Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
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Prêmio Colunistas começa seus julgamentos regionais
Com o julgamento dos Prêmios Colunistas Centro-Leste e Brasília, nos dois últimos fins-de-semana, começou a corrida nacional para se conhecer os melhores da propaganda brasileira de 1991.
Logo após o Carnaval, serão realizados os julgamentos das Regionais Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Norte-Nordeste, São Paulo e Rio de Janeiro, selecionando os melhores de cada mercado e aqueles que - por terem conquistado Medalhas de Ouro nas Regionais - concorrerão em abril ao XXV Prêmio Colunistas Nacional.
No XVI Prêmio Colunistas Centro-Leste, julgado em Belo Horizonte, a grande vencedora foi a Setembro Propaganda, responsável por três Grandes Prêmios: Comercial do Ano, Outdoor do Ano e Campanha do Ano, além do Melhor Conjunto de Peças Eletrônicas e do titulo de Agência do Ano daquele mercado.
No Comercial do Ano, aliás, houve presença de um carioca. O filme "Motorista de Táxi", da Raspadinha Corrida da Sorte da Caixa Econômica Federal, criado por Artur Eduardo e Cacate Almeida, e produzido pela Preview em Belo Horizonte, teve como diretor o também ator Paulo José.
O Júri do Colunistas Centro-Leste foi presidido por este redator e teve ainda a participação de Adonis Alonso (Folha da Tarde e Revista Propaganda), Edison Zenóbio (Estado de Minas) e Marcia Brito (Folha da Tarde).
Foram premiados ainda, como Publicitário do Ano, Hamilton Inácio Carneiro, da agência goiana Stylus; como Profissional de Propaganda do Ano; Antônio Helmut Gondim, criador da agência mineira L&F; e como Veiculo do Ano os Suplementos Regionais do Estado de Minas, que permitiram ao jornal aumentar sensivelmente a sua tiragem no interior do estado.
NO PLANALTO
O VIII Prêmio Colunistas Brasília foi disputado palmoa-palmo por duas gigantes: a MPM, maior agência do Brasil, e a Ratto Propaganda, atual líder do mercado candango.
Acabou dando Ratto no resultado final: 20 prêmios contra 19 da MPM, numa performance tão surpreendente que lhe garantiu o titulo de Agência do Ano de Brasília.
Na área de Grandes Prêmios de Trabalhos, porém, a divisão foi total. A Ratto levou o Anúncio do Ano, assinado por ela própria e criado por seu diretor Ratão e mais Beto Cordeiro e Eduardo Bonfim para o Dia da Criança, com a foto de um menor de rua tendo uma tarja preta sobre os olhos e o titulo: "E tudo que ele queria era uma máscara do Jaspion".
O Comercial do Ano foi a série "Azul", criada pela Propeg Brasília para a Caixa Econômica Federal. O segundo Comercial do Ano deste anunciante já no Colunistas 92!! A criação foi de Ricardo Amado, João Carlos Mosterio e Tarcísio Dantas.
Os outros dois Grandes Prêmios de Brasília tiveram o dedo do Rio. O Outdoor do Ano foi "Topless na Areia", da MPM para a campanha de verão do Parkshopping. O diretor de criação foi Fabinho Siqueira e a dupla Arnaldo Rozencwaig e Bob Gueiros.
E a Campanha do Ano, "Verão-Ouro", do Banco do Brasil, foi para a Giovanni Comunicações, criada por Valois Correa e Vicente Nolasco, a campanha teve seus filmes - que ainda estão no ar - produzidos pela Zohar e Globograph e dirigidos por Ricardo Van Steen.
O presidente do Júri do Colunistas Brasília foi Eloy Simões, que teve como companheiros Antoninho Pereira Rossini (Diário do Comércio), Fernando Vasconcelos (Correio Braziliense) e Marcio Ehrlich (Monitor Mercantil).
Ainda neste prêmio, a construtora Encol foi considerada Anunciante do Ano; a rádio 105 FM o Veículo do Ano; Júlio Cezar Figueiredo o Publicitário do Ano; e José Carlos R. Junior o Profissional de Propaganda do Ano.
MKTMIX
• MASTER ABRE NO RIO
Uma nova agência está operando no Rio. A Master Advertising, fundada por Aldo Paladino após 2 anos trabalhando na Parter em Miami.
A Master, com apenas 3 meses de vida, acaba de pegar a conta da Carioca Seguradora, no valor anual de US$ 500 mil. A agência fica na Rua Primeiro de Março, 23/9º, com o telefone 224-2471.
• HOYLE DEIXA O BRASIL
Depois de 12 anos no Brasil, sendo os últimos como vice-presidente da Standard no Rio, John Hoyle está se transferindo para a Malásia, onde assumirá a presidência da operação da Ogilvy & Mather daquele país. Uma agência que, segundo Hoyle, tem o mesmo tamanho de toda a operação da Ogilvy brasileira.
Em seu lugar, assume a gerência da agência o criador Carlos Prósperi, que conhece a operação da Standard Rio como poucos. Afinal, é ele que, há quase 20 anos, cuida de perto da conta da Shell, principal cliente do Grupo Ogilvy & Mather no mercado carioca.
Giovanni e VS vão disputar São Paulo com os paulistas
Duas grandes agências cariocas - a Giovanni e a VS Escala - firmam este mês com mais força os seus pés em São Paulo, para disputar mais agressivamente o maior mercado publicitário brasileiro. Além de compensar o momento difícil porque passa a propaganda no Rio.
A estratégia da Giovanni foi nada menos que transferir o domicílio de seu diretor presidente para a capital paulista. Fiel ao dito popular que "o olho do dono é que engorda o gado", Paulo Giovanni levou malas e bagagens para São Paulo, e vai se dedicar a um intenso trabalho de prospecção que lhe permitam ter outros anunciantes na Giovanni-SP do porte da Ceval, seu maior cliente.
No Rio, a Giovanni deixa de ter um executivo no comando para ser gerida por um pool de diretores entre os quais Gustavo Oliveira, do Atendimento, e Vicente Nolasco, da Criação. Segundo Giovanni, a operação carioca está tão bem azeitada que pode dispensar sua atenção integral.
VIEIRA & SIQUEIRA
A dupla de diretores da VS Escala, Lula Vieira e Valdir Siqueira, está chegando em São Paulo com a marca da agência, que assume a partir de agora toda a operação da DL&A - até então dirigida por Fábio De Luca -, muda o nome desta agência para VS Escala e passa a cuidar da conta da Lada, além de assessorar as operações de seu cliente Citibank no mercado paulista.
A VS já era acionária da DL&A, operação surgida pela proximidade da agência com a Young & Rubicam, que tem na VS participação acionária. Com a necessidade de afastamento de Fábio De Luca do comando da sua agência, a opção para não deixar a Lada em descoberto foi a VS realizar seu desejo antigo de abrir escritório em São Paulo.
Toda a operação, na verdade, aconteceu repentinamente, a ponto de até agora não haver definição de quem será o executivo do escritório paulista da VS. A diretoria da agência prefere não se manifestar sobre a saída de De Luca do negócio, apesar de ser comentário do mercado a dificuldade que ele estava tendo no atendimento da conta da Lada.
A perspectiva de Valdir Siqueira para a VS Escala este ano é de um faturamento de 30 milhões de dólares. Neste bolo, São Paulo já entrará com a terça parte.
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