Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
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Esso investe para mudar imagem e volta ao tigre

Em plena Eco 92, a Esso também vai soltar o seu bicho para tentar morder mais um naco do mercado brasileiro e dar uma virada na imagem que tem junto ao consumidor.
Através de sua agência J .Walter Thompson e da produtora Blow-Up, a Esso está trazendo para o Brasil, chegando já esta segunda-feira, o americano Jordan Cronenwelth, diretor de fotografia que traz no currículo filmes da grandeza de um Blade Runner (com Ridley Scott) ou de uma Peggy Sue (com Francis Ford Coppola).
Cronenwelth vem especialmente com a missão de dirigir os comerciais com que a Esso se apresentará aos brasileiros em 1992, ano em que, pela primeira vez nos últimos tempos, ela se viu afastada do patrocínio da transmissão da Fórmula I pela Rede Globo de Televisão.
Nestes comerciais - parte de uma campanha que também terá anúncios de revista, material de ponto de venda e outdoors - o tigre é o personagem principal, em cenas de suspense que espera­se venham a ser valorizadas pelo olho de Cronenwelth.
A expectativa da Thompson é enorme. Principalmente porque, desta vez, a concepção da campanha é assinada em conjunto por Bá Assumpção, da Thompson-São Paulo, e Gustavo Bastos, da Thompson-Rio. Cada um deles inclusive fez um dos filmes da campanha. O terceiro é do redator carioca João Bosco que, aliás, junto com o diretor de arte Ernani Gouvêa assina o material impresso.
As filmagens começam no próximo sábado e durarão pelo menos seis dias em externas entre Rio de Janeiro e Búzios. Depois, o material será levado para finalização em Nova York, a tempo de iniciar a veiculação nacional em torno de 10 de junho.
A verba da campanha está sendo mantida em total sigilo. Na verdade, esta sexta-feira é que o plano de mídia será aprovado por Boyce Albernath, diretor de marketing da empresa. Não deve ser pouca coisa. Ano passado, a Esso investiu US$ 12 milhões em comunicação, sendo US$ 7 milhões só na Fórmula I. Essa parcela, é claro, dá para pagar o cachê de ainda muito tigre durante este ano.
Nas filmagens, Jordan Cronenwelth terá o apoio de outros dois diretores brasileiros, da equipe da Blow-Up. A direção de câmera ficará com Franklin Pereira e a direção de cena com Fernando Janequine, da Blow-Up paulista, e responsável por pelo menos uma dúzia de comerciais da produtora para o mercado externo.

Brahma escolhe agências na próxima semana

Até o final da próxima semana a Brahma terá escolhido as 5 agências que participarão de sua concorrência para a conta dos refrigerantes da empresa.
Magim Rodrigues Júnior, diretor de marketing da Brahma, informou à Janela que nas últimas semanas apenas ouviu apresentações de cerca de 15 agências cariocas e paulistas (entre as convidadas e as que conseguiram se incluir no grupo), para conhecer trabalhos feitos para outros clientes e suas filosofias de atuação.
O critério primordial para a seleção das que efetivamente concorrerão à conta será a afinidade que a equipe do marketing da Brahma tenha sentido em relação à equipe de cada agência. Magim garante que não levará em consideração se são do Rio ou de São Paulo, "porque não está interessado em estimular discussões bairristas"'.
A única agência com presença garantida no grupo é a Denison-Rio, que cuida atualmente dos refrigerantes Brahma. Por outro lado, a Fischer, Justus, que atende às cervejas da Brahma, é a única agência com ausência garantida. Apesar dos veementes protestos do Eduardo Fischer, conta Magim.
Após a oficialização das 5 concorrentes, elas terão em torno de 15 dias para apresentar seus pensamentos - que obviamente todas as 15 esperançosas já estão desenvolvendo desde agora - sobre o mercado brasileiro de refrigerantes.
Aliás, as agências devem se lembrar que a Brahma quer realmente novas ideias. Ela não quer mudar pouco. Tanto que, quando a tal agência for, finalmente, a escolhida, já começara inclusive a trabalhar com todo o novo visual que a Brahma está desenvolvendo para os produtos desta linha.

Arteplus racha e surge uma nova agência no Rio

Há um ano e meio, o estúdio gráfico Arteplus absorveu novos sócios e tomou-se uma agência de comunicação. Ela cresceu no mercado e chegou a ter um contrato de representação no Rio da agência mineira JMM.
Há cerca de um mês, porém, saído de um enfarte, seu sócio inicial, Verly Costa Sobrinho, decidiu deixar o negócio e ofereceu a agência os outros parceiros. Eles não toparam, deixaram a Arteplus e agora Verly voltou atrás de sua decisão, disposto a continuar investindo no mercado publicitário e correr atrás de novos clientes.
Os outros sócios eram Pedro Nonato e Rosana Braga, que levaram suas contas - 65 % da Arteplus - e grande parte dos funcionários para a Década, uma agência que abriram tendo como sócio o grupo empresarial que também controla a Flex-A Carioca, um cliente antigo da dupla. A Década, inclusive, funciona no 2º andar do prédio da Flex-A, na Rua Senador Alencar, 100.
Na verdade, os dois ex-sócios da Arteplus se associaram à Eube Comunicação Ltda., uma agência de propaganda pertencente ao grupo mas que estava praticamente desativada. "Não é house da Flex-A", enfatiza com veemência Nonato, enquanto compara sua situação com a DM-9, que tem como acionista o grupo empresarial Icatu.
Na Década, Pedro Nonato fica como diretor de atendimento e Rosana Braga como diretora de planejamento. Sônia Tavares é a diretora de mídia e Luís Souto, supervisor de criação.
A surpresa para muita gente, aliás, é a presença, na Década, de Nélson Sirotsky como diretor de desenvolvimento. Esta semana a coluna recebeu inclusive telefonemas de profissionais do mercado carioca pedindo que levantássemos como Nélson podia ser diretor de uma nova agência se, como ex-diretor da falida Versatta, ainda estava às voltas com diversos débitos trabalhistas e com fornecedores.
O esclarecimento veio do próprio Pedro Nonato. Na Década, Nélson Sirotsky é funcionário. Ele não faz parte da composição acionaria da agência. Apenas participará, como "associado", dos negócios que gerar.

Clube de Criação confirma eleição

Ficou definitivamente para o dia 27 de Maio, 4ª feira, a eleição para a nova diretoria do Clube de Criação do Rio de Janeiro, que tem como chapa única a encabeçada por Álvaro Gabriel, o diretor de criação da Salles-Rio.
A reunião acontecerá no Centro Cândido Mendes, em Ipanema, a partir das 19 horas. Depois, os criadores cariocas irão comemorar a nova fase do Clube no novo "point" escolhido pelos candidatos para a reunião semanal da classe: o bar Mistura Fina, reaberto este mês na beira da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Com a mudança, vale lembrar, o dia semanal do encontro volta para a 4ª feira dos tempos do Zanty, um dia muito mais com cara de bar do que a terça-feira do Banana Café.
Apesar de que, para beber, ver gente bonita e falar abobrinha, no Rio de Janeiro, qualquer dia é dia.

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BOSCO SE MUDA
Mal acaba de fazer a campanha da Esso, o redator João Bosco muda de agência. Ele aceitou o convite de Mauro Matos para engrossar a criação da Contemporânea. Um bom criador, numa agência criativa. A Janela aguarda curiosa.
TORRES SUSHI-MAN
O restaurante de cozinha japonesa Tohkai, que fica dentro do Hotel Sheraton, é a nova conta da Publinews. E foi conquistada pelo próprio diretor de criação da agência, o escritor Antônio Torres.
As veiculações começam-esta semana.
CARTAS
As correspondências para a coluna devem ser enviadas até 4ª feira para a Rua Visconde Silva, 156 Cob.701, CEP 22271, Rio de Janeiro, RJ. O telefone, no horário comercial, é (021) 552-4141.