Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.
Mercado de criação se ajustou no Rio
Esta última semana conseguiu reduzir o nível de ansiedade dos publicitários cariocas.
Finalmente foram preenchidos os cargos abertos mais visados da área de criação. E outras mudanças também acabaram acontecendo. Vejam só:
GIOVANNI
Nesta agência, Álvaro Gabriel - que havia sido sondado como redator - acabou assumindo a direção de criação deixada semana passada por Vicente Nolasco. Álvaro leva a experiência de ter sido diretor de criação da SGB, da MPM e da Salles.
E a responsabilidade de transformar a Giovanni na mais criativa agência de propaganda do Rio de Janeiro de acordo com a expectativa do seu presidente, Paulo Giovanni.
SALLES
Aqui, a vaga de redator para fazer dupla com Delano D'Ávila está em princípio ocupada por Aldyr Nunes, veterano profissional que há duas semanas deixou a Denison-Rio após mais de 20 anos na agência. "Em princípio" porque Aldyr e a Salles assinaram um contrato de experiência por 30 dias. Um sistema novo na criação carioca. Se, passado este prazo, ambas as partes tiverem se entendido, a contratação é efetivada.
A Salles ainda deve levar mais gente pra lá. Também há o lugar do redator Felipe Rodrigues (que semana passada publicamos como "Fernando"), e que hoje é diretor de criação da Chris Colombo.
Ainda mais que a agência está recuperando os clientes - inclusive os cariocas - cuja criação havia sido deslocada para São Paulo. Euler Matheus, vice-presidente da agência, conta que passa para o Rio toda a criação da Caixa Econômica Federal. E voltam para cá as próximas campanhas do Bob's.
THOMPSON
O novo diretor de criação, Pedro Feyer, já tem sua dupla. Acabou de entrar na agência o diretor de arte Carlos Garcia, o único criador da Provarejo que foi para a Young & Rubicam junto com a conta da Mesbla.
A Thompson-Rio também vê o futuro com bons olhos. José Blanco, seu gerente geral, está preparando a agência para a absorção total- finalmente confirmada para a-partir de janeiro - de todas as operações da CBBA, que desaparecerá de vez do Rio.
E TEM MAIS
Na Unità, entrou o diretor de arte Eduardo Cruz, ex Provarejo, fazendo dupla com Octavio Moreira Lima. Ele entra no lugar de Ana Beatriz Tognozzi, que saiu da Unità e entrou na CPF, agência de Silvio Lachtermacher. A CPF, aliás, prometeu para hoje uma inovação em aproveitamento da mídia jornal. No JB, um de seus anúncios brinca com a data do jornal no alto da página para lembrar-se da Sexta feira, 13. Vamos conferir.
E na Ronson de Paulo Rolf entra uma dupla nova. O redator Fábio Barreto e o diretor de arte Felipe Venâncio, ambos saídos da Década. Que está procurando gente nova.
Young-Rio fica com a conta da Du Loren
A Young & Rubicam conquista a primeira conta do Rio de Janeiro depois de se instalar neste mercado para atender a Mesbla, ganha ainda pela equipe paulista.
A fábrica de lingeries Du Loren decidiu pela Young na concorrência que veio realizando nas últimas semanas com a participação também da MPM/Lintas, Denison, DPZ e Fischer & Justus.
A diretora de atendimento da conta será Andrea Gesser, ex-gerente de marketing do McDonald's e funcionaria de primeira hora da Young-Rio.
A Du Loren deve investir em 1993 US$ 1,5 milhão. Com a conquista, a Young-Rio incorporou um hábito da matriz. O brinde de comemoração dos funcionários foi feito com champanhe e a presença de toda a equipe liderada por Paulo Novis.
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• COM SEDE AO POTE - A Coca-Cola está lançando em Curitiba um copo de 700 ml para ser utilizado em Post-Mix, num investimento que absorvera US$ 500 mil em publicidade e material promocional. Atualmente a Coca tem 88% do mercado de Post-Mix do Brasil, num volume de 260 milhões de litros. O novo copo de 700 ml teve desenhos criados pela Chris Colombo e em breve estarão em 60% do mercado brasileiro. Com ele, a Coca-Cola espera um incremento de venda de 10% em Post-Mix.
• NÚMERO 1. LITERALMENTE - A Brahma será a grande vedete do carnaval carioca. A empresa, através da Fischer & Justus, vai fechar sozinha todas as 4 cotas de patrocínio da transmissão da Globo. Que, aliás, também terá a exclusividade na cobertura do desfile das grandes escolas. A Brahma está com a corda toda. E também renovou com a Globo a sua cota de patrocínio da próxima temporada de Fórmula I. Mesmo com a perspectiva de que o campeonato, sem Senna nem Mansell, esfrie os ânimos dos brasileiros. Até agora, no grupo de patrocinadores da Fórmula I a novidade é a entrada da Perdigão. Mas ainda há duas cotas para serem fechadas na próxima semana.
• MAIS UM NO TREM CAIPIRA - O Bob's está investindo US$ 400 mil em mídia nacional nas próximas 4 semanas e US$ 50 mil em material de merchandising para o lançamento do Frango Caipira, o Hamburger de frango grelhado com o qual a empresa espera recuperar a queda de 20% (em dólar) em seus resultados deste ano. A campanha foi criada pela Salles-São Paulo e tem como carro chefe um comercial de 15 segundos.
• COMA E RESPONDA RÁPIDO - Qual o tamanho do mercado de fast-food no Brasil? Este dado ninguém tem, mesmo com a importância do setor na alimentação dos moradores das grandes cidades. Arnaldo Bisoni, presidente do Bob's diz que já solicitou à Leda-Nielsen que ela pensasse numa maneira de dimensionar o mercado. De qualquer modo ele adianta a sua parcela: em 1991, o Bob's faturou US$ 90 milhões. Se o Frango Caipira ajudar, este ano o resultado será o mesmo.
• OLHA QUEM ESTÁ FALANDO - Muito boa a solução que a Denison-Rio conseguiu para fazer uma campanha de testemunhais para um computador da IBM. Os anúncios começaram a sair esta semana na imprensa. Em vez de botar as pessoas para falar, a criação da agência transformou os produtos em personagens, assumindo o humor com a linha das piadas "Sabe o que pneu falou para o S-400?", "Sabe o que o frasco de óleo falou...," etc. A direção de arte de Fernando Barcellos deu a maior nobreza para a aridez do computador e ainda foi valorizada pelas fotos do Ayrton Camargo. Mas o grande destaque está nos textos, primorosos, de Marcos Apóstolo, o redator mais premiado do último Colunistas-Rio.
CARTAS
DE CESAR BLOTTA, PRESIDENTE DA METRÓPOLIS.
"Queira, em primeiro lugar, receber os meus agradecimentos pelas medalhas que a Metrópolis conquistou no Prêmio Promoção Brasil. Agradecimento extensível, é claro, a todos os demais jurados.
No entanto, gostaria de fazer uma pequena observação quanto à sua matéria no Monitor Mercantil: pelas minhas contas, o número de prêmios recebidos pela Metrópolis a equipara à VS Escala e à Chris Colombo, com 10 pontos. Talvez o equívoco tenha sido causado pelo fato da Olivetti ser uma empresa paulista, mas a Metrópolis é 100% carioca.
Esta observação se dá simplesmente para fazer justiça a toda uma equipe de profissionais envolvidos nos trabalhos premiados.
Na certeza da consideração do amigo,
Abraços.
César Blotta." |
N.R.: A Metrópolis realmente somou 10 pontos no Prêmio Promoção Brasil. A diferença é que a ordenação do ranking é feita também pelo número de medalhas de ouro, prata e bronze, decrescentemente. A Metrópolis teve 10 pontos por 1 medalha de Prata e 2 de Bronze. Ambas VS e Chris Colombo tiveram 1 Ouro e 1 Prata cada uma. Menos medalhas, mas de mais peso.
Aliás, o que os leitores acham mais justo para o desempate: número de medalhas ou o peso delas?
DE CHRISTINA CARVALHO PINTO, PRESIDENTE DA YOUNG & RUBICAM.
"Caro Marcio,
Nós, da Young & Rubicam, queremos agradecer imensamente o Grand Prix com que vocês jornalistas nos prestigiaram pelo comercial "Sinos" - criado para nosso cliente -, no 14º Festival do Filme Publicitário da ABP.
Esse prêmio representa para nós, antes de tudo, o reconhecimento da nossa premissa básica de trabalho: o respeito ao anunciante e ao consumidor.
Sendo a Imprensa uma das maiores guardiãs desse valor, no momento em que ela nos honra com esse Grand Prix, sentimos que estamos no caminho certo e devemos aprimorá-lo cada vez mais. Com a ajuda de vocês, sempre.
Obrigada e um grande abraço.
Christina Carvalho Pinto" |
DE ROBERTO BAHIENSE, VICE-PRESIDENTE DA PUBBLICITÀ & ESQUIRE.
"Prezado Marcio,
A nota sobre a concorrência do Banco Porto Real não é correta. Primeiro: trata-se de verba de US$ 150 mil para os primeiros 14 meses, conforme nos foi informado pelo Luiz Eduardo Monteiro. Segundo: não participamos da concorrência.
Abraço forte.
Roberto Bahiense" |
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