Janela Publicitária    
 
  Publicada desde 15/07/1977.
Na Web desde 12/07/1996.
 

Janela Publicitária - Edição de 30/JUN/1989
Marcio Ehrlich

 

Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
O seu conteúdo foi escaneado e transcrito para ficar à disposição de consultas pela internet.

Stª Catarina premiará publicidade do turismo

Já está marcado para o período de 30 de novembro a 2 de dezembro deste ano o 3º Festival Internacional de Publicidade do Turismo, promovido por 9 entidades ligadas aos dois setores, entre as quais Abap, Abav e Abrajet.
O Festival acontecerá este ano em Florianópolis, SC, e premiará trabalhos publicitários específicos sobre turismo, tanto na mídia impressa (anúncios, outdoors e materiais promocionais) como na eletrônica (comerciais e fonogramas).
As três melhores peças de cada categoria receberão o troféu Anita Garibaldi de Ouro, Prata e Bronze, numa homenagem da publicidade àquela catarinense que entrou para a história brasileira.
Para concorrer ao Festival de Publicidade do Turismo, os interessados devem mandar, até 15 de novembro próximo, suas peças e formulários de inscrição para a Secretaria Executiva do evento, que funciona na Rua Álvaro Chaves, 655, em Porto Alegre, RS, com o telefone (0512) 22-5222 e telex 51-2289. Cada inscrição custa 50 dólares.
Paralelamente ao Festival Internacional de Publicidade de Turismo, haverá o III Seminário de Marketing Turístico e a III Exposição Turística do Cone Sul. O Seminário tem como temática "A Integração do Homem com o Meio Ambiente". No entanto, serão realizados debates e apresentações de teses sobre "Brasil turístico voltado para a América Latina", "A propaganda como instrumento de ciência de marketing para vender o produto turismo", "A publicidade criativa do turismo", "O Turismo e a Publicidade na defesa da Ecologia", entre outros.
Para participar do Seminário também é necessária a inscrição do interessado, no mesmo local indicado acima e pelo mesmo preço de inscrição por pessoa: 50 dólares.

Publicidade perde Rossini e Simões.

Roberto Simões
Roberto Simões

Em pouco menos de uma semana, a propaganda brasileira ficou mais pobre em dois de seus grandes talentos.
Na sexta feira passada, um câncer levava, em um hospital da Unicamp, em Campinas, com apenas 39 anos, o Maestro Rogério Rossini, diretor da produtora carioca DC Vox e um dos mais inspirados e brilhantes compositores brasileiros.
Rogério compôs o seu primeiro jingle aos 19 anos, para um comercial da Jodaf. Em 1982 entrou de sócio da DC Vox junto com Luís Carlos Cortabitart, com quem trabalhava desde 1971.
Sua produção publicitária foi vastíssima e sempre considerada de primeira qualidade. No 1º Prêmio Colunistas Produção, realizado há dois anos. Rogério Rossini conquistou o Grande Prêmio de Trilha do Ano, para um trabalho ­ que ainda contou com sua excepcional orquestração - criado para a Embratur (e que teve locução de Carlos Drummond de Andrade). Ano passado, no 2º Colunistas Produção, o maestro Rossini levou outro Grande Prêmio.
Desta vez o de Jingle para o fonograma "A sua boa estrela", criado para a Salles e Texaco, com letra de Nei Leandro de Castro.
Rogério Rossini foi enterrado no sábado, em Rio Claro - SP, sua cidade natal. Hoje, porém, às 9:30h, haverá a sua missa de 7º Dia, no Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro,
E no domingo passado, após uma série de cirurgias abdominais para tentar solucionar uma infecção gastrointestinal que já estava se tornando crônica, morreu em São Paulo, o colunista publicitário e professor de marketing Roberto Simões.
Roberto foi um dos primeiros membros do Prêmio Colunistas. Escreveu vários livros de marketing e propaganda e era considerado uma enciclopédia viva na publicidade no Brasil. Nos últimos anos, o incansável Roberto Simões - que só dormia um máximo de 4 horas por dia - dirigiu a redação das revistas Marketing e Propaganda, realizando matérias e entrevistas sobre agências, anunciantes, fornecedores e sobre os principais fatos da atividade em todo o país.
A missa de 7º Dia de Roberto Simões será em São Paulo, esta segunda, às 19:30 horas, na Igreja de São Judas (Av. Jabaquara).
 
MKTMIX

• NIZAN MATA O LEÃO E MOSTRA O PAU - Nizan Guanaes, o criador que agora é sócio de Duda Mendonça na DM-9, pediu à sua assessoria de imprensa Embrap para lembrar aos colunistas publicitários que, dos Leões conquistados pela W/GGK no último festival de Cannes, 4 foram dele em parceria com Washington Olivetto. Nizan levou ouro com Hitler (Folha de São Paulo) e Estátuas (Mappin) e bronze com Não Pega/Balanço (Rede Zacharias) e Tudo (Bombril).
• ARTPLAN QUER COPIAR MAIS RÁPIDO· - A Artplan Publicidade já está na era do fax, para mandar e receber cópias de clientes e fornecedores. No Rio, a agência teve a felicíssima oportunidade de ter o número do fax (284-1472) quase igual ao do PABX (286-1472). Em Florianópolis o fax da Artplan é (0482) 23-5397. Em São Paulo o aparelho está à beira de ser instalado.
• POR QUE PAROU? PAROU POR QUÊ? ­ Que fim levou a Fenapro? E o GAP? E o Conselho Nacional dos Clubes de Criação? E a Associação de Produtoras do Rio? E o Grupo de Mídia do Rio? E a Associação de Contatos de Veículos? E o Movimento Reclame? E o Movimento "Chapinha"?
• TONI DEIXA A GLOBO - Sérgio Toni trocou a Central de Comunicação da Rede Globo (que está procurando gente) pela direção de criação da agência de Enio Mainardi, em São Paulo. Será que deixando a Globo o Sérgio se tornará menos grosseiro?
• COCA NÃO QUER SE LIGAR A PEPSI - O presidente da Coca-Cola, Jorge Giganti, parece que não vai permitir mesmo que a Ciba­Geigy coloque no ar o comercial da Standard para Araldite - vencedor do Leão de Ouro de Cannes - no qual uma lata de Coca é irremediavelmente colada a uma lata de Pepsi. Com isso, muito provavelmente irá acontecer de Cannes ter dado um prêmio a um filme que não conseguiu ser transformado em um comercial.
• AMIZADE COLORIDA - É impressionante o que já há de carros no Rio de Janeiro com o plástico de Fernando Collor de Mello no para-brisa. Já vi estes plásticos vendidos em bancas de jornais, camelôs e locais do gênero. Provavelmente há indústrias piratas e de fundo de quintal aproveitando para ganhar dinheiro com o fenômeno Collor. Mas, sem querer, elas estão ajudando muito o candidato a fazer seu marketing sem assumir estas despesas.