Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.
Leda Nielsen aponta marajás na propaganda
Tem gente ganhando muito dinheiro em propaganda e dizendo o contrário em público.
Essa é a primeira conclusão a que se chega com a divulgação de crescimento no bolo publicitário em 1990, de acordo com os resultados do instituto de pesquisa Leda Nielsen sobre as veiculações no ano passado.
Segundo o instituto, a propaganda brasileira cresceu nada menos que 13,2 % em 1990, com os gastos passando dos US$ 2,3 milhões de 1989 para US$ 3,4 milhões. Deste valor, os jornais ficaram com 33% (contra 29% de 1989), as TVs com 52% (estacionárias), as revistas com 10% (contra 13% de antes) e as rádios com 5% (contra os últimos 6%).
Como todos os empresários de propaganda e de comunicação não têm feito nada diferente do que reclamar da queda do setor, ou eles são marajás escondendo o jogo ou a Leda Nielsen errou na análise dos seus dados.
Esta última hipótese não é nada impossível. Afinal, o levantamento da empresa é feito com base na centimetragem e secundagem ocupadas respectivamente nos veículos impressos e eletrônicos, multiplicadas pelas tabelas de preços oficiais distribuídas pelos veículos.
Nesta conta, portanto, não entram descontos, negociações, bonificações e reaplicações. Assim, se o veículo der 50% de desconto para uma agência ou um anunciante, a Leda não vai ficar sabendo, e contará a verba daquela inserção como o dobro da que realmente foi.
E no ano passado o que não faltou na propaganda foi negociação. Praticamente TODOS os veículos preferiram dar descontos significativos para fechar suas programações a perder o anunciante.
Como outra pesquisa do setor, o Projeto Intermeios (apurado pela Price Waterhouse), indicou uma queda de 5,5% nos investimentos publicitários - o que está mais próximo do que os empresários apontam -, não seria irreal imaginar que tenha havido um descontão geral em torno de 18% nas tabelas dos veículos, que levariam a uma falsa imagem de crescimento do bolo em 13,2 % em vez de uma queda de 5,5%.
Por tudo isso, fica a sensação de que a única maneira possível de quantificar com precisão o mercado publicitário seria contabilizar todas as receitas líquidas de venda de espaço das empresas de comunicação do país. Como nem todas elas divulgam seus balanços, a tarefa fica, portanto, impossível.
Enfim, para um setor que sequer consegue realizar um ranking preciso de suas próprias agências, mais um índice ou menos um índice a ser desmoralizado não faz muita diferença...
Anuário de Mídia-91 lista 3.878 empresas brasileiras
A Editora Meio & Mensagem já colocou no mercado a versão 90/91 do seu Anuário Brasileiro de Mídia.
Circulando desde 1976, o Anuário é o mais completo acervo de informações atualizadas sobre veículos do país. Nesta edição, estão contidas 3.878 informações, 19% a mais do que na edição anterior. Foram listados 1.104 jornais, 1.225 rádios, 920 revistas, 204 televisões, 92 empresas de outdoors e painéis, 87 representantes de veículos e 63 oportunidades de mídia alternativa, fora outras miscelâneas.
Além disto, a edição traz um amplo estudo realizado pelo Departamento de Mídia da Lintas sobre o mercado brasileiro de mídia, com informações sócio-econômicas, potencial de consumo das principais cidades brasileiras e índices da atividade publicitária, como investimentos por mídia e por área econômica, sem falar os rankings de agências e anunciantes.
A capa desta edição do Anuário de Mídia foi criada pelo diretor de arte Victor Rebouças e pelo artista plástico Julio Sussumo Suguio. No Rio, a comercialização do Anuário é feita pelo conhecido Klibson José da Silva, diretor da sucursal carioca da Editora Meio & Mensagem. Quem quiser maiores informações deve telefonar para (021) 255-7399 e 255-7039.
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Philco entra na briga dos produtos para a cozinha
A Philco, que aqui no Brasil é mais conhecida no mercado de som e imagem, investiu US$ 1,5 milhão em marketing, promoção e treinamento para lançar aqui os fornos de micro ondas PMV 1000 (com seletor rotativo) e PMV 1500 (com sistema digital), com os quais pretende conquistar, já este ano, de 8 a 10% do mercado.
Os fornos PMV são produzidos na Coréia especialmente para a Philco brasileira, tanto que seus painéis vêm com as indicações escritas em português, assim como seus manuais de instrução. O diretor de marketing da Philco, Alberto Singer, explica que a ideia da empresa era fabricá-los no Brasil, já que esta é uma categoria de produto em franca expansão. A decisão foi mudada "pela abertura para importações e pelo fato de os coreanos serem os maiores fabricantes de fornos micro ondas, detendo mais de 50% do mercado mundial".
Os novos fornos entram numa categoria diferente destes produtos: o "midsize", ou seja, "tamanho médio". Esta categoria foi considerada pela Philco como a ideal para a família padrão (4 pessoas) que vive em apartamentos com pouco espaço na cozinha.
A campanha de lançamento dos micro ondas Philco foi feita pela Young & Rubicam, baseada no tema "Nem grande, nem pequeno. Só perfeito". Além de um comercial em versões de 30" e 15", e de merchandising em programas culinários e revistas femininas, foram produzidos apenas materiais promocionais para uso em pontos de venda.
Refrigerante ecológico
Com a produção de três filmes de um minuto cada, além de um trailer de 30 segundos, a Brahma deu início esta semana a uma ousada estratégia que tem por objetivo, segundo o diretor de Marketing da empresa, Magim Rodriguez, reposicionar o Guaraná Brahma no mercado de refrigerantes.
Ontem, os telespectadores começaram a assistir, no horário nobre da televisão, a um trailer que serviu de preparação para o grande show no Fantástico, neste domingo, na Rede Globo, em que serão apresentados três minutos seguidos de Guaraná Brahma em um único intervalo comercial.
- Estamos empenhados em conquistar os adolescentes. Esses novos filmes deixam claro que este jovem participa dos assuntos de repercussão nacional - comenta Magim Rodriguez.
São três filmes, sob o tema A marca de um novo tempo. A campanha, criada pela Denison Rio Comunicação de Marketing, também estará voltada para a natureza.
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