Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.
Contas federais agitam de novo todo o mercado publicitário
Comprovando que vive o melhor período da sua história, a agência carioca Giovanni conquistou esta semana a conta do SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas, vencendo uma acirrada concorrência com as maiores agências do país.
A Giovanni, aliás, venceu por méritos profissionais e não financeiros. Foi a primeira colocada na proposta técnica, alcançando 8,99 pontos, deixando em segundo lugar a D&M, de Brasília, com 8,87 e a V &S, também do Rio, em terceiro com 8,10.
Nas propostas de preço, a situação quase mudou, com a agência paulista HCA dando as melhores condições para o SEBRAE. Nesta fase, a Giovanni ficou em quarto lugar. Ainda assim, no geral de pontos, ela alcançou 9,29 batendo o resultado total de 8,74 pontos da DPZ e da própria HCA, que somou 8,49.
Muito provavelmente a conta do SEBRAE estará entre as 3 maiores do mercado de Brasília para este ano. A Caixa Econômica, que seria a maior conta disputada em 1995, com a divisão em 4 agências acabou deixando a sua maior parcela no valor de R$ 11 milhões, abaixo da do SEBRAE.
Com esta conquista, não é impossível que a Giovanni feche 1995 entre as 10 maiores agências do país, principalmente se levamos em conta que ela teve o seu contrato com o Banco do Brasil renovado, numa perspectiva de chegar a R$ 15 milhões.
CAIXA ALTA
A renovação com o BB vale citar, afasta a agência da disputa pela Caixa, que acabou deixando no edital a exigência de exclusividade na área financeira. Ou seja, quem tiver conta de banco, pode desistir de disputar a Caixa. Ou aceita abrir mão de seu cliente anterior, no caso de ganhar.
A Caixa, inclusive, é outra razão da agitação do mercado esta semana. É que hoje, provavelmente, a Caixa estará publicando uma alteração no seu Edital, reduzindo a exigência de valor mínimo do patrimônio das concorrentes, inicialmente estipulado em R$ 600 milhões. Como isto deixaria de fora muitas agências, houve protestos em Brasília e o órgão decidiu baixar para permitir um número maior de concorrentes.
Até onde soubemos, o novo valor mínimo para o patrimônio será de R$ 60 milhões. Dez vezes menos.
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N.R.(2015): A foto era de Ronaldo Conde. |
Janela no Tempo
Depois do desafio da semana passada, mais uma abertura na janela do tempo para uma foto de um publicitário que, em março de 1978, não traia as suas crenças e não hesitava em pegar no microfone - já com seu humor ferino - para defendê-las durante o I Encontro Nacional da Criação Publicitária, realizado aqui no Rio.
Na época, se não me falha a memória, era redator na MPM.
Quem era esse garoto de 27 anos?
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Cartas
De Amaury Nicolini, presidente da Brainstorm.
Prezado Marcio,
Todos nós sabemos que ‘coincidências criativas’ podem ocorrer, em maior ou menor grau de semelhança de textos, layouts e ideias centrais de peças e/ou campanhas.
Mas o que não achamos justo, e ético, é o plágio total e acintoso, do qual estou anexando um exemplo.
Numa das xerox, anúncio criado pela PropegBahia em 1987, e que figura no anuário de propaganda 87/88, na parte 'portfólio de agências'.
Na outra xerox, anúncio publicado no último domingo pela agência CPF no Jornal do Brasil.
Acho que a criação carioca não precisa adotar este comportamento.
Nem os clientes cariocas precisam correr este tipo de risco.
Acho que o assunto merecia um espaço na sua coluna.
Sem mais, cordialmente, Amaury Nicolini. |
N.R.: Em que pese a semelhança entre as duas peças, ambas para clientes da área da construção (Fernandez, da Propeg, e Diagonal, da CPF) e a publicação da carta por obrigação jornalística, a Janela prefere acreditar que não tenha havido má-fé, pelo próprio histórico da agência CPF e pelo talento dos criadores da peça, Silvio Lachtermacher e Fernando Rocha. Apostamos que, no máximo, houve traição da memória, um pecado a que, infelizmente, estamos todos sujeitos.
De Marcelo Gorodicht, presidente da D+
"Caro amigo,
Gostaria de sugerir que, na próxima Janela, você fizesse uma 'auto charge'. Eu explico. Colunista publicitário, organizador de eventos e prêmios pelo Brasil afora, assessor de imprensa e agora diretor de redação da Editora Referência-Rio. Pôrra! Você está parecendo aquele personagem de desenho animado, o Multi-Homem. Sugiro a charge 'Multi-Marcio'.
Parabéns. |
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N.R. (2015): O virus ebola começava a preocupar os brasileiros. |
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• PARABÉNS PRA VOCÊ - A Janela se abre para comemorar os próximos aniversários do mercado: HOJE: Jomar Pereira da Silva (Governo do Estado); Dia 23: Alfredo Souto de Almeida (Focus).
• MAIS NA DEMAIS - A D+, uma das três agências carioca que conseguiu entrar no Anuário do Clube de São Paulo, conquistou a conta da Compumicro, revenda Compaq com lojas no Rio e São Paulo. Com o aumento de negócios, a D+ contratou uma nova supervisora de contas: Stella Maris Barros, ex-Universal Pictures e Contemporânea.
• TORRES ESTÁVEL - Não é erro de concordância. É que o redator e escritor Antônio Torres comunicou à coluna que não tem qualquer fundamento o boato de que ele estaria deixando a direção da criação da Publinews para assumir em outra agência.
• EM MINAS - A agência mineira Setembro vai se dedicar a partir do próximo mês apenas a propaganda política. Seu diretor, o ousado Almir Salles, vai abrir uma nova agência no mercado mineiro: a Casablanca.
• CARTAS - Correspondências para a Janela devem ser enviadas para a Praia de Botafogo, 340 grupo 210, CEP 22250-040, telefone (021) 552-4141. Ou via Internet, pelo e-mail Ehrlich@centroin.ax.apc.org.
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