Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 04/MAI/1990
Marcio Ehrlich

 

Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

GAP do Rio deflagra a campanha sucessória

O GAP-Grupo de Atendimento e Planejamento do Rio de Janeiro vai ter eleições para escolha de uma nova diretoria.
Numa reunião esta quarta feira no auditório da Artplan, mais de 100 profissionais da área aprovaram a realização das primeiras eleições da associação, combinando que no próximo dia 21, no Auditório da Faculdade Cândido Mendes, as chapas concorrentes vão se apresentar, dizendo o que pretendem e quem está nelas.
Para facilitar o surgimento de chapas, a turma do atendimento carioca aprovou também que nem será necessário ter completa toda a diretoria. O importante para o dia 21 é saber quem serão o presidente e o vice-presidente, e as suas ideias. Depois de eleitos, caberá a eles convidarem os profissionais que estiverem dispostos a trabalhar, para tocar pra frente os tantos projetos que ficaram pendentes na associação, e os novos que, com certeza, não se cansarão de surgir.
No próprio dia 21, inclusive, a diretoria atual do GAP - que ainda tem Carlos Campana na presidência - vai anunciar o dia das grandes eleições, que provavelmente coincidirá com a posse do grupo vencedor.
E se acontecer de, por inércia ou unanimidade, só aparecer uma chapa candidata, não será nem impossível que no próprio dia 21 ela seja eleita por aclamação. Afinal, o importante no momento é tocar o GAP pra frente, e não se perder em entraves burocráticos ou estatutários. Isso aqui não é o Congresso Nacional, graças a Deus.
Se, na quarta-feira, o auditório da Artplan ficou cheio, imagina-se que a Cândido Mendes vá lotar com os atendimentos cariocas. Afinal, esse pessoal ficou um bom tempo sem ter a oportunidade de se encontrar organizadamente para discutir os seus problemas e para conhecer a realidade que cada um dos colegas vive nas suas respectivas agências.
E o melhor é que vão poder participar - e votar nas eleições - desde os assistentes de contato até os vices presidentes de atendimento e planejamento das agências.
Para estes 17 dias, fica o suspense: quem serão os candidatos a prosseguir com o GAP?

Globo investe para jovem ler mais jornal

A campanha "Quem lê jornal sabe mais", que o jornal carioca O Globo desenvolve desde 1982, está iniciando um projeto junto a professores, alunos e familiares, como forma de motivar e incentivar a leitura
O projeto prevê o envio de exemplares do Globo a alunos, por um período de um mês, para realização de trabalhos em sala de aula. Obviamente depois que a greve acabar.
Os professores, a biblioteca da escola e do bairro, passam a receber também um exemplar cada, para motivação do estudante, de forma que este não perca o contato e o vínculo com o jornal.
Em sua amplitude, o projeto inclui a visita de estudantes ao jornal, permitindo-lhes uma completa visão de como funciona essa estrutura, com exibição de um multi-visão bem didático para melhor assimilação do processo. E, separadamente, professores, alunos e familiares recebem seus folhetos criados exclusivamente para cada segmento, esclarecendo sobre o projeto e como "ler melhor" um jornal. Como prova do cuidado da produção, por exemplo, notei que, no texto do folheto do aluno, o diretor de arte usou uma letra mais redonda (nos outros estão em "condensed"), facilitando a leitura da garotada.
O acompanhamento da comunicação está sendo feito pela Contemporânea, agência que tem a conta institucional do Globo.

Repeteco da plata que saiu sem forma

Semana passada pelos problemas gráfico-cirúrgicos conhecidos como "corte pelo pé", a plataforma inicial da chapa de Gustavo Bastos para a presidência do Clube de Criação do Rio saiu cortada pela metade. Em suas palavras e, é claro, em suas intenções.
Com a esperança de que hoje o nosso bom amigo da diagramação colabore com Gustavo, vou repetir o texto dele. Aliás, a última palavra é "envolvidas". Saiu?
"O primeiro passo do CCRJ é abrir para o mercado". Temos que democratizar e modernizar nosso sistema de trabalho, nosso estatuto.
Temos que estimular o trabalho das pessoas em torno do CCRJ para que ele cresça. Temos que dar tempo, mais tempo, para que mais coisas sejam feitas e alcançadas.
O Clube tem que ter colaboradores. Não diretores. Pessoas e não cargos.
O primeiro passo é substituir os vinte diretores de uma enorme chapa, dos quais poucos trabalham e nunca se reúnem, por completa falta de coincidência nos tempos e horários das pessoas.
Ao mesmo tempo, tantas pessoas que não têm acesso às diretorias poderiam dar-suas contribuições objetivas ao CCRJ, através de grupos de trabalho. Ou seja, formar a equipe do CCRJ de fora para dentro, Democraticamente. Se você tem uma ideia na cabeça, mas não tem a câmera na mão, procure o Clube. Ou o Gustavo ou o Naninho, ambos na DPZ.
A gente forma um grupo de trabalho pra levar sua ideia adiante, se ela for brilhante.
Afinal é de ideias brilhantes que vive a criação.
Formando alguns grupos de trabalho independentes coordenados pelo presidente, pelo vice e por eventuais três secretários do Clube, a produtividade e a atividade do CCRJ se multiplica. A apresentação de resultados será feita por nós através de comunicados do CCRJ.
Quer dizer, vamos todos trabalhar um pouco para que o Clube faça muito, e não ao contrário como tem sido histórico. Esse é o primeiro passo. Espero em breve estar me comunicando novamente já anunciando projetos e as pessoas envolvidas.

MKTMIX

• NO CAPRICHO - Semana passada, na verdade, a bruxa estava solta na Janela. Não só o texto do Gustavo saiu cortado, como no Mktmix foi publicada uma ilustração com um quadro de Vítor Lemos, e a nota correspondente evaporou-se. Como eu sei que todos os fiéis leitores colecionam a Janela (aham... ) recomendo que revejam a ilustração e leiam agora a nota, que vai logo no começo para não correr maiores riscos.
• VITOR LEMOS EXPÕE NO RIO - Dia 17 último, o diretor de arte Vítor Lemos inaugurou mais uma exposição, desta vez no Espaço Cultural do Banco Central (Av. Pres. Vargas, 730 - Subsolo, Metrô Uruguaiana). A mostra vai ficar até 5 de maio. Quem perder esta vai esperar até o ano que vêm, quando ele fará uma individual na Galeria Bonino. Vítor, segundo a apresentação, desenvolve uma pintura de tendência expressionista em cores fortes, tendo como tema tipos burgueses e paisagens. A burguesia é apresentada com uma indumentária antiga, à qual Vítor Lemos pretende dar um sentido de metáfora.
• A TV É O MEU PASTOR (E NADA ME FALTARÁ!!) - O pastor Edir Macedo, aquele da Igreja Universal do Reino de Deus que no Maracanã encheu o saco de dinheiro, é quem comprou a TV Record, de São Paulo, que pertencia à família Machado de Carvalho e a Silvio Santos. Ele pagou a pechincha de US$ 45 milhões. Salve, aleluia, salve!
• ZÉLIA DÁ ZEBRA NO ZANTY - O pacote collorido alterou a rotina do cinza-e-preto Zanty Bar- restaurante ipanemense que há um ano vinha sediando, em suas quartas-feiras, as reuniões do Clube de Criação do Rio. Agora o Zanty só abre a partir das quintas, dia para o qual os citados encontros foram transferidos.
• ESTRANHO, MUITO ESTRANHO - A W/Brasil não vai a Cannes, todo mundo já sabe. Os boatos - a agência não teria material suficiente para um desempenho marcante - todo mundo ouviu. As explicações do Washington - discordâncias de Christina Carvalho Pinto no júri - todo mundo já leu. Mas só que a W /Brasil também não inscreveu nada no Prêmio Colunistas São Paulo, onde a Christina nem colocou os pés. Depois, os boatos surgem e o Washington fica chateado...
• BOTA ESTRANHO NISSO - Na edição do Meio & Mensagem que está circulando (nº 404), a página 11 mostra um anúncio da W /Brasil para a revista Exame que se refere, em seu título e texto, a um anúncio que o Citibank fez na revista. O tempo todo o texto cita "este anúncio", como se ele estivesse sendo exibido na ilustração. Só que na ilustração o que aparece é uma misteriosa capa da revista Exame, com a foto de Gunnar Vickberg, então superintendente da Xerox do Brasil. Não é mesmo estranho?
• FALANDO EM COLUNISTAS - Nizan Guanaes foi a grande vedete do Colunistas-SP. Sua DM9 arrebentou a calçada do balão (em São Paulo eles fazem balão na rua...). Ela ficou só cinco pontinhos abaixo da mega-DPZ e acabou merecendo o título de Agência do Ano do mercado paulista.
• DPZ EM EBULIÇÃO - A agência, por seu lado, está se preparando para ganhar o título de Agência do Ano Nacional. Agora mais uma grande conta vai lá pra dentro: além da American Airlines e Cinzano, que a coluna já havia noticiado, entrou Smirnoff, que estava na Lintas.
• BRASIL 2x0 - O Ronald Galvão Lins, diretor de arte da McCann-Rio saiu contando, incontroladamente eufórico, pra todo mundo, que seu filme para Gillette "foi aprovado por unanimidade pelo board da empresa, em Boston, para ser o filme mundial da Gillette em 1991", e que o comercial que ele e Paulo Castro criaram para lançar o Cheddar McMelt no Rio (aquele "Maestro", lembram-se?) foi escolhido pela McCann de Nova York para integrar o rolo de maiores comerciais da agência para apresentação a novos clientes nos Estados Unidos. É, agência multinacional dá essas chances.
• OLHA O EMPREGO AÍ, GENTE! - A agência Criativa, a maior de Vitória-ES está procurando uma dupla de criação e um executivo de contas de alto nível. Quem se considerar habilitado e quiser trabalhar numa cidade de praia, tranquila e perto do Rio, dá uma ligadinha para o Eloy Simões, que está lá no telefone (027) 222-1444.
• AH, BONS NOVOS TEMPOS ­ É engraçado como a liberdade só faz mesmo bem. Sem contra indicações. O Banespa, um banco estadual, está com um comercial no ar mostrando como o dinheiro no país já mudou tantas vezes e ainda poderá mudar mais. Tudo isso ao som de nada menos que o Hino Nacional, num arranjo tão ousado quanto belo. Deve ter milico se coçando no pijama. Primeiro pelo acesso livre a este símbolo nacional tanto tempo considerado sacrossanto e imexível. Segundo, porque mexeram e as instituições não desmoronaram nem ficaram em risco, e eles não podem reclamar nada.
• NÃO JOGUE PAPEL FORA ­ Colabore com a Comlurb. Não atire seus releases pela janela errada. O endereço de correspondências da coluna é Rua Visconde Silva 156 cob. 701 - CEP 22271 - Rio-RJ. E o meu telefone é (021) 552-4141. No horário comercial.