Sisem Consumer do Marplan, são exemplos concretos da evolução dos serviços de pesquisa em nosso país.
Não creio ser possível fazer uma recomendação de mídia correta sem os instrumentos necessários e profissionais treinados para sua melhor utilização.
Aí temos o mais grave problema dessa atividade. Poucas agências compram essas pesquisas prejudicando a formação de seus profissionais e, principalmente, comprometendo a qualidade do trabalho de mídia apresentado a seus clientes. O fenômeno ''Tostines'' funciona neste assunto desde que entrei nessa atividade, há mais de 20 anos. "Pesquisa é cara porque poucos compram. Poucos compram porque é cara."
Acredito que o momento requer um esforço maior de todos para desatar este nó. Nós do Grupo de Mídia do Rio de Janeiro temos como prioridade para 97 incentivar toda e qualquer ação relativa a esse assunto. Acho também, que, no dia-a-dia do mídia, isso deveria ser mais cobrado, evitando trabalhar com base antigas e, muitos casos, sabemos, sem base alguma.
A pesquisa não serve apenas para fazer o melhor plano. Ela é fundamental para uma boa negociação. Como saber o valor de uma coisa se não se sabe a quantidade e a qualidade dessa coisa e adequar isso ao que se tem no bolso para gastar? É tão simples! Fazemos isso a toda hora como consumidores...
Os negócios cada vez mais têm que ser construídos em bases sólidas para que se tenha maior eficiência e competitividade. Uma negociação realizada com base técnica promove um forte desenvolvimento da atividade como um todo. O veículo passa a entender melhor o espaço que vende e pode melhor administrar seus custos. O anunciante consegue melhor dimensionar seus investimentos.
O mídia está no centro desse processo e se ele não funcionar bem o desenvolvimento do mercado fica comprometido. Uma nova realidade nos espera. Uma realidade que já vivem as agências que compram pesquisa e que têm profissionais treinados. Falo aqui do planejamento de longo prazo... Mais do que comprar o espaço necessário para uma campanha agora, devemos construir uma relação profissional que venha a favorecer os negócios futuros. Ou seja: O Negócio é o Seguinte...
Atividades do Grupo
Conforme prometido no artigo publicado pelo Antônio Jorge Pinheiro, Vice-Presidente de Relações com o Mercado do Grupo de Mídia do Rio de Janeiro, já temos algumas atividades agendadas para este início do ano.
• Dia 6 de março: Papo de bar no Caroline Café (Jardim Botânico), a partir das 19 horas.
• Dia 12 de março: Mix de Mídia no Auditório da Caemi (Botafogo), a partir das 8:30 horas. Apresentação da MTV.
• Na primeira semana de abril daremos início ao curso de planejamento de mídia com datas e local ainda a confirmar.
• Luiz Fernando Novaes
Presidente do Grupo de Mídia do Rio de Janeiro e Diretor de Mídia da DPZ-Rio.
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