Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
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Deputados querem acabar com o marketing político
A propaganda política no Brasil corre o risco de um retrocesso gigantesco se for aprovada a legislação que propõe uma nebulosa proibição de "efeitos especiais" nos programas dos candidatos às próximas eleições.
O movimento atingiu tal ponto que mereceu esta semana editorial de 1ª página do jornal O Globo apoiando a padronização da comunicação eleitoral.
Na opinião de publicitário Ney Cantinho, diretor do instituto de pesquisa Gerp e da produtora Lepan - e responsável pela campanha que elegeu César Maia para a Prefeitura do Rio -, "os políticos estão criando uma lei que vai se voltar contra eles mesmos".
Ney lembra que o espectador brasileiro detesta o horário eleitoral gratuito pela televisão, o que é fácil de comprovar pela queda nos índices de audiência durante os programas do TRE. "Se nós formos obrigados a tirar os atrativos visuais das campanhas políticas, aí mesmo é que a audiência vai cair barbaramente, tendo o efeito contrário ao planejado pelos criadores da lei", alerta o diretor do Gerp.
Sem falar que a lei acaba retirando do pequeno candidato o acesso a recursos de comunicação que, utilizados criativamente, muitas vezes serão fundamentais para enfrentar candidatos de maior estrutura partidária.
Outra voz que se manifesta contra o projeto de lei é a de Jairo Carneiro, presidente da Associação Brasileira de Propaganda-ABP. Para ele, a aprovação da lei seria "voltarmos à televisão da época da Tupi de 1950". A ABP já está estudando os detalhes do projeto para se pronunciar oficialmente na próxima semana, garante Jairo, que não concorda em se tirar dos candidatos a oportunidade de utilizarem a competência dos profissionais de comunicação. "A propaganda política é hoje uma atividade séria e bem estruturada no país, em condições de ajudar muito o processo eleitoral", defende o presidente da ABP.
De qualquer modo, a lei levanta uma questão de tal maneira difícil de definir na prática que poderá se transformar em mais uma lei a "não pegar", como tantas outras que desmoralizam o poder legislativo brasileiro. Como especificar, tecnicamente, o que poderá ser utilizado na comunicação dos políticos? O velho "chroma-key" é um efeito especial abusivo? E o igualmente antigo A.D.O., pode? Os candidatos poderão ter seus jingles?
Enfim, é bom desta vez que a classe publicitária não fique omissa enquanto este projeto tramita livremente por Brasília. Com certeza existirão muitas alternativas para reduzir o poder econômico no processo eleitoral que o prosaico corte geral de qualidade na comunicação.
Maior prêmio de Promoção no Brasil terá suas inscrições até dia 30
O Prêmio Promoção Brasil - a maior premiação brasileira da área de Promoções, Design e Embalagens - foi lançado esta semana pela Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda Abracomp, em sua 12ª versão.
No ano passado, o XI Promoção Brasil contou com nada menos que 304 inscrições de 66 agências de todo o país. Como Empresa de Promoção do Ano foi premiado o Grupo Ogilvy & Mather, ficando a Pepsico como o Cliente de Promoção do Ano. O Grand Prix de Empresário de Promoção do Ano foi entregue a Geraldo Rocha Azevedo, enquanto João Madeira, da Shell, recebeu o título de Profissional de Promoção do Ano.
As inscrições para o XII Prêmio Promoção Brasil estão abertas até 10 de outubro. Em São Paulo, as informações sobre o concurso podem ser obtidas com Sebastião Vitor de Souza, na Abracomp, pelos telefones (011) 231-5849 e 231-5852, e no Rio, com Marcio Ehrlich, na Dinâmica, pelo telefone (021) 552-4141.
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Chris Colombo toma o caminho de Sampa
Remando no sentido contrário da corrente, a agência carioca Chris Colombo está inaugurando até o final deste mês de setembro um escritório em São Paulo, que lhe permitirá atender com mais tranquilidade os 4 clientes que a agência mantém no mercado paulista: a Unimed, a locadora de veículos Fleet-Car, o Banco Operador e o Hotel Deville, de Guarulhos.
A filial paulista da Chris Colombo já está sendo montada no bairro do Itaim, sob o comando de José Humberto Affonseca. A previsão de faturamento do escritório, segundo o diretor da agência, Cyd Alvarez, é de US$ 2 milhões para os próximos 12 meses.
Quando inaugurar, a Chris-SP terá 6 funcionários, das áreas de atendimento e administração. A criação continuará sendo feita no Rio, ainda que a produção possa se mudar logo nos primeiros meses para São Paulo, ressalvou Cyd Alvarez.
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• PRA NÃO SOBRAR INSETO - A Reckitt & Colman está investindo US$ 3 milhões para os lançamentos e reposicionamento de sua linha atual de inseticidas, que inclui desde os tradicionais Rodox, Detefon e Repelex até os novos Rodasol. O diretor de marketing da empresa, Andy Heygate, quer aumentar a liderança da empresa neste segmento aerossol, onde já detém 31,4%, segundo a Nielsen. Além disso, ele pretende incrementar a sua participação na linha de inseticidas menos tóxicos (faixa azul), que já representam 55% do mercado nacional de inseticidas aerossóis. Os comerciais de lançamento de Rodasol foram criados pela Detroit, agência do grupo Talent.
• TRÊS AGÊNCIAS PARA UM CLIENTE - A Ceval reuniu na nova campanha da marca Seara o trabalho de suas 3 agências. A Giovanni fez a criação da campanha, com o tema "Seara, a sua lanchonete em casa". A Young & Rubicam foi a responsável pela nova assinatura eletrônica da empresa. E a Leo Burnett está assinando a parte promocional de apoio, que dará prêmios a quem adquirir produtos Seara nos supermercados da região Sul e Sudeste envolvidos com o trabalho. A verba total investida deverá chegar a US$ 1 milhão.
• SEXAGENÁRIO PROCURA ADOLESCENTES - O achocolatado Toddy está fazendo 60 anos agora em 1993, e a Quaker, que adquiriu a marca em 1981, está com uma nova campanha no ar para modernizar o produto. Toddy deixa de ser o "sabor que alimenta" para se tornar mais jovem e agressivo com o "sabor de quem agita de verdade". Os investimentos chegarão a US$ 3,5 milhões em promoção e na campanha criada pela McCann Erickson, segundo informações de Eliana Gotilla, gerente de merca da Quaker Alimentos.
• MICKEY ENTRA NO COUNTRY - A Hering aproveitou a 38ª Festa do Peão de Boiadeiro, realizada no final de agosto, para lançar uma nova linha de camisetas com o mais conhecido personagem de Disney, o camundongo Mickey. Na nova linha, ele surge como cowboy em cinco opções de estampa sobre fundos preto, branco e cru. A Hering espera que, aproveitando o embalo do country no Brasil, a nova linha Mickey Country venda pelo menos 200 mil peças.
CARTAS - As correspondências para esta coluna devem ser enviadas para a Rua Visconde Silva, 156 cob. 701, CEP 22271-090, até 4ª feira.
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