Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.
Grupo de Mídia do Rio fica oficial este ano
O Grupo de Mídia do Rio de Janeiro passou a ser o primeiro do país a ter sua situação jurídica regulamentada, com estatutos registrados, número de CGC na Secretaria da Fazenda e Inscrição municipal.
A novidade foi contada à Janela por Orlando Lopes, presidente do GMRio, dando prosseguimento à série de matéria que estamos fazendo sobre os planos das associações profissionais cariocas para 1990.
A regularização da entidade, diz ele, o GM poderá abrir sua própria conta em banco, emitir recibos e fazer sua contabilidade como instituição sem fins lucrativos, revertendo oficialmente seus lucros em benefício da classe.
O curioso nesta história é que o GM teve que ser registrado com o nome de "Grupo de Profissionais de Mídia do Rio de Janeiro". É que o nome original chegou a ter um registro no início da história da entidade e a única possibilidade de mantê-lo seria pagar todos os impostos atrasados até hoje. Mais simples foi dar baixa no nome antigo e criar uma nova entidade.
Com isso, explica Orlando, foi necessário que, nas letras do estatuto, a atual diretoria tivesse que colocar sua gestão indo até 1991, e não até agosto de 1990, prazo para o qual tinha sido eleita. Por esta razão, ele e seus colegas de diretoria pretendem que, até agosto, a classe dos mídias cariocas seja consultada para escolher entre uma renúncia coletiva da diretoria com eleição de uma próxima que completaria o mandato até 1991 e talvez seguisse, ou a prorrogação oficializada do grupo atual.
Seja como for, a própria existência regularizada do Grupo de Mídia do Rio permitirá um movimento forte de cadastramento de novos sócios, aumentando a representatividade da entidade para decisões como esta, que terão que ser tomadas pelos associados.
Até lá, porém, o GM tem muito o que fazer.
Neste momento, por exemplo, o Grupo está aproveitando o lucro obtido com o seminário "Mídia Anos 90" para pagar a participação de 25 profissionais de 12 agências no curso "Como pensar mídia", que está acontecendo na Faculdade Cândido Mendes.
Dentro da meta de investir na formação profissional, em junho a entidade realiza, também na Cândido Mendes, o curso "Pesquisa de Mídia", podendo conseguir para os sócios vantagens como descontos e até mesmo gratuidade.
Os associados serão beneficiados também por um convênio firmado com a Faculdade de Comunicação da UFRJ, pelo qual o Grupo trocará uma assessoria na criação de um programa letivo para a cadeira de mídia, pela presença de mídias em cursos importantes para o aperfeiçoamento profissional, como Estatística, Economia etc.
Institucionalmente, o GM-Rio também se faz presente. Dois de seus membros serão indicados para participar da Comissão de Ética da AERJ -Associação das Emissoras de Rádio do Rio de Janeiro, a convite do seu presidente José Roberto Marinho. E Orlando Lopes, junto com Cláudio Venâncio, da paulista Fischer & Justus e do Grupo de Mídia de São Paulo, estão se reunindo para organizar o 3° Encontro Brasileiro de Mídia, que acontecerá em 1991.
O grande projeto da atual diretoria do Grupo de Mídia, porém, refere-se à comemoração do próximo 21 de Junho, Dia do Mídia. Se tudo der certo e houver tempo hábil para a organização, o dia 21 marcará a entrega de três troféus:
- Troféu Carlos Azevedo (o inesquecível Carlinhos, da MPM) , às pessoas que mais tenham contribuído para o desenvolvimento da mídia no ano que passou.
- Troféu Adão Juvenal de Souza: que há alguns anos foi suspenso pela MPM, e o GM pretende retomar para premiar com estágio remunerado de 6 meses em alguma agência carioca o estudante que apresentar a melhor monografia sobre um tema de mídia.
- E um terceiro troféu, cujo nome está em definição, para o profissional de mídia que escrever um trabalho sobre um tema que será definido pelo GM. Este prêmio incluiria uma viagem e estadia na mídia da Thompson ou da Ogilvy & Mather, em Nova Iorque.
Vamos aguardar para ver.
"Paul in Rio" fecha seus patrocinadores
"Se não for desta vez que eu fico louco, nunca mais". A frase é de Roberto Bahiense, diretor da agência Pubblicità & Esquire, responsável pela coordenação da vinda de Paul McCartney ao Brasil, brincando pela proximidade do evento e pelo acúmulo de dificuldades que surgiram nas últimas semanas pela surpresa do plano econômico e as notas negativas que alguns jornalistas pareciam fazer questão de dar sobre os riscos que o show estava tendo de não ocorrer.
Bahiense, porém, diz que está totalmente tranquilo agora que todas as cotas de patrocínio foram fechadas, permitindo que o evento ocorra sem qualquer possibilidade de risco para a Prefeitura do Rio, que funcionou como promotora do acontecimento.
As cotas maiores, que dão às empresas o direito de usar o título de Patrocinadores Oficiais, ficaram com a Lacta (agências DPZ e Lintas), a Encol (Pubblicità & Esquire) e Varig (Expressão). Elas participam, com valores diferentes que Bahiense não quis revelar, num total de US$ 1,5 milhão.
Os cotistas de vendas de ingressos, ou seja, os que cederam instalações para a tal, foram a Atlantic, com seus Postos Nota 10, a Brascan com os shoppings Rio Sul e Madureira Shopping, e a SUSA, de São Paulo, com as lojas Sears e Dillar's.
Os contratos de merchandising foram firmados com a Nice Cream, fabricante dos sorvetes Frozen Yogurt, e a malharia carioca Faenza. E finalmente os apoios - que são consubstanciados em trocas de serviços - estão sendo dados pela Rede Globo, Sistema Globo de Rádio, Unidas Rent-a-Car, Rio Palace Hotel e Minas Forte (segurança de valores).
MKTMIX
• IVAN DEIXA A THOMPSON - Depois de alguns meses protelando seu projeto de deixar a vice-presidência de criação da J. Walter Thompson do Rio - segundo alguns para atender a convites internacionais (México?) da agência -, Ivan Peter Stoy tomou sua decisão e saiu da empresa.
Apesar da perda - Ivan sabia juntar sua boa criatividade a um apurado bom senso -, o ritmo de trabalho na criação da Thompson-Rio não vai ser afetado, pois o redator e ator Toninho Lima já vinha ocupando a supervisão de departamento e ele tem todos os méritos para ser oficializado no comando.
• ESSES SSSSS (LEIA-SE ESSES ESSES... - Na nota publicada semana passada sobre a DS2000, junção das baianas DM-9 e D&E, se o "D" é claramente do Duda Mendonça, o "S" não é só do Sidney Resende, diretor da D&E que me veio primeiro à cabeça por ser de criação como o Duda e porque tem tido mais oportunidades de estar comigo quando vou à maravilhosa capital baiana. Mas o "S" é igualmente do Sérgio Amado, diretor presidente da D&E, e seu líder estratégico.
Talvez isso mesmo queira dizer DS 2000: o "D" e os dois "S" a mil!
• CASANOVA EM NOVA CASA .- Marcos Casanova assumiu a gerência de marketing da Assim, uma empresa de seguro-saúde fundada por 20 médicos diretores de seus próprios hospitais, exclusivos do Rio de Janeiro
• COMO É QUE É, ZÉ ROBERTO? - As emissoras de rádio cariocas estão com uma campanha no ar - muito oportuna e elogiável - para estimular a utilização do rádio como mídia publicitária.
Uma das peças, porem, se eu entendi bem, não entendi nada.
Ela diz (eu ouvi uma vez na ótima Rádio Tupi FM) que a audiência do rádio chega a ser de 1 milhão de pessoas. Até aí tudo bem. Mas o locutor então diz que se você tivesse colocado seu anúncio no rádio agora, 1 milhão de pessoas estaria ouvindo a mensagem anunciada.
Para isso não seria necessário veicular o comercial em todas as emissoras, e nos seus horários de pique?
Como é que é bem isso, José Roberto Marinho, Presidente da Associação de Emissoras do Rio?
• COM O MOTOR LIGADO - O pessoal das revendas de automóveis está pisando fundo em suas campanhas para renovar estoques. Já teve aquele genial da Contemporânea que agitou o mercado e já tem tudo para brigar como Anúncio do Ano de 1990. Agora, nos rádios, a revenda Brasita está com um spot com um achado: a "entrevistada" tem exatamente a mesma voz da ministra Zélia. Não há como não prestar atenção!
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