Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.
Nova eleição do CCRJ poderá ser simplificada
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Naninho Gouvêa e Gustavo Bastos, candidatos a vice e a presidente do CCRJ. |
A candidatura de Gustavo Bastos para a presidência do Clube de Criação do Rio de Janeiro já está oficializada. Gustavo se assumiu como candidato à presidência do Clube levando Ernani "Naninho" Gouvêa como vice.
Esta semana mesmo, a dupla está distribuindo um "paper" (no fundo, é um papel mesmo, mas em português não fica bonito) com as suas principais ideias do que fazer com o CCRJ.
Simplificadamente, Gustavo e Naninho propõem isso mesmo. Uma simplificação. Na diretoria e na maneira de pensar do clube.
Há poucas semanas, a Janela publicou uma matéria com o presidente atual da associação, Mauro Matos, apoiando a ideia de que o Clube precisa reavaliar seus objetivos e seus estatutos, trazendo tudo isso para as necessidades, desejos, anseios, aspirações e outros substantivos abstratos que passam pela cabeça do criador que começa a enfrentar o país colorido e acinzentado desta tão turbulenta década de 90.
Conversando com outros sócios do Clube algumas poucas vezes, e com o guru Henrique Meyer algumas tantas, também eu já havia comentado que a obrigação estatutária de uma chapa se apresentar completa para a eleição era mais um dos fatores que contribuía para desagregar o Clube. E olha que aqui, o "completa" significa nada menos que 20 nomes!
O busílis da questão é que quem aceitar pôr seu nome numa chapa fica virtualmente "obrigado" a se afastar, do Clube, do pessoal das outras. Não só durante as eleições como depois da posse. Nunca ouvi falar em alguém, mesmo competente, que tenha feito parte de uma chapa perdedora e, depois da eleição, tenha sido chamado para ser diretor durante a gestão dos vencedores.
Matematicamente, num Clube com 300 sócios, a inscrição de 3 chapas completas já deixa amarrados 20% do pessoal. E os outros 80% ficam congelados por 12 meses. Aqui, então, a torneirinha só abre pro chopp do Zanty.
Por que não votar apenas num presidente e num vice-presidente? Que nem na política. Depois, quem quiser ajudar de verdade se oferece. Ou eles, os dois eleitos, chamam.
Ninguém mais ficaria sem graça de botar seu nome numa chapa. E aposto que, neste processo, na hora das eleições seria até mais fácil aparecerem muitos candidatos a presidente.
Gustavo e Naninho, pelo "paper", indicam que também pensam por aí. Vejam só o que eles dizem, e continuem acompanhando, pela Janela, a cobertura das eleições do Clube de Criação do Rio.
"O primeiro passo do CCRJ é abrir para o mercado. Temos que democratizar e modernizar nosso sistema de trabalho, nosso estatuto.
Temos que estimular o trabalho das pessoas em tomo do CCRJ para que ele cresça. Temos que dar tempo, mais tempo, para que mais coisas sejam feitas e metas alcançadas.
O Clube tem que ter colaboradores. Não diretores. Pessoas e não cargos.
O primeiro passo é substituir os vinte diretores de uma enorme chapa, dos quais poucos trabalham e nunca se reúnem, por completa falta de coincidência nos tempos e horários das pessoas.
Ao mesmo tempo, tantas pessoas que não têm acesso às diretorias poderiam dar suas contribuições objetivas ao CCRJ, através de grupos de trabalho. Ou seja, formar a equipe do CCRJ de fora para dentro. Democraticamente. Se você tem uma ideia na cabeça, mas não tem a câmera na mão, procure o Clube. Ou o Gustavo ou o Naninho, ambos na DPZ.
A gente forma um grupo de trabalho pra levar sua ideia adiante, se ela for brilhante.
Afinal é de ideias brilhantes que vive a criação.
Formando alguns grupos de trabalho independentes coordenados pelo presidente, pelo vice e por eventuais três secretários do Clube, a produtividade e a atividade do CCRJ se multiplica. A apresentação de resultados será feita por nós através de comunicados do CCRJ.
Quer dizer, vamos todos trabalhar um pouco para que o Clube faça muito, e não ao contrário como tem sido histórico. Esse é o primeiro passo. Espero em breve estar me comunicando novamente já anunciando projetos e as pessoas envolvidas. |
N.R. (2015): Na edição impressa, o texto da plataforma de Gustavo saiu cortado, sendo complementado na edição seguinte da Janela. Aqui na internet, para efeito de consistência da informação, ele vai completo.
MKTMIX
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"Dona Lisa, víúva", quadro de Vitor Lemos
N.R. (2015): A nota referente a esta ilustração acabou não sendo publicada na mesma edição por problema na diagramação, só entrando na semana seguinte.
Neste dia, parece que o diagramador do jornal
não estava nada bem. :) |
• ABAP IN RIO - Valdir Siqueira, presidente da ABAPRio, confirmou que em outubro vão estar se reunindo, no Rio, as integrantes das associações de agências de todo o país, no 3º EBAP - Encontro Brasileiro de Agências de Propaganda. O último encontro foi em Salvador, ano passado, quando se deliberou que os Ebaps passariam a ser de 2 em 2 anos. Como 1990 seria um ano de novo governo e isto pressupunha mudanças (o que ninguém imaginaria é que seriam tantas), as agências resolveram que valeria a pena fazer um encontro extra no Rio este ano.
• DE OLHO NO GOVERNO A Abap, aliás, já está se organizando para enviar aos Collor - Fernando e Leopoldo - as suas sugestões e preocupações sobre os procedimentos de entrega das contas de Governo às agências de propaganda. Fernando Reis, diretor executivo e intelectual de plantão da entidade nacional já está vivamente debruçado sobre o papel rascunhando o documento.
• BATE PALMAS, MÃE - Porretíssimo o comercial que a Giovanni fez para a Sendas assinar pelo Dia das Mães. Vai ser difícil algum outro superar esse ano a grande ideia de mostrar, com bom humor, essa outra inevitável função das mães que é dar as suas palmadinhas. Não há como não cair na gozação em casa quando o comercial passa na TV. Aliás, destaque para a montagem, que está precisa.
• MIMO BRINCA EM SERVIÇO - Nada menos que cinco novas campanhas - para novos brinquedos - estão sendo lançadas pela Brinquedos Mimo para se aproveitar da perplexidade da concorrência. Criadas pela agência de publicidade ZD&G-Zezito, Dragone & Guerreiro, as campanhas envolveram investimentos de cerca de um milhão e meio de cruzeiros.
• A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DA MEMÓRIA - A RJ Reynolds Tabaco, que está deixando o país, aproveitou a edição de março de seu informativo Reynolds Hoje para registrar a sua história no Brasil, desde quando se instalou, em 1975. Em 24 páginas, a Reynolds melancolicamente, mas cheia de orgulho, se despede de seus funcionários e colaboradores mostrando o que fez na fumicultura, no marketing, nos esportes, na comunidade etc.
• ALÔ DIRETORES DE ARTE - O Paulinho de Tarso, diretor da Free, está atrás de um diretor de arte e não faz por menos: diz que tem que ser do primeiro time. Neste momento de demissões, alguém querer contratar é uma grande noticia. Quem se habilitar, pode procurar o Paulinho pelo telefone 266-7643.
• DPZ VOA ALTO - Quando o cruzeiro está em falta e o cruzado bloqueado, nada melhor que receber em dólar. E a DPZ vai faturar, feliz, os US$ 2 milhões da conta da American Airlines que ela conquistou este mês. A empresa começa a voar para o Brasil a partir de 1º de julho, e já na primeira quinzena de junho a mídia passa a exibir a campanha.
• DE POETA E DE LOUCO, TODO PUBLICITÁRIO... - Théo Drummond, diretor- superintendente da Genesis Propaganda, também comete seus versos. E para posterizar seu trabalho, juntou todos, das diversas fases, no livro "Tempo de Poesia". Diz uma delas, da seção "Tempo Livre:" "O momento vivido, se não volta mais, enriquece o viver daquele que entendeu que a vida é apenas isso: o momento vivido".
• MÍDIAS DA PAULICÉIA - A nova diretoria do Grupo de Mídia de São Paulo já esta empossada para o biênio 90/92. O presidente é Cláudio Pereira e os demais membros são: Wellington Barros (VP Executivo), Wagner Yoshihara (VP de Administração), Lidice Salgot (VP da Comissão Nacional), Angelo Frazão Neto (VP de Comunicações), Daina Godinho (VP de Formação Profissional, Sonia Ferreira (VP Operacional), Oscar Osawa (VP de Pesquisa) e Maria do Carmo Kozma (VP de Relações com o Mercado).
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