Esta edição da Janela Publicitária foi publicada originalmente no jornal Monitor Mercantil.
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Abap concretiza proposta da coluna

Há pouco menos de um ano, junto a empresários da propaganda carioca e a diversos dirigentes de associações publicitárias daqui - inclusive em um almoço no restaurante Rio's com Paulo Giovanni e Carlos Gonçalves; dirigentes da Abap-Rio ­ comecei a levantar a tese de que o publicitário carioca precisava se conscientizar que os problemas que o setor sofre fazem parte de uma conjuntura maior, e que abrange os problemas da própria realidade econômica pela qual passa todo o Estado do Rio de Janeiro.
É claro que isto não é nenhuma novidade. Mas na prática, o mercado não se comportava como se pensasse assim. O hábito das associações publicitárias foi sempre propor soluções ou campanhas voltadas para a solução imediata dos problemas internos do setor e não do Estado como um todo.
Querem exemplos?
Campanhas para que não se pare de anunciar no verão... campanhas para que os empresários acreditem nas agências de propaganda do estado... e daí por diante.
Todas muito louváveis e necessárias, mas nada abrangentes.
Eles podiam até diminuir os sintomas, mas não atacavam a doença.
A ideia que eu levava aos líderes da nossa propaganda é que também cabia a nós, publicitários, lutar pelo fortalecimento do Rio de Janeiro como um todo.
Mais investimentos na economia carioca, através principalmente de novas empresas se instalando no Rio, significariam de imediato novas contas e maior competitividade entre os anunciantes. Além disso, trariam mais empregos e aumento de poder de consumo da população carioca, que realimentaria o interesse dos empresários a se instalar e anunciar no Rio de Janeiro.
Defendi principalmente com Giovanni a tese de que a Abap, como a entidade patronal da propaganda carioca - e, portanto, a mais representativa dos interesses do setor -, deveria se integrar às discussões sobre a economia do estado que há muito tempo vinham levando outras entidades, como a Associação Comercial, a Federação de Indústrias e por aí vai.
A Associação, acredito, tem representatividade suficiente para contatar o Governador do Estado e se oferecer - e pleitear, mesmo ­ para participar de comissões, debates e estudos sobre o tema.
E finalmente, é claro, fazer uma campanha para estimular o interesse pelo Rio de Janeiro.
Por isso tudo fiquei muito feliz quando vi que - mesmo tendo levado mais tempo do que eu imaginava - a ideia germinou na cabeça de Paulo Giovanni e agora, através da sua própria agência, a Giovanni/Módulo, ele leva a Abap a sair com uma campanha conjunta com à ABP e o Sindicato de Agências do Rio que assumiu exatamente aquela filosofia.
Já que Giovanni assumiu a campanha, só posso desejar que ele a leve a fundo. E torcer que todo o mercado tenha cabeça para perceber a importância desta iniciativa e também entrar dentro dela.

Tempo esquentou na propaganda do Ceará

A chegada do inverno trouxe uma lufada quente para a publicidade nordestina.
Duas das maiores agências cearenses - a MPM Nordeste e a TTLM - perderam importantes executivos e diretores para o mercado de Recife.
Na MPM, quem saiu foi Francisco Carauta, contratado pela CBBA/Propeg Pernambuco como Diretor de Atendimento para a área de novos negócios. Carauta foi por 15 anos o responsável pela operação da MPM no Nordeste e há dois anos estava em Fortaleza para reestruturar o escritório cearense da agência, que é responsável pela volumosa conta das Casas Pernambucanas no Norte e Nordeste do país.
A TTLM é uma agência oriunda da MPM-Ceará, e foi criada por Tarcísio Tavares e Luciano Mello. A agência estava se destacando por uma proposta de renovação da propaganda cearense. Este começo de mês, porém, Luciano Mello decidiu deixar a sociedade e se transferir para Pernambuco. No seu lugar, porém, como sócio, fica seu irmão Lucio Mello. Bom, pelo menos o nome da agência não vai precisar mudar.

Prefeitura do Rio procura agências

A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro abriu o seu processo de pré-qualificação de agências de publicidade.
Até o próximo dia 12 de julho, as propostas poderão ser entregues no horário das 15 às 17 horas no Centro Administrativo São Sebastião do Rio de Janeiro, à Rua Afonso Cavalcanti, 455 sala 1344, na Cidade Nova.
Como o próprio termo "pré-qualificação" determina, a Prefeitura não pretende imediatamente escolher quais as agências que atenderão suas contas, mas determinar quem está apto jurídica e operacionalmente para trabalhar. Tanto que o Edital não exige monografias ou explanações teóricas, mas relaciona somente pedidos de documentos e um simples portfólio.
Só depois da pré-qualificação é que a Prefeitura - através de seu coordenador de comunicação social, Zeca Borges - fará a seleção das agências por "jobs" contratados por um ano, nos quais as agências poderão estar sozinhas ou mesmo em consórcios. Desta forma, os coordenadores de comunicação do Prefeito poderão ano que vem, avaliar os desempenhos de suas agências e renovar os contratos, remanejar as contas ou chamar outras das pré-qualificadas.
Quem quiser conhecer os detalhes do Edital para participar da pré-qualificação pode encontrar o texto completo no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro do último dia 9 de junho.