Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
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Publicidade de César Maia pode ser suspensa a qualquer momento

A Prefeitura do Rio de Janeiro está na iminência de ficar sem poder veicular qualquer material publicitário, colocando em risco inclusive uma campanha prevista para este segundo semestre, na qual os aposentados cariocas seriam convocados a se cadastrarem nas Regiões Administrativas para se beneficiarem a isenção do IPTU no próximo ano.
O alerta é da coordenadora de publicidade do Município, Leila Castanheira, que está, desde a posse de César Maia (em janeiro deste ano), tentando publicar o Edital de Licitação para a escolha das novas agências para o atendimento à Prefeitura e viu seu projeto ser mais uma vez adiado com a promulgação da Lei Federal nº 8666, em 21 de junho último, que modificou totalmente a metodologia de relação entre os governos e as agências de publicidade.
Segundo Leila Castanheira, a Prefeitura do Rio está numa situação limite: a verba empenhada de comunicação no início do ano está se encerrando. Para obter nova verba, a Prefeitura precisaria dedicá-las a trabalhos publicitários definidos objetivamente e orçados pelas agências de propaganda a serviço do Município. No entanto, a Prefeitura não pode utilizar novas agências de propaganda para lhes pedir orçamento sem a realização de uma Licitação de pré-qualificação, conforme a legislação agora em vigor.
O incômodo maior da nova lei é que ela acabou jogando por terra a minuta do Edital de Licitação que já estava nas mãos da Procuradoria do Município para avaliação. Esta minuta havia sido preparada ainda no tempo em que Ney Cantinho estava à frente da comunicação de César Maia, e havia sido aprovada, com sugestões, pela classe publicitária.
Agora, Leila está aguardando da Procuradoria uma nova minuta de Edital, a qual pretende mais uma vez submeter às sugestões das lideranças publicitárias cariocas. Na última semana, o presidente do Capítulo carioca da Associação Brasileira de Agências de Propaganda-ABAP, Armando Strozenberg, e o presidente da Associação Brasileira de Propaganda-ABP, Jairo Carneiro, receberam uma correspondência de Leila Castanheira solicitando sugestões de "compatibilização entre os novos métodos licitatórios e a Lei da Propaganda nº 4680".
A ABAP nacional, diz Strozenberg, já estava estudando o assunto e, na próxima semana, deverá enviar seu parecer ao Rio, para que o capítulo carioca responda à solicitação da Prefeitura.

Campanha da Nota Fiscal sofre atraso no Rio

A campanha "Sua notinha vale um notão", do Governo do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de diminuir a sonegação do ICMS, não deverá mais ser lançada nos primeiros dias de agosto, conforme chegou a ser anunciado pela imprensa. O motivo é a indecisão, por parte do Governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, sobre a data e a forma do lançamento. O mais provável é que o próprio Brizola seja a estrela desta fase inicial.
Enquanto isso não for decidido, a agência Ferrari não pode definir qual a produtora que fará os filmes ou qual o ator. Nem mesmo reservar espaço na mídia, fato que mais preocupa o diretor de Atendimento da agência, Ângelo Ferrari Júnior. Com uma verba prevista de US$ 5 milhões, a campanha deverá ser veiculada durante seis meses ininterruptos nos principais jornais, rádios e TVs do Estado do Rio. "Minha preocupação é não conseguir espaço de última hora na TV Globo, por exemplo, sendo obrigado a atrasar ainda mais o lançamento", diz ele.
Estão programados teasers de 30 segundos, um filme de 60 segundos e um terceiro de dois minutos para acompanhar os sorteios, no último domingo de cada mês. Os comerciais pretendem passar, com cenas bem humoradas do cotidiano das pessoas, que é preciso pedir sempre (e dar, no caso dos comerciantes) a nota fiscal dos produtos. "O cidadão não deve ter vergonha de pedir a nota, mas, se tiver, deve exigi-la mesmo assim", afirma Ferrari Júnior.
Na campanha "Sua notinha vale um notão" - uma reedição da campanha "Seus talões valem milhões", que fez sucesso nas décadas de 60 e 70 - os consumidores devem juntar o valor mínimo de Cr$ 1 milhão em notas fiscais, envelopar e enviar para uma caixa postal (ainda a ser definida) para concorrer aos sorteios mensais.
As cartas concorrerão apenas a um sorteio, sendo necessário enviar mais notas fiscais, caso o cidadão queira participar do sorteio seguinte. A princípio, o prêmio (corrigido mensalmente) será uma Caderneta de Poupança Banerj no valor equivalente hoje a Cr$ 1 bilhão.
"Essa campanha coloca em pé de igualdade consumidores das classes média, alta e baixa, já que independe, para efeito de sorteio, o fato de uma nota ter o valor de Cr$ 1 milhão e outra de Cr$ 30 milhões, pois elas terão o mesmo peso", explica o publicitário. O filme de dois minutos com o nome do sorteado irá ao ar 72 horas depois de cada sorteio, para que os fiscais da Secretaria de Economia e Finanças do Estado tenham tempo para checar a lisura das informações contidas nas notas enviadas pelo consumidor vencedor. (Rosana Marcis)

Bola em campanha anti Aids leva publicitários à cadeia

Foi na Itália. Este colunista tomou conhecimento da história há um mês, enquanto estava em Cannes, mas voltando agora ao Brasil e botando em dia minha leitura dos jornais cariocas, descobri que a história mal chegou aqui.
Aconteceu que, no final de junho, chegou ao mundo publicitário à operação Mani Pulite ("Mãos Limpas"), que os mais ·antigos magistrados italianos desencadearam para acabar com a corrupção no país.
Quatro publicitários foram presos em Milão e Nápoles, acusados de terem dado "bola" ao ex-ministro da Saúde, Francesco de Lorenzo, para ganharem a conta da campanha anti Aids do biênio 1990-91. Foram eles, o ex-administrador da Young & Rubicam italiana, Alessandro Incecchi, o diretor da Fot Mac Publicis, Fausto Gianotti, e dois diretores da Armando Testa, nada menos que a principal agência da Itália: Enzo Giacopinelli e Eugenio Bona.
Para complicar, a polícia italiana localizou membros do Partido Liberal, que teriam intermediado a retribuição, por parte das agências envolvidas, de 2,5% de sua comissão, para o ex-ministro, como "agradecimento" por terem conseguido um lugar no pool que assinou a campanha. Estes políticos também estão presos.
Na próxima coluna tentarei dar mais noticias sobre o assunto.

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• O PETRÓLEO É NOSSO - É o que gostariam de dizer as agências Artplan, Caio, Contemporânea, Denison-Rio, Denison-São Paulo, DPZ, Enio, FCB, Giovanni, Pubblicità, Salles, VS e Zapt, as 13 que esta semana se apresentaram nas concorrências abertas pela Petrobrás e pela BR Distribuidora (e nesta também a Almap/BBDO). Na próxima quarta-feira, a Petrobrás divulgará o resultado desta primeira fase de apresentação de documentos, convocando as agências remanescentes para a abertura do segundo envelope, com as propostas de trabalhos.
Hoje, nos jornais, a Petrobrás lança o seu Diesel aditivado. Os anúncios, de página inteira, foram criados internamente, segundo a área de comunicação da empresa, já que eles estão sem agência de propaganda.
Enquanto isso, a Atlantic, com a W/Brasil, investe US$ 1,5 milhão no produto concorrente, a partir de 2ª feira, usando revistas, outdoors, jornais e televisão...
• ABP FESTEJA O JAIRO - Dia 10 de agosto, terça-feira, a ABP recebe convidados no Hippo, para comemorar a eleição de sua nova diretoria, encabeçada por Jairo Carneiro.
• VOTOS PARA MARIA HELENA - A candidata à reeleição no Sindicato dos Publicitários do Rio, Maria Helena Fuzér, só precisa de mais 80 votos para alcançar o mínimo exigido pela lei para evitar um segundo turno, mesmo sendo ela candidata única. O problema é que publicitário não é chegado a sair de casa para votar em suas entidades. Mas como o Sindicato pode autorizar urnas volantes, quem quiser dar força à Maria Helena pode ligar para o Sindicato, nos telefones 262-8481 e 220-0106.
• CARTAS - As correspondências para esta coluna devem ser enviadas até 4ª feira para Rua Visconde Silva, 156 cob. 701, CEP 22271-090, Rio de Janeiro -RJ. O telefone é (021) 552-4141.