Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 04/MAR/1994
Marcio Ehrlich

 

Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Eliminadas da Prefeitura entram em bloco com recurso

Quem não chora não mama. As oito agências eliminadas na fase técnica da concorrência da Prefeitura do Rio -- Agnelo Pacheco, Artplan, Ferrari, Young & Rubicam, Contemporânea, Denison, DPZ e VS Escala --, seguiram o refrão à risca e entraram esta semana com recurso assinado em bloco junto à Comissão de Licitação, tentando voltar à disputa. A defesa, escrita pela Dr. Helena Zóia, advogada da Fenapro, se baseia na tese de que a exigência de apresentação de 15 anunciantes diferentes no portfólio das agências fere a lei da isonomia. Ou seja, restringe a participação de agências de menor porte e não poderia estar incluída entre as exigências da Comissão.
O ato conjunto de protesto desencadeou uma nova burocracia na Licitação. Começou agora a contar o prazo de 5 dias úteis para que as agências aprovadas - a Pubblicità e a Norton - tomem conhecimento do recurso apresentado e decidam que pedem ou não a sua impugnação, antes mesmo que ele seja avaliado pelos membros da Comissão.
Nestas duas agências, o que será feito é uma decisão ainda não tomada. Roberto Bahiense, diretor da Pubblicità, diz que o assunto ainda está nas mãos dos advogados da agência. Mas ele não se furta a comentar que estranhou o argumento da defesa. Afinal, lembra ele, se as outras concorrentes discordam do texto do Edital, deveriam ter-se manifestado antes da abertura dos primeiros envelopes. "Se elas aceitaram os resultados da primeira fase da Licitação, é porque implicitamente aceitaram todas as regras do jogo", reafirmou.
A atitude a tomar da Pubblicità e da Norton, na verdade, depende mais de avaliações políticas que técnicas. Por um lado, seus diretores não querem ser acusados de impedir os colegas da classe de disputar a conta da Prefeitura. Por outro, também não querem abrir mão do beneficio que tiveram por perceber e cumprir com as sutilezas do Edital. Afinal, hoje, as chances da Pubblicità e da Norton para a conquista da conta são rigorosamente de 50% para cada uma. Se as outras oito voltarem à disputa, as chances caem para 10%. Num mercado que não e propriamente composto por entidades filantrópicas dirigidas por frades beneditinos, estes números fazem uma enorme diferença.

Globograph fecha no final deste mês.

Um grupo significativo de funcionários da Globograph - produtora especializada em computação gráfica pertencente ao grupo da Rede Globo - foi surpreendido esta semana com o bilhete azul. Só até o final deste mês eles ainda pertencerão à casa.
A informação passada internamente é de que a produtora vai fechar as suas portas a partir de abril, dando razão finalmente às informações publicadas há seis meses na coluna de Adonis Alonso no Caderno Propaganda & Marketing de que a direção da Globo não se interessava mais em manter o atendimento ao mercado publicitário.
O que será feito dos equipamentos da casa ainda não está divulgado. Até o fechamento da Janela, o diretor da Globograph, José Dias, não retomou a ligação para dar a versão oficial dos acontecimentos. Os comentários, porém, são de que tudo se incorporará ao departamento de computação da Rede Globo, atendendo ao antigo desejo de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, de que a produtora se dedique em tempo integral às vinhetas e às aberturas de programas da emissora.
As dezenas de trabalhos memoráveis que a Globograph - desde o seu tempo como Globo Computação Gráfica - produziu para a publicidade brasileira, então, se tornarão apenas História.

Forbes lidera ranking de anúncios nos EUA.

Os editores americanos de revistas tomaram um susto ao receberem agora o levantamento do volume de publicidade veiculado de Janeiro a Outubro de 1993 e descobrirem que as 100 maiores publicações alcançaram um total de 135.250 páginas, num aumento de 1,3% de veiculações, o que nos Estados Unidos significa um monte de dinheiro. Mais precisamente, US$ 79 milhões do total de US$ 6,08 bilhões que circulou pelas publicações.
Em número de páginas, a liderança americana está com a Forbes, que veiculou nada menos que 3.078 páginas de anúncios, um volume 5,3 % superior ao de 1992 e que correspondeu a um faturamento total de US$ 139,9 milhões. Ela superou de longe a segunda colocada, a revista Business Week, que caiu 5,7% e ficou com 2.703 páginas no período.
O topo de faturamento, porém, ficou com a revista People. Suas 2.394 páginas de anúncios, que lhe deixaram em 4° lugar no ranking, propiciaram um faturamento de US$ 284 milhões.

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• TIM- TIM COM LINGUIÇINHA - A Giovanni está comemorando efusivamente a reconquista da conta integral da Seara, marca de frios e embutidos ligada ao Grupo Ceval, de Santa Catarina. A conta, uma das primeiras do escritório da Giovanni de São Paulo, andou uns tempos dividida entre ela e a Leo Burnett.
E no Rio, a agência finalmente resolveu sair de debaixo do viaduto. Até o fim do semestre, Mauricio Nogueira garante que a Giovanni deixa os dois casarões próximos da Paulo de Frontin na Tijuca por um andar corrido em algum dos prédios comerciais de primeira linha das praias de Botafogo ou Flamengo, de onde pretende partir para uma postura muito mais agressiva no mercado. Mauricio manda um recado: "As agências da Zona Sul que se cuidem..."
• CANSOU - Ao contrário de Jorge Benjor, Antônio Carlos Belluchi deu "Tchau tchau" para a W/Brasil. Ele deixou esta semana o comando do escritório carioca da agência, que exerceu por 5 anos, para realizar um antigo projeto: um escritório de assessoria de marketing e pesquisa de mercado.
Belluchi, com sua elegância, não coloca na versão oficial de sua saída o pedido de demissão feito por não aguentar mais segurar sozinho o atendimento de todos os clientes da W/Brasil no Rio, em um escritório que jamais recebeu qualquer investimento adicional de Washington Olivetto além dos que houve na sua época de inauguração.
• NO TOM DA BENETTON -Cumprindo o prometido, a Professa começou a veicular propaganda para a Benetton no Brasil. Ela colocou no ar o jingle "Tutto bene Benetton", com o objetivo de atender a nova estratégia de rejuvenescer o target da marca. Feito em ritmo pop/rock, o jingle tem letra de Jorge Maranhão, diretor de criação da Professa e música de Reginaldo Bessa. Ele está no ar em emissoras que atingem a faixa dos 15 a 35 anos nas praças do Rio, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis.
• CRESCENDO - A CPF, agência encabeçada por Silvio Lachtermacher, não para de se expandir. Agora, entrou como sócia e diretora de atendimento Cláudia Villarde, saída da Artplan.
• LIMPEZA GERAL - Foi a Segmento Promoções, empresa de Tiz Kusslere e Karla Nogueira, a responsável pela Gincana Brahma Reciclagem que agitou Búzios na semana passada. Elas conseguiram o envolvimento de dezenas de participantes para ajudar a limpar as praias do balneário mais sofisticado e simpático do Estado do Rio. Sorry, turma de Angra...
• CARTAS - As correspondências para a Janela devem ser encaminhadas para a Praia de Botafogo, 340 grupo 210, CEP 22250-040, Rio de Janeiro - RJ. O telefone, em horário comercial, é (021) 552-4141.