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                                             Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil. 
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet. 
                                             Conta da Prefeitura do Rio  deve ser sorteada entre 10 agências 
                                             Talvez estes fossem cálculos  mais apropriados para o matemático Oswald de Souza, mas na avaliação desta  coluna, se as agências não fizerem besteira na hora de preparar seus  documentos, pelo menos 10 delas conseguirão chegar rigorosamente empatadas na  concorrência da prefeitura do Rio de Janeiro. E verá o nome da vencedora ser  escolhido em sorteio aberto ao público. Igualzinho àqueles que a gente vê nas  promoções de margarina pela televisão. 
                                               E como não se exige sequer  que a agência tenha escritório no Rio, está aberto à possibilidade inclusive de  participarem da licitação - e chegarem ao sorteio - agências bem estruturadas  como as paulistas Talent e DM-9 ou a mineira DNA, e, num lance de sorte,  conseguirem pegar a conta da Prefeitura carioca. Aliás, se os orixás estiverem  ao lado de algum publicitário baiano, então, vai ser fácil pra ele. 
                                               Quer dizer, até a conta da  Prefeitura do Rio corre o risco de ir para São Paulo... 
                                               O procurador do Município,  Paulo Lamego Carpenter, deixou claro na reunião que teve com o mercado na  última quarta-feira, que não pretende incluir no edital qualquer possibilidade  de avaliação qualitativa das agências. "Isso vai evitar subjetividade nas  análises e impedir qualquer acusação de favorecimento", explicou. 
                                               Estabelecido isso, todas as  opiniões das agências apresentadas na reunião ou através de carta do Sindicato  das Agências do Rio caíram por terra. Como avaliação quantitativa, aliás, ficou  claro que o edital não dá margem a reclamações ou acusações de ser restritivo.  Qualquer agência pode participar. Só que ficam completamente sem chance as  agências que tiverem menos de cinco anos de existência, que não tenham pelo menos  6 micros, cujos criadores não tenham pelo menos 5 anos de atuação com no mínimo  6 prêmios em seu currículo, e que não tenham, em 1993, 6 clientes diferentes  com veiculação de comerciais de 30" em televisão, veiculação de 6 anúncios  de 1 página de revista ou jornal e veiculação de 6 spots em rádio. 
                                               Estas exigências podem ser  consideradas desmedidas para agências de pequeno porte. Mas convenhamos que,  para agências de porte médio para cima elas são bastante banais. Ou mesmo  fáceis de serem solucionadas - no caso das veiculações em rádio e revista -  antes da entrega dos documentos no próximo dia 28 de dezembro. 
                                               Isso não quer dizer que o  edital seja imexível. Paulo Carpenter adiantou que, até segunda-feira, ele  decide se apenas altera ou publica um novo edital com novos prazos, modificando  o que se descobriu de equivocado nos pedidos. 
                                               Por exemplo, nos prazos  exigidos para a realização da campanha, será retirada a expressão  "produção". Ou seja, fica apenas o tempo de criação dos trabalhos.  Também a exigência de "desconto" no preço será retirada da proposta,  sendo substituída pela determinação dos percentuais de honorários sobre a  produção. Ou seja, ele quer que as agências deixem claro que só cobram 15%  sobre os custos dos fornecedores, o que não está explicitado no Decreto  57.690/66 que regulamentou a Lei 4.680. 
                                               Pode acontecer também de o  Edital incluir a exigência do currículo do Diretor de Arte envolvido com a  conta. Estranhamente, a classe dos diretores de arte saiu desvalorizada no  Edital, que só exige capacitação do Diretor de Criação e do Redator da agência. 
                                               Isso posto, pergunta-se o  que vai sobrar para fazer na Comissão de Licitação um profissional de  comunicação com a experiência de um Walter Clark? 
                                               Pouca coisa, pelo que  esclarece a presidente da Comissão e Coordenadora de Comunicação da Prefeitura,  Leila Castanheira (que, vale notar, parecia constrangidíssima com a situação,  ela que sempre defendeu uma avaliação mais qualitativa para a escolha de sua  agência). Segundo Leila, os membros da Comissão foram convidados antes de o  Decreto 8666 estabelecer novas normas para as concorrências públicas tão cheias  de exigências legais. Mudou o critério, mas Leila achou deselegante desconvidar  os membros da Comissão. Assim, vão passar o tempo contando os micros e as  medalhas das agências, além de Leila, Paulo e Walter, o Assessor de Comunicação  Social da Prefeitura, Hudson Carvalho, o Presidente da Empresa Municipal de  Artes Gráficas, Milton Coelho da Graça, o contador Sidney Fonseca (este,  digamos, até adequado à função...) e o Chefe de Gabinete da Secretaria de  Fazenda, Rodrigo Fiães. 
                                               “Pool” paga juros. 
                                               Durante a reunião da  Prefeitura do Rio com as agências, houve um momento de visível mal-estar quando  as agências solicitaram a modificação nos prazos de pagamento propostos pelo  Edital, de 15 a 30 dias a contar do faturamento dos veículos. Isso levará  obrigatoriamente a um atraso no pagamento pelas agências, com a cobrança de  juros pelos veículos, que colocam seus vencimentos em prazos a contar da data  de veiculação e não da data emissão de suas faturas. 
                                               Para confirmar que isso já  vem acontecendo, o diretor da VS Escala, Aías Lopes, declarou no plenário que  repetidamente o "pool" que atende hoje a Prefeitura tem arcado com  este prejuízo, sem mesmo que o cliente soubesse. 
                                               Foi o suficiente para que  Lúcia Carvalho, assessora de Leila Castanheira que cuida desta área na  Prefeitura, se defendesse creditando a responsabilidade na demora a repetidos  erros da Contemporânea, administradora do "pool", no preenchimento  das faturas enviadas. 
                                               O diretor da agência, José  Calazans, começou também a replicar que não era bem assim, mas o assunto foi  rapidamente desconversado, com a promessa de Paulo Carpenter de encontrar urna  solução e modificar o Edital. 
                                             Contas da Embratur atraem  poucos concorrentes 
                                             Conforme esta coluna  adiantou na semana passada, as concorrências da Embratur não foram anuladas. 
                                               Mas somente 5 agências de  propaganda entregaram na última terça-feira seus documentos para a concorrência  internacional, que dará para a vencedora a administração de uma verba de CR$  1,13 bilhões em valores de outubro de 1993. Foram elas: Propeg, Pubblicità Alliance,  Salles, Standard Ogilvy & Mather e VS Escala. 
                                               A ausência de nomes como MPM/Lintas  e Almap/BBDO surpreendeu o mercado, porque, como agências vinculadas a  estruturas internacionais, elas tinham condições de atender a exigências  rigorosas da Embratur, como a de comprovar por escrito a existência de  representantes seus em várias partes do mundo. 
                                               A parcela nacional da conta  da Embratur - cuja verba de outubro de 1993 está estimada em Cr$ 950 milhões   gerou mais interesse. Nove agências se inscreveram na disputa: Artplan,  D&N, Denison-Rio, Denison-São Paulo, DNA, DPZ, Propeg, Salles e VS Escala. 
                                             Propeg reabre no Rio para  garantir espaço 
                                             Para defender sua presença  na concorrência do Hotel Sheraton-Rio -- cuja conta atende nacionalmente -- e  para tentar um espaço nas contas de governo locais, a Propeg decidiu voltar ao  mercado carioca. 
                                               E vai voltar pelas mãos de  seu ex-diretor Viviano Caldas, que à época da absorção da agência pela CBBA foi  transferido para esta e acabou como representante carioca, nos últimos meses,  da HCA, agência do ex-diretor da CBBA, Hiran Castelo Branco. 
                                               A nova Propeg-Rio reabre dia  20 de dezembro na Rua Sete de Setembro, 14/1403, com as contas que Viviano traz  da HCA: Plajet, Amazon Cosméticos (Cleanance), Sim Informática, entre outras. 
                                               Nascida na Bahia e presidida  por Rodrigo Sá Menezes, a Propeg é hoje uma agência nacional, com forte  escritório em São Paulo, onde se associou a Jacques Lewkovicz e Luís Lara na  Lew, Lara, Propeg. 
                                             Agências estão de olho nos  Diários Oficiais 
                                             Saiu mais uma concorrência  federal, a dos Correios. A entrega dos documentos está prevista para 27 de  janeiro, às 14:30h em Brasília e vai contemplar três agências para os  diferentes segmentos da conta: Institucional , Produtos e Serviços e Didática.  A cópia do Edital de Licitação pode ser conseguida no Departamento de  Contratação e Suprimentos que fica no 6° andar do Edifício Sede da ECT, em  Brasília. 
                                               Já foi liberada também pelo  Governo a concorrência publicitária para a conta do Banco do Brasil. Só falta a  chamada sair publicada no Diário Oficial. Segundo fontes em Brasília, ela deve  acontecer até esta sexta-feira. 
                                               Também estão com a bala na  agulha as duas concorrências restantes do BNDES, voltadas para as campanhas de  privatização. 
                                                                                              
  
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    | Anúncio criado pela agência Giovanni para publicação ao lado da Janela Publicitária. | 
   
 
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                                             • SAMBA DO GAÚCHO DOIDO - A  raquete de frescobol que a empresa gaúcha Mercur está distribuindo no Rio tem  um adesivo que diz exatamente assim: "Raquete de Praia. Produzida em  madeira maciça. Cuidados: Não expor ao sol e não molhar". 
                                               Deve ser para jogar na Rua  da Praia, em pleno centro de Porto Alegre... 
  N.R. (2015): "Rua da Praia" é como os gaúchos chamam  a mais antiga rua da sua capital, oficialmente Rua dos Andradas. 
  • DENISON MANTEM AIDS -A VS  Escala ficou em 1º lugar na Tomada de Preços da concorrência do Ministério da  Saúde para a campanha anti-Aids. 
                                               Mas como a Denison-Rio,  primeira colocada na seleção técnica, aceitou abaixar seu preço para se igualar  com o da VS, ela foi confirmada na conta. Situações típicas do Decreto 8666. 
  • GIOVANNI VOA DE NOVO - A Ali  tália - que não quer se comprometer oficializando uma agência de propaganda - mais  uma vez entregou para a Giovanni um job de comunicação. A agência está  veiculando a campanha de férias da companhia aérea. No anúncio criado por  Victor Kirowski e João Renha, a Alitalia propõe a Itália como portão de entrada  da Europa sugerindo que "A Itália tem muitas esquinas famosas". Na  ilustração, fotos da Torre Eiffel e da Guarda da Rainha da Inglaterra. 
  • CASA NO CAMPO - A  Pubblicità Alliance conquistou com "Pai e Filho", da Scepter, o Grand  Prix de Campanha na VII Mostra da Propaganda Rural, promovida pela Associação  Brasileira de Marketing Rural. A campanha foi criada por Cristóvão Martins, Bia  Brandão e Vicente Nolasco. No concurso, aliás, a agência ainda conquistou dois  outros prêmios por trabalhos criados para o produto Scepter da Cyanamid. 
  • CONTA DO SHERATON - São  quatro as agências que estão disputando a concorrência pela conta do  SheratonRio: Norton, Propeg, Speroni e VS Escala. 
  • CARTAS - As  correspondências para esta coluna devem ser enviadas até 4ª feira para a Rua  Visconde de Silva, 156 cob. 701, CEP 22271-090, Rio - RJ. O telefone da coluna  é (021) 552-4141. 
  
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