Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 07/FEV/1993
Marcio Ehrlich

 

Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Petroninho deixa MPM:Lintas mais Lintas e menos MPM

Havia mesmo fogo sob a fumaça que há mais de um mês se espalhava no mercado publicitário sobre a saída de Petrônio Corrêa Filho da MPM:Lintas, agência fundada como MPM por seu pai junto com Luís Macedo e Antônio Mafuz e vendida há dois anos para o grupo internacional Lintas Worldwide.
A notícia já era esperada desde que se soube da determinação da Lintas em afastar Petroninho ­ como ele é conhecido - do dia-a-dia da agência no Brasil, onde atuava como vice-presidente executivo e diretor nacional de operações, em troca da presidência de um escritório da Lintas na Espanha. Petrônio Filho tinha seis meses para comunicar a sua decisão ao grupo, mas antecipou-a ao voltar esta semana de 35 dias de férias em Miami.
Esta quinta-feira, o presidente da MPM:Lintas, Ivan Pinto, distribuiu um comunicado a clientes e imprensa informando da decisão de Petroninho de se desligar da empresa. No comunicado, Ivan Pinto lamentou a decisão apesar de "não se sentir surpreendido". Disse ele: "aos 36 anos, cheio de energia e disposição, realizador, e com 'sangue empresarial' nas veias, tornar-se dono do seu próprio nariz no plano profissional é uma opção natural e irresistível". Um texto que não deixa de ser curioso quando sabemos que, há relativamente pouco tempo, Petrônio Filho era o herdeiro real de uma agência que foi a maior do país por 18 anos.
Junto com o comunicado de Ivan Pinto, a agência distribuiu uma carta de duas laudas de Petroninho explicando a atitude. Também nela não fica clara a razão porque tanto vigor e disposição não puderam ser potencializadas dentro da nova MPM com perfil multinacional.
Incompatibilidade de ritmos, talvez. É enormemente diferente ser o poderoso dono de uma empresa e ser uma pequena parte em uma tradicional estrutura internacional. O que seguramente explica o trecho de sua carta no qual fala que "deixei de lado a estabilidade profissional e optei pela ousadia, por jogar no ataque".
Petrônio conta em sua carta ter sentido que, "um ano após a fusão, depois de ter ajudado a implantar com muito entusiasmo e determinação a nova agência, estava chegando o momento de novos desafios". Ele deixou transparecer, porém, que a nova estrutura da agência tirou o sentido da sigla presente em seu nome. Ao confessar inclusive que já achava que estava na hora de desvincular seu nome da MPM, ele confirma que o "P" era mais uma referenda histórica do que qualquer compromisso com seu sobrenome "Petrônio".
É claro que Petroninho não está na rua da amargura. A venda da agenda e a processo de seu afastamento da direção da empresa deixaram-no capitalizado o suficiente para começar qualquer negócio na área de publicidade, de onde ele garante que não tem predisposição para se afastar.
Mas é pouco provável que ele se mantenha exclusivamente com a empresa que comunicou estar abrindo: a "Media News", que tem como atividade o desenvolvimento de produtos ligados à mídia e com operações nos Estados Unidos e no Brasil. Os dois primeiros produtos da empresa já estão em atividade: a venda de assinaturas de revistas e jornais brasileiros nos Estados Unidos e a comercialização de um guia de compras e serviços chamado Vitrine da Florida, já em terceira edição, encartado na revista Veja.

Denison-Rio corre atrás do mercado latino

A Denison-Rio decidiu investir no Mercosul. Esta semana, ela oficializou um acordo com outras quatro agências médias latinoamericanas para criar o lntergrupo Mercolatino, que vai oferecer às empresas do Cone Sul assessoria mercadológica integrada para todas as praças em que elas pretendam entrar.
Por enquanto, está coberta, além do Brasil, a Argentina (com o Carunchio Comunicación), o Chile (com a Opus Cristi Mora), o Paraguai (com a C. C. Publicidad) e o Uruguai (com a C. Lagandera & Associados), O presidente do Intergrupo é o uruguaio Carlos Lagandera.
Em maio, o diretor da Denison-Rio e representante brasileiro do Intergrupo Mercolatino, Celso Japiassú, recepciona seus companheiros no Rio, em uma reunião na qual já poderá ser anunciada a adesão de agências de outros países latino-americanos.

Só em março sairá à licitação do Rio

O Prefeito Cesar Maia adiou para março a publicação do edital de licitação para as novas agências de propaganda que atenderão a Prefeitura do Rio.
Ao que parece, César Maia não está nem um pouco preocupado com o assunto, numa atitude diferente da usual dos políticos brasileiros, que mal assumem o cargo buscam colocar ao seu lado as agências de sua preferência.
Na coordenação de publicidade da prefeitura, a informação é que o contrato com as agências que atendiam a Marcello Alencar foi prorrogado até março. E até lá não vai se mudar nada.

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• NEGÓCIOS DO RIO - O presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Paulo Manoel Protásio, está convidando para o lançamento da publicação "Rio Negócios e Empresas", que a entidade fará no próximo dia 10 de fevereiro, às 17 horas, na sua sede da Rua da Candelária, 9/12º andar. O "Rio Negócios" é editado pela Lastro-Guias, em convênio com a Associação Comercial.
• UNITÁ DÁ SEU PLÁ - A agência Unità teve o seu contrato renovado com a rede de fotografia De Plá. Este ano, a empresa vai investir cerca de US$ 500 mil em comunicação de marketing. A primeira campanha é para o lançamento da ampliação em 45 minutos de fotos no formato de 15 x 20 cm.
• ELES CORREM NA BR-3 – A agência BR-3 conseguiu em 24 horas pegar um cliente e veicular o seu primeiro anúncio. A proeza foi conseguida com a Maison D’Elas, que foi apresentada ao cliente na sexta-feira e sábado já veiculava nos jornais os anúncios de sua liquidação: “A vida começa aos 40”, e “Como chegar aos 40 sem perder a pose”. Bons títulos, aliás.
• ADIÓS, SIBONEY – Ao som de um bolero, a FCB Siboney despediu-se de seu nome latino na última semana para se assumir publicamente a versão multinacional de Foote, Cone & Belding. O Objetivo é aproveitar a marca internacional na prospecção de clientes no Brasil, deixando o nome Siboney apenas na razão social. Em relação ao Rio, a agência acabou de passar por uma enxugada. Aqui, ela funciona dentro da Contemporânea, como parte de um acordo operacional que garante a presença desta agência em São Paulo. Agora, só ficou na área técnica da FCB-Rio seu diretor, Carlito Cubas, filho de Gustavo Cubas, fundador da Siboney e presidente da atual Foote, Cone & Belding.
• MULHERES FALAM DOS HOMENS – A Memória da Propaganda já tem confirmados três nomes de mulheres publicitárias que participarão, no próximo dia 11, às 20 horas, do debate sobre o Homem Objeto na propaganda. São elas Maria Alice Langoni, diretora da Grottera; Maria Célia Salgado, diretora da Tática; e Lúcia Leme, apresentadora do Sem Censura. Quem quiser mais informações pode falar com outra mulher, Áurea Helena, na Memória, pelo telefone (021) 511-2979.
• HÁ VAGAS PARA LEITORES – O jornal O Dia aproveitou o fato de ser o carioca que publica o maior número de anúncios de empregos aos domingos para lançar um novo Caderno de Empregos. Em formato tabloide, com capa e contra capa a cores, o Caderno é editado pela Editora de Economia e traz matérias sobre Cargos e Salários, Direitos do Trabalhador, dicas de como preparar currículos etc. Segundo o jornal, em 1992 foram publicados 89.542 anúncios de empregos em seus classificados, contra 47.079 no jornal O Globo e 6.941 no Jornal do Brasil.
• CARTAS – As correspondências para a Janela devem ser enviadas até 4ª feira para a Rua Visconde Silva, 150 cob. 701, CEP 22271-040, Rio de Janeiro, RJ. O telefone, em horário comercial, é (021) 552-4141.